Em Democracia, naquela em que ainda vivemos, o direito à manifestação ainda se mantém consagrado no ordenamento jurídico que, felizmente mas não por falta de vontade, os empregados parlamentares das diferentes máfias que compõem o sistema ainda não conseguiram alterar, para tristeza de todos aqueles que clamam por mais impunidade para o assalto diário de colarinho branco ao país que hoje celebra o seu dia. E enquanto o dia da submissão final não chega, há que ir rosnando a todos aqueles que tentaram colocar em causa o plano.
Durante a cerimónia comemorativa do 10 de Junho que teve lugar hoje de manhã na Guarda, o antigo accionista–negacionista da SLN sentiu-se mal e teve que ser retirado da tribuna onde debitava as habituais nulidades que o caracterizam. Alguns iluminados e idiotas deste país correram a culpar um grupo de manifestantes que levava a cabo um protesto legítimo contra o governo, tal como previsto no 45º artigo da “infame” Constituição da República Portuguesa. Eu sou da opinião do João José Cardoso, até porque Portugal não é uma monarquia: não está em condições para exercer funções, vá gozar a sua reforma que mal dá para as contas. Junto com a da Maria e considerando que não deve gastar um euro que seja há alguns anos, fruto de viver às nossas custas, mais caro por português do que a rainha Isabel por inglês, deve chegar.
Regressando ao campo das idiotices, pode ler-se n’O Público que “Elementos da PSP com cães foram deslocados para junto dos manifestantes”. Imaginem por uns segundos este cenário: um grupo de pessoas faz um protesto legítimo durante uma cerimónia oficial, onde repetem palavras de ordem que se ouvem praticamente todos os dias neste país e, de um momento para o outro, apercebem-se de que estão “cercados” por agentes da autoridade que, para além de armados e treinados, traziam consigo cães. Não consigo conceber o nível de perigo que estas pessoas poderiam representar que tornasse necessário tal “reforço”. Não me lembro de ver cães na escadaria do Parlamento no dia em que a manifestação dos profissionais da polícia a subiu. Dualidades de critérios. Será culpa do Tribunal Constitucional?
Entretanto Cavaco voltou, aparentemente normal, e terminou o seu discurso. No final, registraram-se incidentes entre manifestantes e forças da ordem, com vários manifestantes a serem identificados. Não estive lá e como tal não sei quem atirou a primeira pedra. Mas a entrada em cena dos cães poderá ter elevado o grau de nervosismo dos manifestantes. Francisco Almeida, líder da CGTP e militante do PCP, um dos manifestantes identificados no local, disse ao Público que a identificação foi feita por um agente à paisana que, minutos antes, estava num sector do público que aplaudia Cavaco e se insurgia contra os manifestantes. Não seria a primeira vez que tal acontecia. Será que tais práticas representam, como minutos antes pedia o general Pina Monteiro, “respeito por Portugal e pelas Forças Armadas“?
Temos portanto um protesto, um veterano político que desmaia porque, convenhamos, já não vai para novo, idiotas que culpam o primeiro pelo sucedido ao segundo, uma reacção desproporcional das autoridades e uma “troca de galhardetes” entre polícias (à civil e à paisana) e alguns manifestantes, tão perigosos que foi preciso trazer os cães. Feliz Dia de Portugal e pensem duas vezes antes de protestar perto da “elite”. Eles podem soltar-vos os cães!
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Conversa de comuna, sempre a mesma coisa, a mesma falta de respeito e as vitimizações costumeiras.
Conversa de lacaio partidário, sempre a mesma coisa, a mesma cegueira e o paleio standard desses meios.
queles que andam sempre a dizer que as Forças Armadas são o principal garante da democracia, quem, regularmente, invoca o papel das forças armadas no abrir das portas da liberdade e da democracia, os militantes que tomaram uma revolução feita por militares como sendo da sua autoria mostraram hoje ao mundo um enorme desrespeito pela Nação e um desprezo inimaginável pelos Militares de pelas FAs.
Não perceberam que hoje não era o dia do governo, ou do partido A ou B, não era o dia do Presidete, era o dia de PORTUGAL!
Queriam fazer-se ouvir a acabaram com toda a gente contra eles….
São assim os Comunas…..
Nota: não sou lacaio de ninguém, sou militar……
Pedro, Kostinha (qual prefere?);
Quem são “aqueles que andam sempre a dizer que as Forças Armadas são o principal garante da democracia, quem, regularmente, invoca o papel das forças armadas no abrir das portas da liberdade e da democracia, os militantes que tomaram uma revolução feita por militares como sendo da sua autoria mostraram hoje ao mundo um enorme desrespeito pela Nação e um desprezo inimaginável pelos Militares de pelas FAs.”
Sou eu? Porque se não sou veio ao lugar errado. Entenda-se com eles.
Segundo Lugar: estiveram lá, segundo a comunicação social, cerca de 200 pessoas. Reduza o nível de generalização. Para propaganda política também veio ao lugar errado.
Terceiro lugar: por ser dia de Portugal as manifestações ficam sem efeito? Não é isso que diz na CRP. E como não é que se continuem a fazer tantas quantas forem necessárias até que alguns daqueles gajos que o roubam a si e a mim todos os dias ganham vergonha na cara.
Quarto lugar: acabaram com toda a gente contra eles? Fale por si. Não me parece ser assim tão literal.
