Peninsulares

Iberian_peninsulaOnde, na Europa, um parlamento expõe bustos dos seus ditadores do séc. XX? na Alemanha ou em França, países com legislação anti-revisionista, que têm metido na cadeia os que tentam branquear a História?

Imaginam vária imprensa e imensos blogues a glorificarem um criminoso de guerra e terrorista confesso por altura do seu falecimento nesses dois países, ou numa Bélgica ou Holanda?

Estão a ver os partidos de um governo na defesa da “memória” de um Hitler (que até foi eleito), das estátuas de Estaline ou pregando por Petain?

Neste canto da Europa, o ibérico, também a desgraça nos une. O governo espanhol e o português juntam-se na mesma mistificação, são governos  sabonete, lavam e ainda perfumam. Somos o canto das ditaduras que não soubemos extirpar, uns trocaram a democracia pela desonra dos seus milhares de heróis assassinados pelo bárbaro Franco, nós deixámos que lentamente o Estado Novo seja visto com a brandura habitual proclamada pelos seus herdeiros.

Somos a vergonha da Europa.

Comments

  1. Josand says:

    Um Exercício:
    Apague o texto todo e deixe só a última frase , alterando só a conjugação de “Somos” para “Sou”.

    Vai fazer muito mais sentido a todos, dada a estupidez que é esta questão.

    Não quer apagar dos manuais de História também? E já agora todos os Reis?

    Se tem vergonha do seu país emigraria para onde?

    Comparar o Estado Novo ao regime nazi é repugnante e estúpido, revela que nem sabe História e que é hipócrita, tendo em conta os seus “Ídolos”. Precisamente a altura em que os vários indicadores económicos e sociais mais evoluíram na história recente portuguesa, de orgulho nacional e cujos valores conservadores eram, até 1968, em grande parte partilhados em todo o Ocidente( como tentam muitas vezes fazer esquecer o Maio de 68 e de como era a Europa antes disso). Graças aos impacientes, fez-se uma revolução que deu liberdade apenas a alguns e proibiu a liberdade de expressão duma forma mais velada e mais acentuada que no pré-25 de Abril, como é constatável nesta questão.
    Lamento dizer mas…

    O Aventar já foi um grande blogue mas à medida que o tempo vai passando e alguns traços pessoais se vão acentuando vai-se percebendo que há alguns comentadores que envergonham a qualidade dos restantes.

    “Shame on you”

    • BustyGirl says:

      Um quer apagar o passado. Outro quer para lá regressar. Mas que lindos meninos se aventuram neste aventar. Estão bem um para o outro.

    • Ó idiota, claro que o fascismo português, tal como o italiano, não é igual ao nazismo, mas pertence ao mesmo período histórico. O espanhol esse, ganhou a guerra com os aviões alemães.
      Claro que para ti não cometemos os mesmos massacres, nós matávamos pretos e sempre os deves achar numa escala inferior à dos ciganos.
      Quanto à evolução dos indicadores é piada habitual, o tal de crescimento económico dos anos 60 feito a partir do zero, e que não nos tirou da cauda da Europa, também dá vontade de rir essa da moral e costumes da época, que tropeça logo no escândalo que provocaram os refugiados da II GM.
      Mas é fatal, fala-se do fascismo português e vem logo um cretino defendê-lo.
      E fica um aviso: vir insultar-me na minha casa tem como mínimo levar retribuição.

  2. BustyGirl says:

    Com sabonete Cardoso, branco mais branco não há.

  3. Josand says:

    Ninguém quer voltar para lado nenhum, apenas que não se apague a História e que se aprenda com ela para no futuro sermos todos melhores

  4. BustyGirl says:
  5. Josand says:

    Ó comuna, caracteriza lá um regime fascista e depois diz-me o que tem em comum com o Estado Novo. Depois compara o Estado Novo com os teus regimes estalinistas, maoístas marxistas, leninistas, totalitários…

    Um comunista será sempre um ignorante, independentemente da época histórica, porque não se cultiva e porque pensa que pode igualar o comunismo a uma religião tal a fé e os dogmas que professa.

