O próximo capítulo

Ricardo Paes Mamede explica onde entrámos agora:

Assumindo que o crescimento económico recupera nos próximos anos para os níveis previstos pelo governo, pelo Banco de Portugal e pelas instituições internacionais (OCDE, FMI, Comissão Europeia, etc.), o Estado português terá de escolher duas das três seguintes opções:

(1) cumprir do Tratado Orçamental;
(2) pagar a dívida pública nos termos actualmente previstos;
(3) preservar um Estado Social típico de uma sociedade desenvolvida.

como também escreveu no Ladrão de Bicicletas.  Adivinhem qual a opção de Coelho, de que prescinde Portas ou o que fará Seguro.

Comments

  1. É perfeitamente possível ficar com as três opções. Basta ir para níveis fiscais Dinamarqueses.

    É isso que queremos?

  2. l.rodrigues says:

    desconfio que em termos de pagamento de impostos já estamos perto dos dinamarqueses. O que nos falta é o nivel salarial e a aplicação dos ditos impostos em serviços públicos equivalentes

  3. Alexandre Carvalho da Silveira says:

    O Pais Mamede acerta sempre. Quando caga acerta sempre na sanita. Ele não explica é como é que se paga “um estado social tipico de uma sociedade desenvolvida”.
    Há menos de um ano este crâneo jurava e trejurava que estávamos numa espiral recessiva de onde nunca mais seria possivel sair. Agora, já esquecido do que andou a propalar, descobriu que tem um estado social terceiro-mundista. O que é que ele e os outros como ele já terão feito para usufruirem de um estado social de uma sociedade desenvolvida? talvez muito pouco, ou mesmo nada.
    Numa sociedade desenvolvida gente como o Pais Mamede não é levada a sério. Mas em Portugal confunde-se muito a lata com a prata. Basta dizer que é de esquerda.

    • Nightwish says:

      Tem razão, estava enganado, espirais recessivas eternas não existem, eventualmente a coisa estabiliza no zero.
      Agora que a europa continua a demorar mais tempo a crescer do que após 1929, continua, sem perspectivas nenhumas de mudança.

    • Claro, o importante é pagar a dívida e cumprir o tratado. Direita mais de perna aberta e generosa com os bancos como a nossa, não há.

      • Alexandre Carvalho da Silveira says:

        Não, não é pagar a divida. É ter as condições que nos permitam ir rodando a divida e pagando juros tão baixos quanto possivel.
        Pensar que o estado social de uma sociedade desenvolvida depende de não pagar a divida, não é sequer uma utopia: é pura estupidez. Um estado social decente só se constrói e mantém com crescimento económico, não é com dinheiro emprestado. De resto Dijsselbloem o socialista holandês que é presidente do Eurogrupo já avisou: não se pode começar outra vez a gastar o dinheiro que não se tem. Só não ouve quem não quer.

        • Nightwish says:

          “É ter as condições que nos permitam ir rodando a divida e pagando juros tão baixos quanto possivel.”
          Com a economia estagnada e as melhores pessoas a fugir do país, é para quando?

          • Alexandre Carvalho da Silveira says:

            1,5% é economia estagnada? em quantas empresas é que já investiu? ou isso é só para os grandes capitalistas?

          • Não fosse isto um drama, e uma frase destas sempre seria uma boa anedota. Esta gentinha perdeu a noção do ridículo.

          • Alexandre Carvalho da Silveira says:

            Claro que para as mentes brilhantes que acham que o Pais Mamede diz coisa com coisa, falar em investimento é ridículo. Gostam mais que lhes sirvam o almoço à mesa do orçamento e lhes lavem o rabinho com água de malvas. E depois queixarem-se que pagam muitos impostos.

          • Às mentes ignorantes que falam de “investidores”, tipo gente generosa que trabalhou toda a vida em prol do bem comum, solicito uma lista com os grandes “investidores” portugueses que não beneficiaram de rendas e outras benesses do orçamento de estado.
            Força, fico à espera obviamente sentado, ó Silveira.

  4. portela says:

    Percebeu agora sr Silva?
    .

  5. Muito oiço eu até à náusea falar em crescimento económico – gostava de ouvir falar em desenvolvimento e não mais conversa de contabilistas – há uma “diferençazinha” – E quem tem filhos e netos e bisnetos a estudar de borla à minha custa (também) não se esqueça de lhes dizer que ir para Bolonha — não é “bonito”

  6. Luís says:

    Basicamente, o que ele está a fazer é admitir que não sabe como conciliar as 3, que é o que tem de acontecer, porque incumprindo qualquer umas das 3 alíneas as outras 2 ficam em grave risco. O que isto significa é que ele percebe que não existe alternativa ao que este governo está a fazer, mas não quer ser frontal. É como se um treinador de futebol dissesse que a táctica para não perder um jogo fosse não entrar em campo. É uma “alternativa”, mas na prática significa incapacidade de lidar com a situação.

    • Nem ele nem ninguém sabe, porque é matematicamente impossível.
      Mas pelos vistos para defender este governo nunca foi preciso saber fazer contas. Compreendido.

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