“[…]poderão ser equacionados contributos adicionais do lado da receita, designadamente na indústria farmacêutica, ou de tributação sobre produtos que têm efeitos nocivos para a saúde” (Maria Luís Albuquerque – 15.04.14)
“Não há taxa. É uma ficção, um fantasma que nunca foi discutido em Conselho de Ministros e cuja especulação só prejudica o funcionamento da economia” (Pires de Lima – 18.04.14)
No seio de um governo desorientando e incompetente, este tipo de contradição é cada vez mais frequente. Aconteceu recentemente com José Leite Martins, repreendido sucessivamente por vários membros do governo, aconteceu com Passos Coelho quando Portas lhe tirou o tapete da TSU ou quando se demitiu em protesto contra a nomeação de Maria Luís Albuquerque, hoje sua comparsa de tantas conferências de imprensa. Agora é Pires de Lima, que não só desmentiu as declarações feitas pela Ministra das Finanças na passada Terça-feira, como ainda ridicularizou a posição do Ministro da Saúde, que dias antes assumiu a medida como possibilidade no quadro de um conjunto de medidas orientadas para a resolução do problema de acumulação de dívidas dos hospitais públicos.
Convenhamos que, no caso de Pires de Lima, se trata de uma desautorização que, no contexto actual, faz sentido. Como o próprio afirma em cima, qualquer especulação à volta de uma medida desta natureza “só prejudica o funcionamento da economia”. Era o que mais faltava, informar o consumidor sobre os malefícios de determinados produtos para a sua saúde. Ele que se informe! Não vamos agora colocar em causa o lucro da Kellogg’s ou da PepsiCo por causa de algo tão insignificante como a saúde pública. Haja alguém que salve a economia destas esquerdices…
Ninguém se lembrou foi dos malefícios da cerveja e do que causa nos jovens.
Santa paciência, o sal só faz mal a quem os rins não funcionam a 100% e o açucar também é relativo. Que tal deixarem-se de extremismos?
acha que colocar uma informação sobre o teor excessivo de sal de um determinado alimento é extremista?
“Era o que mais faltava, informar o consumidor sobre os malefícios de determinados produtos para a sua saúde. Ele que se informe! Não vamos agora colocar em causa o lucro da Kellogg’s ou da PepsiCo por causa de algo tão insignificante como a saúde pública. Haja alguém que salve a economia destas esquerdices…”
João Mendes
Concordo com tudo o que escreveu, à excepção do parágrafo acima.(Tê-lo-ei, porventura, interpretado mal !).
Mas, quanto a mim, não foi “a preocupação de informar o consumidor sobre os malefícios de determinados produtos para a sua saúde” que motivou essa incompetente pedra de gelo, a albuquerque mas, outrossim, a ânsia demencial de mais uma taxa, para sacar mais euros ao consumidor. Em suma, MAIS UM IMPOSTO !
Porque, para esta escumalha, a saúde dos Portugueses, é algo desprezível, como se prova pelos cortes e taxas nos sistemas de Saúde, nas reformas já tão miseráveis de muitos idosos completamente desprotegidos, que têem que escolher entre a mísera refeição e o medicamento essencial à sua sobrevivência.
E a “saúde” que dá ao seu crescimento, a fome por que estão a passar 120.000 crianças ?
É claro, e nisso concordo consigo, que Pires de Lima SÓ está preocupado com a “economia”…a saúde dos Portugueses, que se lixe…
Mas há um lado positivo nas declarações dele, que o João Mendes também refere : São os sinais de desagregação, de contradições, de desorientação e incompetência desta corja !
Um “governo, uma maioria e um presidente cúmplice” a caírem de podres, às mãos dos quais, Portugal está a morrer todos os dias.
Concordo que o objectivo é o de aplicar mais um imposto. mas referia-me sobretudo à reacção do Pires de Lima sobre o panico que tal geraria no normal funcionamento da economia. Claro que no fim de contas it’s all about a new tax…
Espero que quando vier a proibição total ao tabaco tenha a mesma opinião.
Proibição?