Pronto. Nós não nos queremos meter na vida interna do PS, mas não há como ficar calado perante a provocação pública de António José Seguro.
É que levo a sério – e levo a mal! – a proposta de redução de deputados da Assembleia da República para 181. O demagógico embrulho com que é apresentada não esconde o seu conteúdo essencial: diminuir a representatividade regional, atacar a força parlamentar dos partidos à esquerda do PS, reduzir a proporcionalidade, forçar o “voto útil” dos incautos. Como o proponente quer esta alteração legislativa antes das próximas eleições legislativas – isto é novidade! -, propõe-se fazê-la de braço dado com o PSD e Passos Coelho. Como a prostituta que procura aliciar o cliente mostrando a perna, Seguro oferece ao PSD o extermínio eleitoral do CDS. Revoltante.
Bem, respeitando a sua opinião e como de opinião se trata, admite-se que argumento diferente possa ser usado. Particularmente estaria mais satisfeito que, mantendo-se o número dos ditos representantes a qualidade e seriedade fossem próximos do critério, à prova de bala. Que as mordomias fossem banidas e as os rendimentos pelo exercício fossem equitativos e mais condizentes com o rendimento do país.
Gostaria se ver publicado o seguinte exercício:
– Com base nos últimos resultados eleitorais legislativos qual seria o número de deputados por partido e qual a diferença para o número actual? Assim poderíamos olhar para algo mais pragmático, em vez de ideias baseadas em ” aqui del rei”.
Duma coisa tenho a seguinte ideia, só ideia e não certeza. O regime assim, não parece estar bem. É preciso discutir o assunto e procurar saídas para os nossos problemas sem “rodriguinhos” e derivações…
O regime não está, efectivamente bem, meu caro Rui Moringa. Contudo, tal não se deve ao número de deputados, mas sim à indigente falta de qualidade dos mesmos ( com pontualíssimas e honrosas excepções). E não nos fiquemos pelos deputados: qual é a qualidade dos integrantes do actual e de pretéritos elencos governativos? Pedro Lomba? Emídio Guerreiro? O morto-vivo Relvas? Poiares Maduro? A Senhora Ministra da Justiça do “desculpem qualquer coisinha”?!!! O inefável e inamovível Crato, o senhor do “tudo corre sem sobressaltos”? A pretérita e inenarrável Maria de Lurdes Rodrigues “sou vítima de uma cabala”?!!! E o que dizer do facto de tal proposta vir de alguém como António José Seguro, o zigzagueante Calimero do Largo do Rato?
Acredite no que lhe digo: os nossos deputados e os nossos políticos são o produto da nossa sociedade, ou seja, eles são o produto de todos nós. A sua qualidade não aumentará, sejam eles muitos ou poucos, enquanto o nosso espírito cívico nos não ditar uma rigorosa e radical exigência na prestação de contas e na qualidade de quem nos governa.
Os meus sinceros cumprimentos.
O Tó Zé é um sabichão… Depois da “chapelada” que se prepara para dar nas “directas”, já lá vem a caminho uma “chapelada” mais ambiciosa, mais ampla, mais profunda, desta feita a nível nacional. O Exterminador Implacável do Largo do Rato propõe-se dar livre trânsito à fúria implacável da sua sede pelo poder perpétuo, arrasando a fogachadas de lança-chamas o PCP e o BE, ao mesmo tempo que pisca o olho ao PSD (Tó Zé, seu maroto!), convidando-o a dar o mesmo subtil tratamento ao CDS. Tudo isso enquanto se houve, em banda sonora de fundo, o “Só nós dois é que sabemos” do saudoso Toni de Matos. Quem é que percebe da poda, quem é?
Errata (mais uma vez, canudo!): “ouve” e não “houve”.
Meu caro Coelho Pereira,
Estou de acordo consigo no que se refere às ideias centrais. Os políticos portugueses não chegaram de Marte, são membros da nossa sociedade. Não tomaram o poder pelas armas ou por qualquer outra forma violenta. Foram eleitos pela maioria dos votantes. Claro em minha opinião em cima de propaganda em dose de MENTIRAS.