    Acorde Homem! Tudo o que acredita é uma vergonha e faz de Salazar uma excelente pessoa. Pergunte aos portugueses se não acham que ele fez bem em manter o PCP ilegal e demais extremistas ilegais? Todas as eleições vos mostram que ninguém vos quer no Poder e mesmo assim não se calam.

    Metam-se num buraco!

    Ninguém defende o retorno a um regime político como o EStado Novo, apenas que não se apelide esse período de idade das trevas e de obscurantismo, quando nem por sombras foi isso.

    Faço um desafio. Escolha um indicador que tenha melhorado mais depressa neste regime do que durante o Estado Novo.

    Quer o da Mortalidade infantil? OU fica-mo-nos por aqui?

    • O da mortalidade infantil, ó facho? essa foi de antologia:
      “em 1970 a taxa ascendia a 55,5 por 1000 nascimentos vivos (ocorreram, nesse ano, 10027 óbitos infantis), em 1974 desceu para 37,9 por mil (isto é, 6517 crianças que morreram antes de terminarem o primeiro ano de vida), em 2009 para 3,6 por mil, a que corresponderam 362 óbitos infantis. Em 2010 a taxa desceu para 2.5 por mil nados vivos (verificaram-se 256 óbitos). Um orgulho para todos os portugueses.”
      http://www.franciscogeorge.pt/29301/31501.html

      É curioso que não se encontra um fascista que não seja ignorante, começando por negar que é fascista tal como Salazar o foi. Malta que lê o Rui Rocha, ainda acaba um dia a nem saber ler.

  6. Josand says:

    É que primeiro retiram-se os bustos de presidentes que não se gosta, depois virão outros, como os reis, que à luz da actualidade eram tudo menos democráticos. Quer ir ver ao lado se era melhor? Ainda tem de ficar sem pátria porque pode perceber que a História não é o que pretende e que ninguém é impoluto e puro como pretende, embora todos os regimes que defende serem do mais anti-humano que exista.

  7. Quando um regime não quer mesmo quebrar radicalmente com o vem de trás é normal que trate com alguma brandura quem o precedeu, não vão as pessoas dar pelas semelhanças e indignar-se.

  8. Josand says:

    Então vê lá ó grande esperto João Cardoso.

    Esta tinha ratoeira, mas como os comunas gostam de salivar e nem pensam( a propósito, não sou fascista, não sou é desmemoriado)

    Fica aqui o gráfico para quem quiser consultar:

    http://gyazo.com/ff3c1fa64f9f9a4a327f16c6ddc1c613

    Retirado do site Pordata( eu gosto de ler as fontes originais)

    Mas então em 1960 era de 77.5/1000, em 1974 era de 37.9/1000, eu diria que foi uma melhoria fantástica. Mas se interpretar por gradientes… ainda percebe como foi uma descida ainda maior. O que contraria claro a sua tese.

    Sabe qual é o problema seu e de muitos é que são desonestos!

    Quando comparam 2013 com 1973 para provar que estamos melhor, devem também fazer a comparação de 1973 com 1933, para perceber o quanto se mudou e em que direcção.

    Mas desconfio que ou não têm inteligência ou honestidade para fazer isso…

    • asdfg says:

      “devem também fazer a comparação de 1973 com 1933”

      e se comparares com 1133 ainda “provas” que estamos muitíssimo melhor e que o salazar nos tirou da idade da pedra..

      ridículo.

  9. Josand says:
  10. Josand says:

    Repara também nisto: em 1940 apenas 33% das crianças entre os 7 e os 9 anos andavam na escola e em 1960 eram já 95%.

    http://gyazo.com/02f72f81bf5cb40543ffd09caf04dc5a

    Mas repare ainda melhor nisto e veja o atraso em que Portugal estava quando se iniciou o EStado Novo.

    http://gyazo.com/13828a2f24745986962f7a93e7eeb38b

    E compare com o resto do Mundo…

    http://gyazo.com/b9e102b8c9623fa6675a9537d09d11a4

    Agora diga lá que o nosso ponto de partido não era péssimo que não foi feito um excelente trabalho tendo em conta todas as condicionantes?

