Fingidor

relógio

não conhecem o meu sentido de missão (…) a crise foi superada (…) Sou de ficar, não sou de abandonar

não poderemos voltar à irresponsabilidade, não poderemos viver na excepcionalidade teremos que dizer à sociedade os limites até onde ir (…) O reino dos demagogos terminou

No tempo em que ainda não havia internet, vi uma capa na banca dos jornais que gostaria de relembrar. Vivíamos em pleno cavaquismo. Sim, esse mesmo, a lapa de Belém, o tal que diz que não é político, mas que não larga o poder. Ao lado dos jornais desportivos lá aparecia regularmente a famosa revista do Vilhena (seria talvez a “Fala barato”). Nessa capa, Roberto Carneiro, na altura ministro da Educação, aparecia rodeado de um rancho de filhos e dizia: “O que é que posso fazer? Gosto de foder” e encolhia os ombros.

Depois de ler as notícias sobre o congresso dos leitões apetece-me parafrasear o poeta.

O vice é um mentiroso que mente tão completamente que chega a acreditar que é verdade a mentira que deveras mente.

Na cabeça daquele lunático mentir não é verbo, é advérbio de modo.

Aqui está um momento em que o irrevogável faz jus ao adjectivo que se lhe colou como ferro em brasa. Ele é irrevogavelmente mentiroso. É o seu modo de vida.

Se o Vilhena lhe dedicasse uma capa seria: “O que é que posso fazer? Gosto de mentir”.

PS. É nestas alturas que me lembro da expressão repetida ad nauseam pelas ovelhinhas “os políticos são todos iguais”. Eu, se fosse um político corrupto, adoraria ouvir isso. Querem melhor camuflagem?
PS. 2. E que melhor partner podia ele escolher.

Comments

  1. Há-de ser o seu modo de… morte.

  2. Ferdinand says:

    “O vice é um mentiroso que mente tão completamente que chega a acreditar que é verdade a mentira que deveras mente.”

    Ou ele(s) são tremendos actores e actrizes merecedores de Oscares, Tonys, Ursos e afins ou então acreditam mesmo naquilo que dizem e por isso lhes tem sido dado manobra para fazerem o que querem.

    Não tenho a certeza de qual das duas hipóteses é a prior, talvez a segunda pois significa que só pararão por interversão externa, e como não existiu, até agora, nenhum movimento que os detenha e apresente alternativas que convençam a população tenho que concluir que mais destruição induzida vem a caminho…

    • Alexandre Carvalho da Silveira says:

      Habituem-se, como dizia o outro. Eles vão lá estar pelo menos até 2019; quem não gosta, come menos ou então deita-se ao lado…

      • Ferdinand says:

        Isso é que é ter fé! 2019 ainda está longe, e o milagre económico não convence ninguém bom de juízo, a não ser que inventem uma máquina de manipulação das mentes melhor que a televisão e conseguirem prolongar as mentiras, é bem possível que a paciência daqueles que têm vindo a ser alvo da violência troikacrata se acabe.

        De qualquer das maneiras, espero que o Silveira peça garantias a quem tanto se esforça por defender que terá tacho em 2019, é que em tempos de vacas mirradas os tachos escasseiam, mesmo para os mais fieis…

      • Até 2019?! Alto, o Zandinga ressuscitou.

    • Ferdinand, só as ciências forenses ou a psicopatologia sabem qual das duas hipóteses é a correcta. Eu não coloco de lado as duas estarem certas.

  3. portela says:

    No Comos da maioria, reina a harmonia e a bem-aventurança: o portas, porteia; o coelho, culheia; o vento, venteia; e o galo , galeia.

  4. Mais um casal de missionários:

    Empresa que levou a demissão no MAI custou mil euros. DIÁRIO NOTICIAS

    por Ana MaiaHoje1 comentário

    A POP Saúde, empresa do ex-presidente do INEM e da sua mulher, até quarta-feira chefe da gabinete do Ministro da Administração Interna, foi constituída apenas com um capital de mil euros e sete dias antes da assinatura de um contrato de consultadoria com o Estado no valor de 74.390 euros

    A Administração regional de Saúde do Lisboa e Vale do Tejo, entidade que celebrou o contrato, justifica que o currículo de Miguel Soares de Oliveira no INEM justifica a contratação. Na sequência da polémica, a mulher, Rita Abru de Lima, apresentou a demissão do cargo de chefe de gabinete do MAI e o ministro Miguel Macedo aceitou.

    DIÁRIO DE NOTICIAS

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  1. […] Sarmento até ao momento? Zero. Parece que as odds estão contra os discípulos do irrevogável fingidor. Bem vindos à Meta do […]

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