Parece que ontem, dia 20 de Junho, se cumpriu uma «tradição» em Braga, manchando a festa alegre que se pretende que o S. João seja. Uma tradição que não era cumprida há 98 anos. Saudosa, portanto!
Diz quem viu e até faz (má) locução na Tv Minho que foi «um momento bonito». Eu olho para aquelas imagens e ocorrem-me vários adjectivos. Nenhum deles será bonito. Bonito, bonito seria deixarem o Libório no seu cantito.
Foi-me garantido, ainda na véspera de tão fantástica ressurreição, por um amigo próximo que estava na organização de tamanha crueldade, que o animal não sofreria qualquer dano. Eu, conhecedora do comportamento humano quando em «matilha» e frequentemente em estado de pouca sobriedade, imaginava o que por aí viria.
Infelizmente, pelo que li de relatos de quem viu o acontecimento e foi mais imparcial do que o magnífico repórter da Tv Minho e pelo que vi nas imagens, a realidade foi mais ou menos como eu a imaginara.
O pobre porco, assustado com toda a confusão, medo que terá sido também agravado pelo disparo de morteiros, recusou-se a sair do veículo de transporte, pelo que foi puxado pelas orelhas e pela cauda para sair. Como insistia em não fazer o gosto à populaça, foi pontapeado. Aterrado, lá saiu da carrinha, desatando a correr. Como por vezes corria em sentido oposto àquele em que era suposto que corresse, era arrastado pelas orelhas e pela cauda.

Por lapso, no post original não foi referido o nome da autora da fotografia. Reparo agora esse erro. FOTO DE ANA BARROS Pode ser apreciada em: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10202294326379381&set=a.10202294292538535.1073741922.1227891809&type=1&theater
Que o povo triste, ignorante, que mal ganha para a côdea goste destes acontecimentos, que representam o ponto alto nas suas vidas sem cor, até percebo. O que não percebo é que, mais uma vez, os estudantes estejam ligados a uma prática bárbara. Os estudantes devem ser motor de mudança dos países e suas sociedades. Os estudantes devem desenvolver o seu espírito crítico e a sua humanidade, libertando-se ou afastando-se da boçalidade e da barbárie. O que aqui aconteceu foi o oposto. Os estudantes ajudaram a que a barbárie e a crueldade se instalassem.
Para terminar, quero partilhar convosco o que descobri na página aberta de Facebook de um dos magníficos organizadores das fantástica e nada cruel «corrida»: um desenho do dito senhor a perseguir o porquito, utilizando uma linguagem que só por si ajuda a apelar ao que de mais baixo o ser humano tem dentro de si.
Para mim, a crise maior é esta, a perda de valores tão elementares como o respeito pelos outros, quer sejam os outros humanos, quer sejam outros animais. Convivemos todos neste espaço redondo, cada vez mais estragado, o mínimo que podemos fazer é respeitarmos o outro. Seja ele quem for. O regresso de tradições cruéis só nos fica mal.
Palavras para quê ?
A ruralidade, o Minho, a terceira cidade do país eh… eh… eh…, no seu esplendor…
“O que não percebo é que, mais uma vez, os estudantes estejam ligados a uma prática bárbara.”
Não percebe?
Em que país vive?
De resto, BOM POSTE!
Está bem.Afinal trata-se de uma cidade de padres, bispos e demais filhos, e filhas da puta, pederastas….e já agora , aos porcos dos estudantes,podem ir rezar, depois da festa, junto á estatua do conego Melo.
Calma Senhores,
Segundo fontes próximas da organização o Libório está a ter acompanhamento psicológico (antes de acompanhar com batata assada e grelos).
Saudações cordiais,
Alberto
Eu que nada tenho contra a corrida de toiros, que gosto de ver, custa-me ver a perseguição a um animal em pânico. Na arena o touro luta com ferocidade. Um porco foge em completo pânico. Não há comparação possível.
luta encurralado devias estar lá tu8
pena, Noémia Pinto, que não tenha colocado a autoria da foto que utilizou. assim dita a educação, no mínimo!
não é pelo facto de não estar assinada ou não conter marca de água que não tem autor.
ao menos, por uma questão de cortesia, poderia ter pedido para a utilizar!
cumprimentos
Lamento, Ana Barros, o meu despautério. Foi, acredite, sem qualquer laivo de maldade ou desrespeito que o fiz. Enviaram-me essa foto e, na urgência de escrever um post sobre um assunto que me deixou deveras incomodada, atropelei os seus direitos de autor. Tem toda a razão no reparo que faz e irei de imediato reparar o dano que lhe possa ter causado.
Eu, amiga pessoal de fotógrafos, defendo sempre os seus nomes e tenho por hábito referir as fontes que uso.
A minha enorme falha só poderá ser remotamente justificada com a hora avançada da noite, nunca lhe pediria autorização para usar uma fotografia às 3 da manhã, e a urgência da situação que me levava a agir de imediato.
Relamento a minha atitude frívola e mal-educada.
Noémia, foi uma simples chamada de atenção, sem qualquer agravo.
poderia até tê-la utilizado sem creditar, se tivesse tido o cuidado de, pelo menos, me ter dado conhecimento que o tinha feito.
e eu ter-lhe-ia respondido que poderia usar sem qualquer problema.
é isso que faço com todas as pessoas que querem usar ou usam as minhas fotos. não faço nenhuma questão em que apareça ou não o meu nome. mas não gosto muito de ser surpreendida, através de terceiros.
sempre que precisar, pode ficar à vontade em utilizar as minhas fotos. mas diga alguma coisa por mensagem privada, por favor!
sem qualquer tipo de animosidade, receba um abraço