    Mas será que isto estraga a sua narrativa?

  11. Josand says:

    Ah… a Fonte:
    Alfabetização e escola em Portugal no século XX: Censos Nacionais e estudos de caso
    http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v17n1/v17n1a17

  12. Josand says:

    Pode até odiar o que eu escrevo mas tenho razão 😉

  13. Josand says:

    Desculpe só usar as democracias ocidentais porque o Mundo soviético está excluído por razões auto-explicáveis, se é soviético é anti-humano e anti-democrata.

    Mais costumes da época, só para perceber que o regime não era tão estranho e anacrónico assim.
    http://www.oddee.com/item_96917.aspx

    http://www.businessinsider.com/vintage-sexist-and-racist-ads-2011-6?op=1

  14. Josand says:

    E agora quem é idiota? Já não sou eu…
    Eu respondo! Eu Respondo!
    É o João José Cardoso

    • És. Mas do tamanho dos números de miséria que te esqueceste de comparar com a Europa, ou quando comparas omites.
      Deves pensar que se investiga História com uns passes de google, esquecendo um milhão de emigrantes que fugiram da fome, uma guerra colonial, uns milhares de mortos, etc. etc. nada de especial: 48 anos depois, em plena paz social, Portugal discutia com a Grécia o último lugar em todos os rankings, e o primeiro no que toca a ditadura (aqui não esquecer a Espanha).
      Não bebas tanto das fontes retiradas do contexto histórico, que o álcool é uma droga pesada.

  15. Francisco Miguel Valada says:
    • Pois, troll fascista. Deve ter orgasmos quando demonstra uma ignorância do tamanho do Tarrafal.

    • Francisco Miguel Valada says:

      Lamento que a definição de ‘troll’ aqui apresentada não seja do agrado de todos. Além da hipótese ‘rate down’, no Aventar, também podeis propor alternativas aos coordenadores do Urban Dictionary. Classificar ‘up’ e ‘down’ não tem, no caso em apreço, muita utilidade. Desejo-vos um óptimo fim-de-semana.

    • Anónimo says:

      ´Descobriste a pólvora. O Sapo e os jornais Económico e Jornal de Negócios e o DN (o Público menos) a Visão etc. estão cheios de trolls residentes também de esquerda (alguns com escrita muito pobre a raiar o analfabetismo) e profundamente ofensivos.

  16. A bustaria transformada em bestiaria. É pena não meterem as medalhas, ficavam mais lustrosas.

  17. Josand says:

    Eu respondi-lhe com factos:
    Ponto de Partida de Portugal na educação, comparando com outros países, em diferentes ´épocas, para perceber o contexto português no início do século XX e de quão diferente era Portugal, no seu atraso a nível da alfabetização e que só melhorou significativamente a partir da década de 30. Tem também a mortalidade infantil, que é usada muitas vezes como exemplo máximo da melhoria do sistema de saúde e omite-se que esta já vinha a cair vertiginosamente desde 1960 pelo menos. O que só prova que o Estado Novo tinha muitos defeitos mas o não ter melhorado os indicadores sociais e económicos como nunca mais no século XX, tanto que estávamos em 1973 em convergência com a Europa, sem ajuda de empréstimos, com dívida controlada e sem estarmos sob dependência económica de estrangeiros, sejam eles americanos ou soviéticos.
    E mais ainda, defendia os interesses dos portugueses e não defendia soluções para o Ultramar que implicasse entregar tudo sem negociar nada, que foi precisamente o que aconteceu, com os resultados que se viram.
    A ONU também não estava interessada em mais nada que não a independência e portanto ninguém perguntou à população de Angola se queria pertencer a Portugal ou ser independente.
    Agora diga-me… se a AR é a casa da Nação Portuguesa e deve estar lá quem defenda mais os Portugueses… além de bustos deviam ter estátuas! Para que todos os dias os eleitos percebessem que já lá esteve quem governou com recta intenção. Autoritário mas com amor a Portugal.
    Ninguém quer voltar a esse tempo, apenas que se tire a nuvem negra desse período porque houve muita coisa boa com a qual se pode aprender muito. É simplesmente burrice tentar esconder isso independentemente de práticas menos boas mas que em nada se assemelham a outros regimes , esses sim fascistas e… com menos represssão que noutros regimes democráticos da época.

