A crise do socialismo hegemónico

bruno macaes

A anedota já tem uns dias, mas não perdeu a piada: Bruno Maçães, o humorista que de Harvard saltou para a Coreia e aprecia ditaduras educativas, contou 35 anos de hegemonia socialista em Portugal, causando estupefacção em quem o leu, no DN ou na Jugular.

Há dúvidas? abram uma qualquer publicação no Insurgente, no Blasfémias ou na 4ª República e leiam os comentários (no Corta-Fitas não é preciso ler os comentários).

Há um certo encanto quando lhes sai que Hitler perde o nacional e vira um apátrida socialista, neste estranho e bizarro mundo onde afinal é o socialismo que está em crise, nunca ficou na gaveta, tem-nos governado na forma de estado social e impostos, porque estado é socialismo e socialismo é estado, e a culpa disto tudo é do estado socialista em que vivíamos desde a revolução, embora  já tenha mesmo por aí lido que Salazar também era um socialista, do estado e dos comunistas e outros sindicalistas corporativistas (junção de duas palavras que é todo um tratado de ignorância), e liberal era o Pinochet, pois claro.

Faz parte da cartilha dividir o mundo entre eles e os comuno-socialistas, que são todos os outros incluindo os seus que ainda transportam alguma decência às costas. O velho social-democrata ou democrata-cristão é arrasado aos gritos e gritinhos de socialismo! socialismo!  socialismo!  no fundo o que uma Maria Luís e um Pedro Passos dizem em casa mas não podem (por enquanto) usar em público, nem os que se candidatam ao pote do poder ousam exibir. Mas espreitem as caixas de comentários: é o rabo de fora, onde tão bem se denuncia a crise do socialismo que atravessamos e que dará finalmente lugar ao capitalismo triunfante.

 

 

Comments

  1. Maquiavel says:

    Quem mantém aquela fronha rodeado daquelas beldades todas… näo me espanta!

  2. Os níveis de intervenção do estado na economia são, em Portugal, dos mais elevados do mundo. O estado condiciona de vários modos a actividade económica e apropria-se de mais de 50% da produção económica.
    Esse intervencionismo estatal vem de longe: mesmo se os impostos eram menores, durante a 2ª república (estado novo) o domínio da economia era tão grande que houve economistas estrangeiros que duvidaram em classificar a economia portuguesa nos anos 30 como sendo uma economia de mercado.

Trackbacks

  1. […] Há uma certa limitação em alguns cérebros de esquerda, ora dá para achar que José Sócrates deu “baile” no seu mais recente comentário dominical, ora dá para escrever disparates destes. […]

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