AVC na cabeça dos outros é refresco

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João Luís Pinto defende a “liberdade” de uma empresa farmacêutica portuguesa (a Logifarma, que entretanto limpou o seu Facebook de críticas) reter um medicamento anticoagulante utilizado na prevenção de AVC. A ausência deste medicamento nas farmácias pode provocar mortes, mas provavelmente a Logifarma preferia o lucro acrescido de uma exportação.

Agora ficou indignado por eu ter sugerido que a ausência desse mesmo medicamento colocasse a sua própria vida em perigo. Para a turba de idiotas neoliberais  o facto de a indústria farmacêutica ter um procedimento criminoso é legitimo e normal, mandá-los provar do seu veneno é coisa do Maduro (sim, esse mesmo que acabou de ganhar eleições municipais na Venezuela, depois de combater a típica especulação e açambarcamento com que reage o grande comércio quando as coisas lhe correm politicamente mal).

Estamos esclarecidos. É mesmo de uma ideologia de assassinos que se trata.

Comments

  1. José Neto says:

    A sonegação do Varfine constitui dolo e pode, em casos extremos, ser homicida. É muito mais grave que a embriaguês ao volante. À atenção do Ministério Público. Não se trata de economia; trata-se de vida ou de morte.
    José Neto

  2. Joam Roiz says:

    Mas este governo e a gente que o “embala” quer lá saber da vida de alguém, a não ser da sua? Não é uma ideologia (a dos neoliberais) de assassinos. São mesmo asssassinos.

  3. Pode faltar esse medicamento a ministros e suas excelentíssimas famílias? Isso seria muito preocupante.

    Agora se falta ao zé da esquina, isso não é problema, é o mercado livre a funcionar.

Trackbacks

  1. […] com um correlegionário defensor do homicídio por especulação com medicamentos, Mário Amorim Lopes decidiu brindar-me com a peculiar noção da História dos insurgentes, uma […]

  2. […] revelador de que “um gajo merece um AVC” rapidamente se torna na sugestão de que a ausência de um determinado medicamento poderia colocar em perigo a sua vida. São estes os guerrilheiros das brigadas revolucionárias de sofá, a gerirem com urgência os […]

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