Certo dia uma galinha tomou a seguinte decisão: pertencer a máfia. Delineou o seu plano e comunicou a escolha às suas amigas. Estas ficaram muito surpreendidas, tentaram demovê-la, mas ela manteve-se irredutível. De sacola às costas e convicção na mão, lá partiu ela à aventura.
Chegada à cidade, foi falar com políticos. Nada. Depois com polícias, forças de segurança, militares. Nada. Tentou com banqueiros, grandes empresários, capitalistas, especuladores. Népias. Já desesperada falou com juízes, advogados. Nada. Todos lhe disseram o mesmo, que a máfia não existe.
Voltou para o galinheiro muito triste e arrependida por ter tentado uma tarefa impossível. Quando as outras galinhas lhe perguntaram se tinha conseguido, ela respondeu, “Não, a máfia não existe”.
A partir desse dia passou a ser a galinha mais importante, porque todas as outras ficaram convencidas de que ela fazia parte da máfia.
Conclusão, se alguém achar que a nomeação do Arnaut para a Goldman Sachs tem algo que ver com a máfia, desistam dessa ideia. A máfia não existe. Isso é coisa de filmes e livros.
Não sejam invejosos, tudo isto foi conquistado com suor, trabalho e empreendedorismo do Zé Luís. A sua ascensão na corrida ao ouro (Goldman) foi limpinha, limpinha. Nem um único português pode dizer que foi prejudicado. Nenhum. Para além disso, o Estado português deve sentir-se honrado com tal distinção. Este sim, o Zé Luís é que conquistou a bola de ouro. A tão desejada Goldman. Esta associação filantrópica sempre pronta a ajudar o próximo (daí ter calhado ao Zé Luís, era o que estava mais próximo, pura coincidência).
Proponho, desde já, que no próximo 10 de Junho, o okupa de Belém entregue a espada de cavaleiro ao infante Zé Luís Arnaut.
Estou tão orgulhoso desta façanha que, a partir de hoje, só escreverei elogios a esta boa gente. E, aviso já, esta decisão é irrevogável.
[imagem: “A Quimera do Ouro” (1925), Real. Charles Chaplin]
Mai nada, limpinho, limpinho.
O algodão, ou melhor, as penas não enganam.
José Luís Arnaut, mais um português em organizações internacionais, é motivo de orgulho para todos os portugueses desde os salazarentos do CDS aos comunistas do PCP!
Certamente o português comum beneficiará com mais um conterrâneo numa prestigiada organização internacional, tal como beneficiaram, por exemplo, com o José Manuel Barroso na Comissão Europeia…
Enfim, imagino que o Polvo/ Goldman Sachs tem quotas definidas para cada país, desta vez foi o Arnaut amanhã talvez um Xuxa qualquer…
Não é só no futebol que somos bons na formação. Também sabemos formar bons corrup… quer dizer, bons “conselheiros”.
[…] Eu, Facebookei 😉 […]
E fez muito bem 😉
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M´áfia? Não, é simplesmente Roma a pagar aos traidores.
Claro que não, afinal a máfia não existe.
E quem é o padrinho? Il coniglione, o okupa de San Bento!
Esse não é de certeza. Um deles é o okupa de Belém. Mas os mais poderosos não dão a cara nem aparecem nos jornais.
Qual é o palácio que o irrevogável Portas, okupa? “A Sempre Noiva”, ali prá Estrela.
O palácio do irrevogável devia ser o Júlio de Matos.
deve haver por aí umas negociatas que precisam de ser acompanhadas
Negociatas? Ná, tudo fruto de muito suor e trabalho.