O número de deputados e a proposta de os reduzir, não é o ovo de Colombo para tudo o que está mal no regime. Tenho percepção disso . Escrevi que preferia outro tipo de iniciativas quanto ao exercício da função de deputado da Nação (se quiser), ou país.
Não discuto o carácter do personagem (líder partidário em causa) em público. Não o conheço suficientemente para o fazer.Também não sou ingénuo ao ponto de acreditar na Grande Vírtualidade da medida para todos os problemas . Mas a sua discussão deveria ser feita, uma vez que não será um dogma, ou é?
Pois, caro Coelho Pereira, o exercício do poder é uma coisa tramada. Para uns dá cá uma pica…Uma vaidade…Um extase…Um orgasmo…
Sem dispositivos de controlo formal, e uma educação cívica assente na propaganda do sucesso em cima de dinheiro e prestigio pessoal em vez do mérito do Ser, da honra, do colectivo acima do indivíduo, estamos nesta desgraça de vida, com esperança morrendo devagarinho.
Queira aceitar os meus cumprimentos.
É com imensa satisfação que constato, meu caro Rui Moringa, que essencialmente estamos de acordo. Concordo igualmente consigo quando defende que a discussão do assunto em causa não será um dogma. Não o é, certamente. Contudo, fazê-la (essa discussão) neste momento e, sobretudo, nos termos em que a quer fazer António José Seguro é, por si só, dar meia vitória a uma manobra politicamente oportunista cujos objectivos últimos o seu autor/agente se não atreve a revelar. Só uma coisa me afasta um pouco de si: o conhecimento detalhado, de há muitos anos, da acção política ( não discuto caracteres – pode ser-se uma afável e excelente pessoa e, a um mesmo tempo, ser-se um político medíocre) de António José Seguro. E, acredite, dali, a menos que a Providência obre uma das suas maravilhas, não vem nada de bom.
Os meus mais sinceros cumprimentos.
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O futuro de um país nas mãos dos mais ignorantes e porque não desonestos – a falência de um país não por causa de “crises” falsas ou verdadeiras, mas pelo somatório da incompetência e ignorância “real” dos que ´há 3 décadas se empoleiram aqui para se empoleirar, depois, em Bruxelas” – a ignorância que pode vir desde “casa” mas, mesmo assim,, para que serve a ESCOLA e quem ensina e FORMA ?? será que a escola já não forma, também, os professores que e como devia ?? Creio que só se pensa em dinheiro e ganhar mais e ter um emprego e não uma profissão – é natural – também preciso mas não dessa maneira – mas pelos vistos a europa não está melhor e acabo de receber um artigo do como está decadente a GRANDE frança – globalização da mediocridade – tudo se empina – nada se produz pelo que o que resta é exclusivamente para VENDER – VENDER o que os outros, como eu, construíram – o MUNDO chamado rico que produz não importa o quê nem como – que destrói Ar e ÀGUA e como se vê – provoca os desalojados do CLIMA e eu prefiro dizer – desalojados do clima desprezado e alterado pelos RICOS que querem a sua casa limpa e atiram o LIXO para quem tinha terra LIMPA mesmo sendo pobres – O SUL caixote do LIXO do Norte como as “zaras” que vendem belo e baratinho feiro na India no trabalho escravo – sem horário e até ao domingo, para vender em PARIS fazendo cada vez mais miseráveis – a terra e os homens – o clima não mudou – as falésias de Albufeira e Praia Mara Luisa caíram com os ricos do golf a regar terra que não aguenta (arenito) e cai e mata – ou constrói na Caparica onde o mar RECLAMA o que é seu como atesta a Arriba Fóssil da Caparica – mas o tempo do homem não é o tempo geológico, não sabe nem quer saber e gastam milhões meter areia onde o mar comer – para continuar a alimentar o mar que é comilão – a ignorância é fatal para a terra e para os homens, afinal os que menos contribuíram para a RAIVA do planeta