Quinto lugar: existem militares que também são lacaios. E eu não disse que você era lacaio, disse que estava a usar “Conversa de lacaio partidário”. Se não é, enganou bem.
Pelo facto de ser o dia de Portugal, não quer dizer que não assista por um dia um dos mais elementares direitos do nosso estado democrático Kostinha. Ou crês que uma manifestação não é também ela própria a expressão que o povo pretende um Portugal melhor?
kostinha
O que é para si “toda a gente” ? Tem algum processo “estatístico” que lhe permita falar em “toda a gente” ?
É que eu, por exemplo (e só posso falar por mim, o que você também devia fazer, falar só por si…) pertenço àquela “toda a gente” que JÁ NÃO PODE VER, NEM PINTADOS, os coelhos, portas, albuquerques, e para seu “azar”, kostinha, o “seu chefe supremo das forças armadas”, o que jurou honrar e defender a Constituição, (mas todos os dias a trai !) a tal que consagra entre muitos outros direitos, que esta gentalha viola descaradamente, o direito à manifestação.
Ou para si, a minha “toda a gente”, para si …não é gente ?
Olhe que a “minha”, é cada vez mais e mais…TODA A GENTE !
“Comunas”, dirá você na sua preclara sabichonice !
Faça então um género de sondagem e veja o que a população achou do comportamento desses manifestantes (depois conte-me….), não estava em causa o direito a manifestarem-se ou não, o que estava em causa era o momento escolhido, ali não era a festa ou comiício do partido A ou B, não era o dia do Presidente nem do governo, era apenas o dia de Portugal e das Forças Armadas, sabe, existem dois tipos de cerimónias onde a população que assiste se mantêm em silêncio, são os casos das cerimónias religiosas (aqui não preciso explicar porquê) e as cerimónias militares (essas são por norma cerimónias onde os símbolos da nação são homenageados, onde os mortos que tombaram por PORTUGAL são lembrados, onde os homens em parada deveriam merecer o respeito de quem assiste). Mas tudo isto parece não contar para nada quando o que interessa é faltar ao respeito à solenidade exigida, outra coisa não seria de esperar desses senhores……principalmente o senhor professor de bigode à Arnaldo de Matos (será que ainda sabe o que é leccionar?) que deu assim um belo exemplo de desprezo pelos mais elementares pilares da Nação, fica-lhe bem (ainda bem que não dá aulas pois seria um excelente exemplo para os vossos, já incultos, jovens)……se queria manifestar-se tivesse antes escolhido o jantar de gala que se realizou na noite anterior, aí estavam com toda a certeza muitos dos culpados do estado miserável a que chegámos, não era ali, nas costas do militares que o deveria ter feito, aqueles homens e mulheres fardados não tinham que levar com aquela falta de respeito!!! Entendeu agora???
Costinha – fale a esse SENHOR no Verão Quente de 1975 – não o vai convencer mas que interessa ?’ Esse nem lendo a história que está já escrita
Não vale a pena Maria Celeste……..quem os conhecer que os compre…..esta página parece um repositório daqueles discursos da velha cassete……todos formatados e alinhadinhos….e ai de quem discordar deles, veja apenas a pluralidade e diferenças de opiniões que eles permitem nos seus partidos….são uns democratas de saco cheio, pregam, pregam mas depois…..ups..
Mas se quiser usar argumentos em vez de paleio de saco partidário podemos tentar discutir o assunto Pedro!
Caiu na net, é peixe 🙂
Em resposta ao Sr. Pedro, certamente pela forma que se manifesta certamente não sabe quem deu a liberdade ao País nem quando apareceram os novos partidos que têm governado desde esse tempo.
Também devia saber que a liberdade de expressão quando não é aceite por pessoas com um baixo nível de educação , a forma de responder é conforme se pode verificar no post….
Por acaso sou militar e sei quem deu a liberdade ao povo e ao País, e olhe que não foram os comunas…..
Porquê Kostinha? Os militares não tinham preferência política? Eram todos fascistas? Ou seriam já social-democratas? Não é preciso ser militar para saber quem deu a liberdade ao país. A andar a gabar-se disso de peito feito fica-lhe mal…
Deve ter sido o Spínola, esse monárquico convicto 😉
kostinha
Pergunta clássica e recorrente :
Afinal, onde é que você estava no 25 de Abril ?
Ainda andava de fraldas ou já estava “entretido” a dar a Liberdade ao Povo Português ?
E, sendo o caso, de que lado estava ? Do lado desse “grande democrata” jaiminho neves ? Ou do desertor spínola ?
Sim, porque uma certeza já você a deu : do lado dos “comunas”, como você diz, é que você não estava…
A Liberdade não se dá, conquista-se. Foi isso que fez o povo português num confronto duradouro entre progressistas e reaccionários que antes e depois do golpe do dia 25 se confrontaram na medida das suas possibilidades – antes, com as armas do lado da ditadura; depois, com as armas do lado do progresso social. Ainda assim divididos entre os que tinham medo da sovietização e os que tinham medo da refascização – um conflito entre medos que evoluiu mas não acabou, que ainda entorpece a política e os debates.
AMP
Até Pides já são condecorados – nunca nada afinal é exactamente o que parece e eu que o diga já que me engano tanto que pasmo como se o “real” se escondesse desse real mais que aparente