    Goste-se ou não é a História de POrtugal!

    PS: Pergunto-me se leu o que estava nos links????
    Tudo isto foi obtido através de pesquisa no google. Se quiser dou-lhe umas lições de como fazer pesquisa na Internet além de como escolher a melhor fonte. Aí pode ser que já encontre fontes para fundamentar o que diz e não chame trolls a outros quando fica sem argumentos. Se coloquei tantos posts foi para não ser maçudo e desmontar os seus argumentos.

    Sempre às ordens 😉

    • Factos? metes a mortalidade infantil a descer, esquecendo que era das mais elevadas da Europa, e após 74 começa sim o caminho para ser das mais baixas do mundo. Convém perceber porquê, e o que foi feito, vê se encontras no Google a criação de centros de saúde, o aumento do número de enfermeiros e médicos, por exemplo.
      Brincas com o analfabetismo (há 100 já havia taxas de quase 0% na Europa, Salazar arrasou o esforço da República, aplaudiu a ignorância e só retrocedeu na década de 60 porque lhe pediam mão-de-obra que soubesse ler e escrever). E sobretudo ignoras que na mesma década mais de 10% da população, a mais pobre e analfabeta, emigrou, alterando as estatísticas e realmente melhorando as condições de vida de muita gente, através das suas remessas. E emigrou clandestinamente.
      Omites nos tais indicadores sócio-económicos desenquadrados a ditadura, os mortos e os massacres.
      Sim, massacres, nas colónias onde querias ir perguntar aos colonos se lhes apetecia a independência (coisa que de resto Salazar não fez), ignorando o trabalho escravo dos contratados, a nacionalidade de 1ª, 2ª e 3ª, e o inalienável direito à auto-determinação, mais que consensual em todo o mundo na década de 60. Chegas ao ponto de procurar exemplos de moral balofa, esquecendo que em Portugal ele era imposta pelo estado, que até tinha uma Polícia de Costumes.
      Números? os números mandados ao ar dizem o que queremos dizer com eles, os números em ciência enquadram-se, nas leis, no dia-a-dia, nas práticas. Os números aldrabam-se, como o fizeste, quando se mete um gráfico a subir, esquecendo o seu contexto (e já agora os anos anteriores, sempre sãos uns 30).
      Claro que não precisas de voltar ao salazarismo, o neoliberalismo substitui na perfeição, seja nas desigualdades, na exploração desenfreada, e exactamente no mesmo enriquecimento das mesmas famílias que mandam em Portugal há mais de um século. Os outros indicadores descem já a seguir, é ver o exemplo do países onde foi aplicado há mais tempo.
      História é uma ciência, mas não é a ciência política do Doutor Rui Ramos, e não se gosta nem se desgosta, investiga-se.

    • Anónimo says:

      Este “Josand” não é fascista é um troll que se quer fazer passar por erudito mas que pratica a cópia de comentários. Escreve barbaridades com muitos sorrisos como “fica-mo-nos por aqui”.!

  18. Josand says:

    Irra que nem com a papa feita na interpretação de dados vai lá:

    Mortalidade Infantil: se começa dum valor mais alto e está a descer (por acaso num gradiente maior até 1974… mas é normal dada a introdução do PNV em 1965 pelo que é normal uma queda mais acentuada.
    Lamento que não saiba ler um gráfico. SE está a descer desde 1960, que são os dados do gráfico… Era alta? Pois era, mas desceu muito ou não?

    Salazar arrasou o esforço da República e “e só retrocedeu na década de 60” ?

