Praxes, Meco, loucura e morte

Uma excelente compilação de notícias, e hoje a confirmação. A praxe mata.

Comments

  1. Zuruspa says:

    Mas é tudo imbecil?
    Pessoas de 23 anos, se as mandarem ou näo ir para o mar (revolto), se lhes acontece algo, a culpa é DELES que aceitaram. Um gajo, instituído seja o que for, manda, os pacóvios obedecem porque querem (afinal, eram finalistas, e näo caloiros)!!! Que coacçäo houve neste caso? Os falecidos merecem, portanto, o Prémio Darwin.

    • é tudo tão imbecil, como tu desculpares o sistema por conta dos idiotas que o fazem.

      • Maquiavel says:

        Ó JJC, com toda a frontalidade que mereces, mas bardamerda mais essa conversa. És contra a praxe, estás no teu direito, mas aproveitares isto como se fosse um caso paradigmático dos “perigos da praxe” também é imbecil. Isto tem a ver com imbecilidade, que pode acontecer dentro ou fora do contexto da praxe.
        E onde é que eu estou a defender o sistema? És mais inteligente que isso, lê o que eu escrevi, e näo o que quererias que eu tivesse escrito.
        Mais : iIsto näo foi com caloiros amedrontados, foi com finalistas.

        Sabes que mais? Se fossem muito inteligentes (e falo do grupo todo), tinham arranjado lugar na Univ. Pública.

        Odeiem-me muito, andem.

  2. a praxe implica considerar a Universidade como um meio para elites com rito de passagem para se ser “iniciado”.
    é um ponto de vista puramente Totó do ensino e do direito ao conhecimento.

    Só por isso já é detestável.

  3. Fui praxada durante 9 MESES. Não morri, não tive ferimentos, não saí com mazela alguma. Tive uma experiência que me enriqueceu e na qual recolhi ensinamentos para a vida. Na qual me incutiram princípios e valores que só se aproximam aos que os meus Pais me incutiram. Mas os meus Pais não fizeram o Ensino Superior e os meus grandes mentores, que me ajudaram a adaptar-me e a não desistir, na Praxe ou fora dela (porque, que choque, alguns professores só nos ajudam é a sentirmo-nos frustrados e desanimados), foram os meus Doutores, que me mostraram que como eu havia mais umas dezenas de colegas e que nós, Caloiros, nos tínhamos de apoiar uns aos outros na tarefa difícil que é o fazer o nosso Curso (e hoje, seguramente, são esses Caloiros os meus grandes amigos não só para todo o curso como para a toda a vida). Os outros colegas, que não se identificaram com a Praxe, não apareceram. Nunca foram obrigados, nunca foram coagidos. São nossos colegas na mesma, convivem connosco na mesma e nunca foram postos de parte. No Cortejo Académico, enquanto nós cantámos o Hino de Curso em frente à varanda do Reitor, eles estavam no público, a aplaudir-nos.
    No próximo ano, quando Praxar, saberei o que é estar do outro lado, saberei o quanto custa chegar a um mundo praticamente novo, saberei o que é estar pela primeira vez fora de casa, longe da família. Saberei fazer proporcionar a outras pessoas, mais novas, o que um dia me proporcionaram a mim.
    Se querem culpar algo, culpem os Praxistas que não sabem Praxar, não percebem qual o propósito da Praxe, culpem o facto de ser dada a permissão de Praxar a quem não foi Praxado, a quem não sabe o que é, culpem os indivíduos que por vestirem o Preto se acham os senhores do mundo. Não culpem a Praxe. A Praxe não mata. A Praxe faz-nos sobreviver. A mim fez.

  4. António Duarte says:

    Sou tentado a concordar com o texto e a maioria dos comentários, mesmo onde se contradizem.

    A praxe é uma imbecilidade, sempre achei, e ainda mais em universidades da treta onde nem sequer existe uma suposta “tradição” à espera de ser reinventada.

    E quando indivíduos adultos se atiram ao mar alteroso em nome de uma parvoíce qualquer e aí morrem estupidamente também não se pode dizer que a culpa é unicamente da praxe.

    De resto, acho bem que a comunidade académica cultive a solidariedade e um certo e saudável espírito de corpo. Que se poderia traduzir, por exemplo, numa semana académica com actividades desportivas e culturais no início do ano para integrar os caloiros.

    Mas percebo que isso talvez exija mais responsabilidades e canseiras do que as cretinices habituais das praxes ou o vómito colectivo das festas patrocinadas pelas cervejeiras.

  5. Maria Ana Mata Santos says:

    Um imbecilidade é alguém ainda discutir este assunto, quando tudo não passa de meninos parvos e ignorantes, que se acham heróis e que poderiam lutar contra tudo e todos, inclusive o mar! Caloiros ou finalistas, ser veterano é fácil! Ser um bom, e responsável veterano é difícil… E estes miúdos nem deviam ter o direito de envergar o traje porque só podem ser otários! Que gênero de alminha vai fazer praxes ou algo do gênero pondo em risco a integridade física dos participantes?! Desculpem mas, não desejando mal nenhum a ninguém, acho que o que aconteceu foi essencialmente por mera responsabilidade dos intervenientes. Não acho que devamos “cair todos em cima” do sobrevivente, mas pelo menos ter a certeza que tira uma lição de tudo isto. Também acho que não se devia andar a dizer mal da lusófona (mesmo que não estude la) pois em todas as instituições há pessoas parvas e pessoas inteligentes, pessoas influenciáveis e pessoas integras e com princípios bem definidos!

  6. Maria Ana Mata Santos says:

    Quanto a Comentários anteriores, Esclareço e ensino que há vários tipos de inteligência. A inteligência não é medida pela nota com que se entra na faculdade ou pela Faculdade em que se está… Até porque em todas as faculdades há pessoas muito inteligentes e pessoas muito pouco inteligentes…

  7. Maria Ana Mata Santos says:

    Pois talvez também não seja exclusivamente por falta de inteligencia que uma pessoa que torne assim, sem argumentos, quem precise de ofender e rebaixar, julgando-se o maior, porque na verdade não sabe argumentar numa “discussão”…

  8. Justificar praxes sejam elas quais forem com a balela da integração? Então os jovens que chegam à universidade são uns idiotas que não se sabem integrar? Isso é uma justificação para a idiotice e para se armarem em superiores quando não são coisa nenhuma…

    • depois do 25 de Abril tinha acabado esta fantochada elitista.
      Eu vinha de Alhandra (sabem onde fica ? Não ? ninguém sabia).
      Outro colega vinha de Almeida, outro de Viseu, uma data deles de Almada, Amadora, outra do Alentejo, outra da Venezuela, etc.
      Cursávamos Antropologia (suposto ser uma coisa elitista. Pelo menos hoje seria).
      Ninguém precisou de praxe para se integrar.
      Melhor. Integramo-nos porque não havia praxe, precisamente.
      Havia os meninos filhos de gente importante, que armavam ao pingarelho.
      Mas, também porque não havia praxe, mandávamo-los à merda sem problema nenhum.
      Se houvesse praxe, andávamos a aturar o complexo de superioridade dos ditos cujos.

      A Praxe é para Totós, ou meninos de fralda.
      A Universidade não serve para isso. E também não serve para se “integrar” ou entrar para clubes de elites.
      Serve para estudar, caso alguém se tenha esquecido.

  9. Ivone Melo says:

    Era interessante pesquisar quantos alunos já morreram, inclusivé suicídios , relacionados com esta forma “tão apurada” de integração.

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