O Eurostat publicou números favoráveis ao governo. Para a sociedade portuguesa no todo, tenho dúvidas da valia muito positiva da notícia – há a considerar efeitos de sazonalidade e o trabalho precário incluindo o utilizado pelo próprio Estado.
O acréscimo no 3.º T de 2012 fixou-se em +1,2% no número de empregados, relativamente ao trimestre anterior; este já registara um aumento de +0,8%. Todavia, ao analisar o somatório dos acréscimos citados, extraio facilmente duas conclusões:
- Os 2% totais ficam aquém da quebra de -2,2% registada no 1.º T do ano;
- Comparado com o período o homólogo, o resultado +1,2% não invalidou que no final do 3.º T de 2013, na população portuguesa, se tenha agravado em -2,4% o contingente de empregados.
O Eurostat, para efeitos da informação estatística do emprego, considera o conceito: ‘Emprego cobre empregados por conta de outrem e trabalhadores por conta própria nas unidades de produção internas do país”.
Da mesma fonte, é possível ainda obter os números absolutos de população empregada, os quais publicamos no quadro seguinte, para o período de 2008 a 2012 e estimar valores de 2013.
De 2008 a 2013, os empregados reduziram-se de 13,69%, ou seja, menos cerca de 700.000 trabalhadores dependentes e independentes.
Entre os números do Eurostat (4.634,7 milhões de pessoas) e da PORDATA/INE (5.494,8 milhões) a disparidade é considerável. Uma das justificações, o organismo de estatísticas da UE a refere, poderá residir nas seguintes divergências metódicas:
Critério das autoridades nacionais
Qual dos dois é o mais consistente? A meu ver, é o método usado por Bruxelas que, de resto, se aplica a todos os países da UE28 e obviamente aos 17 países da Zona Euro.
Todavia, analisando estes e outros números com uma perspectiva mais vasta, é demasiado claro que a UE28 ou a Zona Euro estão a sofrer as consequências das opções nefastas das imposições dos directórios que as comandam (Alemanha agora com SPD incluído, em especial).
Os programas de austeridade impostos aos países periféricas também terão efeitos em Estados mais resistentes a programas de solidariedade com os países em dificuldade. Nas estatísticas de emprego do Eurostat, a Finlândia do inconfundível Oli Rhen e a Holanda do presidente do Eurogrupo Dijsselbloem registaram quebras de emprego de – 1,1% e – 0,3%, respectivamente.
Com uma deflação muito temida em fermentação, qual será o fim do caminho? É pedra? É pau? Ou é à pedrada e à paulada?
O todo não é igual à soma das partes?
.
Sempre que nas contas entra a mão invisível, muito cara ao sr Pordata, a soma derrapa sempre para o mesmo lado.
.
No caso em apreço, deve ser aquela parcela invisível, muito cara ao sr Passos muito (caro) amigo do sr Pordata, logo pende para o lado que lhe der mais jeito.
.
Em qualquer dos casos os lixados somos nós.
.
A Pordata, nesta como em outras estatísticas, limita-se a reproduzir os números do INE que, como sabemos, está às ordens de governo e não poucas vezes é forçado a corrigir estatísticas por instruções do Eurostat. Resta acrescentar que, para o número de empregados, o INE não calcula e publica estatísticas trimestrais, além de usar critérios distintos como denunciado mo texto.
Por favor veja as Estatísticas do Emprego, que o INE publica trimestralmente desde 1983, cujo objectivo é a caracterização da população face ao trabalho.
http://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=153369795&PUBLICACOEStema=55574&PUBLICACOESmodo=2
A Pordata pertence a um dos homens ricos do Portugal, um merceeiro que fez fortuna com bens importados, destruindo a agricultura nacional. Coisas como, a Pordata essa servem tentar convencer que a agricultura no nosso país não é rentável, tal como a exploração da pesca. Servem para tentar convencer que vivemos acima das nossas possibilidades.
O jornal Público pertença de um merceeiro da mesma igualha, de maneira diferente pretendia atingir os mesmos objectivos; defender os interesses dos seus donos. Quem não entender isto embora exista não sabe dizer quem é!
.
.
«…É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho…»
Sugiro uma alteração: “No rosto o desgosto, é um povo sozinho…”
Bem sugerido, por certo Jobim aprovaria.