    Deixe o absinto… Agora tenho a certeza que não leu tudo o que lhe enviei. .. Em 1940 , 33 % das crianças dos 7 aos 9 frequentam a escola, 1950- 73%; 1960- 95%?

    Não vou discutir mais consigo. Não lê, não sabe ler nem quer aprender. Isto é quase como “atirar pérolas a porcos”, no sentido em que não está a aproveitar tudo o que eu lhe estou a proporcionar.

    Onde é que dá mesmo aulas?

    • Estude. Vai ver que até aprende, por exemplo a ler.
      E não dou aulas, vendo-as.

      • Josand says:

        Ó João, diga assim:
        P-E-R-D-I ! Ensine-me. Tenho um problema com Português dado que não sei ler e com matemática, porque não sei fazer contas.

        Mas sou muito bom a berrar! Posso passar de ano?

        Os dados que lhe pus à frente são auto-explicáveis. Só por desonestidade não o reconhece.

        Cumprimentos. Dê um toque quando precisar de lições 😉

        • Chumbar não digo, mas defender a queda de indicadores negativos no último quarto de um regime sem perceber porquê, sem os comparar e ainda cantar vitória, é passagem garantida num curso para troll.

    • coelhopereira says:

      O meu caro amigo devia ser emoldurado e exibido, em lugar proeminente, numa Exposição Antológica da Estupidez Humana.
      Esses polegarzinhos para cima que tem tão atenciosamente recebido, serão eles os dos seus amiguinhos aí do bairro que o têm na conta do seu (deles) Goebbelzinho de salão , ó grande asno de cascos em suástica?

  19. coelhopereira says:

    Eu não seria tão taxativo na afirmação da singularidade na barbárie dos países ibéricos e no carácter único dos seus selectivos esquecimentos, meu caro João José Cardoso.
    Se se deslocar à Bélgica, o meu caro amigo verá não poucos monumentos louvando o responsável pelo maior genocídio do século XX: o Rei Leopoldo, o carniceiro que forrou o território da sua quinta particular – o Estado Livre do Congo – com as ossadas de 11 milhões de seres humanos. Também os Alemães sofrem de uma total amnésia sobre as façanhas coloniais do seu Guilherme II, o Kaiser que mandou eliminar fisicamente 80% da população do povo Herero da Namíbia e de boa parte do povo Nama do mesmo território, por fuzilamento ou internamento em campos de concentração, onde milhares e milhares deles sucumbiram à tortura, à sede e à fome. Uma politíca de extermínio colonial que seria a matriz da guerra de conquista colonial e de extermínio dos nazis no Leste da Europa, quase quarenta anos depois. Ainda hoje a Namíbia independente pede insistentemente – até agora sem êxito – a museus alemães a devolução de 300 cabeças decepadas de Hereros e de Namas. Elas foram enviadas para o território do II Reich alemão para se provar, de uma vez por todas, a “inferioridade” dos Africanos. Como vê, o Holocausto não foi, como muitas vezes e de muitos lados, nos querem fazer crer, um fenómeno excentricamente anómalo na História europeia: ele correspondeu ao culminar de um padrão. Negar isso é já, por si só, embarcar numa deriva revisionista e branqueadora de atrocidades passadas.
    Claro que os Espanhóis tiveram, no Norte de África, o laboratório perfeito onde aperfeiçoaram as técnicas de extermínio que, mais tarde, os generais “africanistas” tão diligentemente aplicaram, no seu próprio país, ao seu próprio povo.
    Claro que, ainda hoje, a Espanha surge nos relatórios da ONU como o segundo país do Mundo com mais cidadãos desaparecidos (o que não é dizer pouco, ao sabermos que o honroso primeiro lugar é mantido pelo Kampuchea dos Khmeres Vermelhos).
    Claro que nós tivemos a nossa própria versão do fascismo europeu, com a sua cruenta polícia política e os seus campos de concentração, tivemos os nossos massacres coloniais ( guerras de conquista e exterminadora submissão que duraram, em Angola, até ao tardio ano de 1941, Baixa do Cassanje, o Cais de Pidjiguiti, Mueda e Wiriamu, para citar só alguns…), tivemos a nossa Guerra Colonial. Tudo isso é inegável. Contudo, a França também as teve na Indochina e na Argélia, e se o hexágono ainda hoje tenta exorcizar os fantasmas de Vichy, a sua amnésia sobre os seus massacres coloniais só é quebrada em ciclos académicos muito restritos.E, pasme-se, até a pacífica e pacifista Holanda há muito olvidou as suas matanças de além-mar nas suas Índias Orientais.
    É por estas e por outras que eu me rio a bandeiras despregadas quando a UE se arma em virginal defensora da Democracia e incansável promotora dos Direitos Humanos em todo o país que fique abaixo do Mediterrâneo. Se se desse à ousadia de abrir as portas dos armários onde esconde os seus esqueletos, seria acometida de um tão súbito quanto avisado mutismo, bem como seria do mais corriqueiro bom-senso que se cobrisse da mais chã das humildades.
    Os meus sinceros cumprimentos.

