Outono de 1570: o jovem rei Sebastião viaja até Coimbra, entra numa aula, e é recebido com uma enorme pateada. De imediato mete a mão à espada mas é serenado: tratava-se de uma tradição académica de reverência a sua majestade, uma honraria rara, uma praxe, dir-se-ia tempos mais tarde, e o rei sorriu, agradeceu, e segundo um cronista voltou todos os dias repetindo-se o enxovalho.
Verão de 2014: numa comemoração os governantes são interrompidos por
um grupo de estudantes repúblicos, empunhando cartazes e interpelando e interrompendo os oradores, recorrendo a linguagem rude e até a insultos.
As “provocações” estudantis fizeram-se sentir com particular intensidade durante a intervenção do presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado. Neste contexto, o orador seguinte – o secretário de Estado da Cultura, Barreto Xavier – recusou-se a falar.
A enxovalhar governantes desde o séc. XVI, isto é que é uma tradição académica, centenária, património da Humanidade. Mai nada.
Dava metade do subsídio de natal para assistir à cena !!!!
Neurocretino – lindo neologismo – BOA ??!! Também acho
A luta dos estudantes das REPÚBLICAS de Coimbra contra uma lei das rendas que não encontrou soluções para tratar de modo desigual o que é desigual e onde a instituição Universidade de Coimbra não tem meios nem legais nem financeiros para suportar uma tradição académica que ajuda os estudantes mais necessitados, mostra-se legítima. A vida numa “República” está longe de ser a vida de boémia que a maioria julga (sei do que falo na condição de antigo repúblico) e permite a cerca uma centena de estudantes um meio de alojamento mais barato do que o arrendamento de um quarto. Aliás, a maioria dos conimbricences explora despudoradamente a comunidade estudantil, praticando preços abusivos e, nas mais das vezes, sem reportar ao fisco os rendimentos obtidos. Há mesmo um conjunto de agiotas capitalistas que adquirem andares e até moradias, que arrendam compartimento a compartimento, ao mês ou ao semestre, sem qualquer contrato escrito. É claro que isto não justifica que se impeça quem quer que seja de falar em cerimónias públicas. Detesto este governo e esta política, mas isso não me impede de reconhecer que a liberdade de expressão é um direito de todos.
Joam Roiz,
REPÚBLICAS DA VERGONHA – RENDAS DE FOME
A culpa foi dos senhorios que investiram nas casas, e cometeram o grande erro de as alugar, o valor das rendas não sofreu aumento durante décadas, esse foi o grande erro, finalmente a nova lei veio mudar esta grande injustiça, mas o prejuízo para os donos foi grande, algumas casas estão a ser entregues aos donos em autentica ruina, só se aproveitando o terreno.
Quem aluga uma casa é para ganhar dinheiro, e não para ao fim de 40 anos de aluguer receber por mês 5.99 euros ou menos por uma casa, e ainda ver estes meninos a refilar e fazer papel de coitadinhos, quando a maior parte deles só vive á conta de subsídios dos serviços sociais da Universidade, da Camara de Coimbra, do estado e de todos os organismos estatais onde possam chupar dinheiro…
O que se passou e passa é uma vergonha que tem de ser denunciada, as pessoas têm de perceber o que se passou durante décadas e tem de ser feita justiça o mais rapidamente possível devolvendo as casas aos donos…ou pagando mensalmente o valor justo para que os donos tenham algum proveito…
Pobres dos donos das repúblicas de Coimbra , quando as alugaram nunca imaginaram que passados 40 ou mais anos, iriam receber valores miseráveis…
Morreram pobres para subsidiar esta cambada que só quer viver á conta de tudo e todos…
e nem foi preciso ressuscitar esta tradição como se ressuscitou a do porco preto em Braga. Quer-me parecer que é mais legítimo o enxovalho político coimbrão do que a perseguição do pequeno leitão bracarense…
Desafio, em nome da honestidade intelectual, a pessoa que avaliou o meu comentário a fundamentar ponto por ponto a razão do sua apreciação negativa. Venha ao site discutir isto comigo. Não se encolha e diga ao que vem e o que defende.
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