Pedro Passos Coelho está dar uma entrevista a Judite de Sousa e Paulo Baldaia, na TVI. Está a falar de cenas e coisas, com a grande vantagem de dizer e contradizer o que já disse e contradisse. A grande vantagem dum estadista que não tenha compromisso com o que tenha dito é ter todas as possibilidades em aberto e ninguém, sequer, se lembrar de lhe dizer que ele não tem palavra e que melhor faria emigrando, como recomendou aos portugueses que não enxameiam o estado.
Entretanto, aqui fica a linha argumentativa até ao momento: sair com segurança e programa cautelar. Nada melhor do que traçar esta ideia.
As mentiras de PPC:
Temos o país com maior défice do que quando fui para o governo mas há que distinguir o tipo de dívida e não sei quê.
Comparamo-nos à Irlanda. Irlanda prá’qui, Irlanda prá’li, o cu e as calças.
Não há um desagravamento dos impostos. Este tipo é um craque da novilíngua. “Baixar os impostos implica baixar o défice”, diz PPC. E até ao momento, sem se rir, ainda não falou do BPN e dos swap.
Prometi baixar os impostos mas mão me posso comprometer em baixar os impostos.
Atenção, atenção: fiscalidade verde e baixa de impostos. Percebo. Ficarmos verdes de raiva com os impostos.
Tribunal Constitucional e plano B? Ora bem, acabei de fazer umas leis que sei serem inconstitucionais mas vamos esperar pelo TC antes de dizermos que a culpa do falhanço das nossas políticas é do TC.
“Medidas destas já foram tentadas noutras alturas” PPC dixit. Quando? Durante o feudalismo? Pareceu-me ver-lhe um dente a cair.
Eu não vou fazer cenários sobre a decisão do TC porque não quero condicionar. Mas atenção que não acredito termos feito nada inconstitucional. Mas não quero pressionar. E olhem que a qualidade das nossas medidas deixam os investidores muito contentes. Mas não quero pressionar. Acontece é que está tudo a correr tão bem que se o TC vier deitar tudo por terra…. a culpa não é nossa.
Não vamos, tão cedo, recuperar o poder de compra perdido, diz Judite de Sousa. “Acho que isso é objectivo”, respondeu PPC.
Olha, outra vez o argumento de no passado termos tido medidas deste género. Os jornalistas não perguntaram quando.
Segundo PPC, “as perspectivas mais negativas têm vindo a ser desmentidas pela realidade”. Aqui tenho que concordar. As despesas dos gabinetes do governo aumentaram neste contexto de crise.
Ah! os jornalistas finalmente deixaram as coisas sem piada, como o estado do país, para falarem de Rui Rio. Assim, sim.
Calma, que a Judite tem uma na manga.
Uiii, os milionários. É preciso ver que estamos a dar uns tostões na assistência social. Estamos a dar mais oportunidades aos que estão mais desprotegidos. E temos coisas, tretas e nhac-nhac para fazer bla-bla-bla e muito mais.
Acabou. 50 minutos de cânone e fuga para um tenor e a canção do bandido.
Não vi e nem sabia que o monte de merda ia à Judite, é o que dá já praticamente não ver TV.
Mas mesmo sem ver imagino o espectáculo que o monte de merda e os “jornalistas” deram. Mas de manipulações de clones políticos, e de pseudo-jornalismo não preciso mais, estou bem servido por muito tempo.
Temos um louco como PM e um tonto como PR, postos na governança por darem muita despesa ao SNS, caso se mantivessem no hospital em tratamento.