  20. Josand says:

    Ai o Homem branco que tanto mal faz aos outros, o terrível europeu, o português manhoso!

    Que infelicidade pelos tempos em que éramos mais fracos e lá tínhamos umas hordas de mongóis, uns otomanos ou uns califas a virem por aqui e subjugarem-nos.

    Nunca mais o ISIS fica com armas nucleares para nos fazer pagar caro pela opressão que lhes causamos ou os Chineses decidem vir aqui fazer pagar-nos a todos pelas humilhações das Guerras do Ópio.

    Que importa que os Portugueses estivessem há mais tempo em Moçambique ou Angola(ou lá o que eram esses territórios) do que outras tribos lá residentes em 1974, ou que quando a escravatura era legal, que comprássemos os escravos aos sobas, dizem por aí, eram indígenas.

    Para ser melhor ainda , era útil nem sequer usarmos vacinas em África ou motores a combustão, porque isso são invenções de brancos e conspurcam a beleza da Natureza!

    Mas não se preocupem!
    Ninguém irá para um Tarrafal por cometer crimes contra a Pátria e por querer entregar milhões de Portugueses ao seu próprio destino, desarmados e a lutar com grupos terroristas armados. Isso é para opressores.
    Gente civilizada deixa os seus compatriotas entregues à sua sorte, brancos. Porque pretos, amarelos e mestiços não são portugueses, são lá da África ou doutro sítio qualquer. Só se for branco. Mas os racistas são os outros.

    Ter conceito de nação? Isso é para nacionalistas estúpidos. Acabe-se com a língua, o hino a bandeira e tudo o que possa significar a história de Portugal.

    PS: Nunca deixe que uma boa historieta estrague a realidade.

    • E se metesse a sua nação pelo cu acima, será que sairia a apologia do crime, do massacre, do colonialismo infame, da superioridade do homem branco pela boca? duvido. Quem a tem conspurcada de cadáveres não deve ter espaço.
      E agora desapareça da minha casa, que a apologia do fascismo aqui ninguém a faz. Bardamerda, seu canalha.

      • Josand says:

        Nada como a liberdade de expressão 🙂

        • Exactamente. Prova lá do teu veneno, a ver se gostas. Em minha casa não admito a apologia do crime.

        • Anónimo says:

          A liberdade de expressão que também permite ao um atrasado mental “Josand” supostamente de direita copiar comentários e excertos de comentários e utilizá-los como se fossem de sua autoria.
          Nota : A minha paciência tem limites.

    • Que importa que os Portugueses estivessem há mais tempo em Moçambique ou Angola(ou lá o que eram esses territórios) do que outras tribos lá residentes em 1974, ou que quando a escravatura era legal, que comprássemos os escravos aos sobas, dizem por aí, eram indígenas.

