As 4 mentiras de “pormenor” de Passos Coelho

Mente

(foto: Viriato à Pedrada/Sem Rodeios)

No programa Eixo do Mal desta semana, Daniel Oliveira chamou a atenção para as 4 mentiras de pormenor a que Passos Coelho recorreu no Parlamento numa tentativa inglória de salvar o que restava da sua falsa imagem de candura. A saber:

  1. Passos Coelho optou por não receber a subvenção vitalícia: ou se recebe esta ou se recebe o subsídio de reintegração e como Passos requereu o subsídio de integração, não poderia sequer requerer a subvenção vitalícia que, em todo o caso, só pode ser requerida a partir dos 55 anos;
  2. Passos Coelho escolheu não receber o acrescento salarial de 10% decorrente da condição de deputado em exclusividade: não podia recebê-lo uma vez que recebia 15% decorrente de se encontrar na qualidade de vice-presidente da bancada parlamentar do PSD;
  3. Passos Coelho foi ilibado pela PGR: não foi ilibado de coisa nenhuma pois como o crime prescreveu, a PGR não tem competência para o julgar logo não tem competência para o ilibar;
  4. Passos Coelho começou a trabalhar na Tecnoforma em 2001: no seu livro Mudar, o ainda primeiro-ministro afirma que optou por fazer o curso de economia enquanto trabalhava na Tecnoforma, curso esse que terminou em 2001 e começou, na melhor das hipóteses, em 1997, isto considerando que não terá chumbado qualquer ano e que o curso teve uma duração de 5 anos.

Perante tudo isto, o leitor terá duas hipóteses: ou acredita na honestidade do homem que faz da mentira uma arma política, ou acredita nos factos, aos quais se acrescentam os aqui citados, e, fazendo uso da lógica, percebe que o primeiro-ministro é um impostor e um incompetente até na arte da mentira. Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente? Talvez Marco António Costa nos consiga enquadrar nesta contradição.

Comments

  1. portela says:

    Palavras para quê? É um artista português!

  2. Vice-presidente do PSD, Marco António Costa, enaltece Passos Coelho como: “referencial” de ética e transparência???
    -“Oh valha-nos Deus!”…Que delírios!

  3. Fernando says:

    Em todo o rigor, o início do curso em 1997 é, nas condições ideais, se a licenciatura tiver sido de 4 anos (situação que também ocorria nalgumas universidades antes do Processo de Bolonha).
    Se o curso fosse de 5 anos (situação mais frequente), então, na melhor das hipóteses, PPC começou-o em 1996.
    Notar que antes do Processo de Bolonha (como foi o caso de PPC) não eram de todo possíveis equivalências curriculares como as de que beneficiou Miguel Relvas, pelo que não era possível encurtar significativamente a duração de um curso.

    • eu estava a dar a melhor margem possível para não me acusarem de ser tendencioso 🙂 mas, efectivamente, 1996 parece-me mais real que 97. fico perplexo com a incapacidade de elaborar melhores desculpas esfarrapadas. é o que dá andar a recrutar assessores na JSD 😉

  4. brácaro says:

    Diz o morto-vivo de Belém que “lhe disseram” que Passos Coelho prestou todos os esclarecimentos. Portanto, nada mais há a aclarar, disse o dito morto-vivo. Isto só neste país que anda ao nível do Biafra. Temos um 1º Ministro que foge aos impostos e procura “sacar” mais algum, com esquemas, tipo exclusividade. Este Passos Coelho não tem vergonha na cara. A história que contou nem crianças convence. Que mamou, mamou, sem qualquer dúvida.

  5. niko says:

    quando é que a PGR está disposta a averiguar o que se passou com o Srº Marco A. Costa quando da sua estadia na Camara de Gaia?

    • Talvez o faça quando o PSD cair e o PS voltar ao poder. Camara de Gaia, Valongo, We Brand… há tanto por onde escavar!!!

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  3. […] de impostos diz respeito. Em Setembro, o profissional da mentira tentou esquivar-se com um conjunto de aldrabices, imediatamente desmascaradas. Para já, o primeiro-ministro limitou-se a afirmar não conhecer a […]

  4. […] do primeiro e do vice-primeiro-ministro: um aldrabou o país em campanha e, mais recentemente, no âmbito da polémica do subsídio de reintegração/Tecnoforma e o outro aldrabou o país quando anunciou a sua demissão irrevogável, que caiu por terra assim […]

  5. […] que a aldrabice volte a passar como em 2011: eis a essência da coligação liderada por um mentiroso compulsivo e um pandeireiro político capaz de sacrificar ainda mais o país no altar dos […]

  6. […] conseguiu mentir. O mesmo homem que mentiu quando disse que não queria dar emprego aos amigos, que mentiu no Parlamento sobre o ainda por explicar caso Tecnoforma e as subvenções indevidas que, ape…, e que, apesar do conto de crianças de se estar a lixar para as eleições, não dá descanso ao […]

  7. […] o apreciador de robalos Pedro Passos Coelho andou metido nas duas e, ao seu melhor estilo, ainda conseguiu mentir sobre o assunto. Ainda se fossem umas carnes gordas ou uns vinhos carrascões a malta até percebia. Agora isso de […]

  8. […] que muitos portugueses estão prontos para voltar a entregar o país a um primeiro-ministro que mente, que foge aos impostos e que participa em esquemas de gestão clientelista de fundos comunitários […]

  9. […] daquilo que foi a governação PSD/CDS-PP. Nos papéis principais Pedro Passos Coelho, um primeiro-ministro que mente, e Paulo Portas, o homem que, obedecendo à sua consciência, apresentou pedido de demissão, que […]

  10. […] sobre ele pendesse. E foram várias as mentiras proferidas por Passos Coelho e algumas podem ser encontradas aqui. Só faltaram o exército moralista e o ministério da propaganda a pedir cabeças. Em vez disso […]

  11. […] assim tão exclusivo, se enquadra na proposta dos “social-democratas”? E aquelas outras mentiras de pormenor, quais contos para crianças, que nos foram servidas por essa altura, terão […]

  12. […] sua condição de deputado em regime de exclusividade. Independentemente da gravidade das mesmas, o então primeiro-ministro mentiu quatro vezes perante os parlamentares: mentiu quando disse ter optado por não receber subvenção vitalícia, já que estava legalmente […]

  13. […] Passos Coelho quer falar sobre iludir os portugueses? Recordemos, então, o que disse durante a campanha que o conduziu ao governo, entre outras mentiras descaradas como esta, esta ou esta. Ou esta compilação. […]

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