      -Acaso sabe do que fala? Sobre História de Moçambique percebo 0 e passo à frente. Mas Angola conheço alguma coisa. E quando Paulo Dias de Novais chegou à Ilha de Luanda já existiam cá várias tribos organizadas politicamente em vários reinos. O objectivo de Portugal neste território foi comprar e exportar mão de obra escrava para o Brasil. Rituais e cultura que encontramos hoje em Salvador, tem muito a ver com a que encontramos em Angola. Haverá quem lhe chame tribalismo selvagem, mas isso apenas aos olhos dos ignorantes incapazes de ver um palmo diante do nariz, formatados por ideias pré-concebidas. Eu conheço 12 das 18 províncias de Angola e várias tribos, só ainda não consegui aprender nenhuma língua nacional. Até praticamente à I guerra mundial o poder colonial resumia-se a algumas cidades. E mesmo no Estado Novo, existiu uma política de subsídios, quando Salazar ofereceu terra a pobres camponeses em Portugal. E existiram as grandes plantações. A exploração de petróleo não chegou a render grandes frutos ao regime, pois estava no princípio quando se deu o 25 de Abril. Mas a ocupação era descontínua, explicável pela vastidão do país, para percorrer algumas centenas de kms eram necessários vários dia. O Norte e Cabinda sofriam influência do Zaire, o Leste da Zâmbia e o Sul tem muito a ver com o Namibe, à época sob domínio sul-africano. O que explica muito sobre a guerra de libertação ou colonial, consoante quem a escreve. A razão de ser dos 3 movimentos, áreas distintas de influência, etc. É um erro pensar que os povos africanos eram todos iguais ou estavam no mesmo nível de desenvolvimento…

    • coelhopereira says:

      E nunca deixe que a sua estridente esquizofrénica psicopatia bipolar deixe de se interpor entre si e a realidade. O senhor acabou de dar uma vivíssima e magistral imagem do que é o típico cidadão de certa classe “merdia” deste país: um ignorante militante, um obtuso por inclinação e por gosto que, ao falar muito alto e com muita convicção daquilo sobre que nada sabe, toma por cascatas de ouro e pérolas o enxurro de cloaca que lhe brota do intestino grosso a que, tentando – sem que o consiga -fazer dos outros parvos, ousa chamar de cérebro. Ó homem, nos tempos que correm, a sua única vantagem face aos demais viventes deste país é que, no Inverno, Vossa Excelência se vê desobrigado de comprar agasalho: é sabido que o grosso pelame é de magna serventia à manutenção do calor reptiliano das doutas cavalgaduras.

  21. Pedro Loureiro says:

    Na Alemanha a coisa funcionou sem grandes espinhas. http://www.dw.de/artwork-on-parliamentarian-adolf-hitler-sparks-debate/a-15659275

  22. Tem toda a razão João Jose Cardoso. É por isso que em certos países da Europa até proibem o partido comunista.

  23. João Soares says:

    Sr. João José Cardoso !
    Os maus tratos a animais ,passaram a constituir crime desde ontem,2 de Outubro, pelo que enfiar num deles pelo colon acima uma ” nação ” pode valer-lhe uma multa de 3.500,euros.

  24. António says:

    Caro JJ Cardoso,
    li com atenção o seu texto, que, genericamente, não concordo, o todo o chorrilho de disparates que em ‘josand’ desencadeou. Permita-me que lhe faça, a ‘josand’ evidentemente, uma pergunta: Pode-nos esclarecer qual a sua definição de pátria?
    Pátria e povo, para si, tem alguma coisa em comum? Creio que não é essa a sua ideia!

    Sobre o seu texto:
    Em primeiro lugar, aquela exposição não se devia realizar. Segundo testemunhos, é de gosto estético duvidoso. Uma vez realizada, sendo sobre os presidentes da República – o local ideal seria Belém – apesar da legitimidade deste não ser igual, ocuparam esse lugar, pelo que não há como fugir à história. Creio que fugir à história, o JJ Cardoso confirmar-me-à, é o que acontece na Sala dos Capelos na UC – antigo Paço Régio e provavelmente a sala onde decorreu as Cortes de Coimbra com a figura proeminente de João das Regras, onde estão os retratos de todos os rei de Portugal à excepção dos Filipes – não fazem falta nenhuma mas, efectivamente, foram reis de Portugal!

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