Liberdade e Capitalismo…

Nos tempos do maior criminoso da História da humanidade, capaz de suplantar em número de troféus vítimas, carniceiros como Joseph Stalin ou Adolf Hitler juntos, nasceu em Hangzhou, China, quando a revolução cultural estava no auge sob a liderança do pérfido Mao Tsé-Tung, um rapaz pobre, que actualmente conhecemos por Jack Ma.

A visita de Nixon à sua cidade natal levou hordas de turistas, atraídos pela rara beleza natural do lugar, com os quais o pequeno Jack (alcunha que um turista incapaz de pronunciar o seu nome, lhe atribuiu e que haveria de acompanhar Ma Yun até ao presente) conviveu, levando-o a aprender inglês o que mudaria a sua vida para sempre.
Vítima da política isolacionista, algo comum às ditaduras, não importa a ideologia, é manter o povo na ignorância, Jack Ma influenciado pela cultura ocidental, começou por fundar algo parecido com as páginas amarelas, com o apoio de colegas da faculdade, à qual apenas conseguiu entrar à 3ª tentativa, não é filho de dirigentes do Partido ou tem origem em famílias ricas tradicionais, fundou algo parecido com a Amazon, ou e-bay. Entrou recentemente na bolsa em Wall Street, com uma cotação inicial próxima do Facebook.
Pesquisem o que entenderem sobre a Alibaba, que não irão encontrar funcionários a trabalhar e dormir em turnos parecidos com submarinos em cenário de guerra, ou algo do género. Ao invés, irão encontrar instalações que nos habituámos a ver em Silicon Valley, com funcionários motivados. Para Jack Ma, os clientes estão em 1º lugar, os funcionários vêm em seguida e depois os accionistas, todos eles de grande importância, pois a falha em qualquer destes 3 vórtices implica o colapso.
A Alibaba também não é capitalizada pelo governo chinês, embora esteja obrigada a respeitar Leis e regulamentos, não muito diferentes de outros países no mundo, basta estar atento ao dossier Wikileaks, para perceber o envolvimento das agências governamentais na Google e outras empresa tecnológicas…
Aos detractores do capitalismo, crentes em economias planificadas, este exemplo mostra como é possível criar valor, melhorando a vida das pessoas, quando existe Liberdade. Empreendedores, pessoas visionárias, nascem em qualquer lugar, uns serão bem sucedidos, outros nem tanto. O que jamais terá sucesso será um burocrata financiado, obrigado a cumprir um qualquer obscuro caderno de encargos, apenas porque algures alguém decidiu que sim.
No fundamental, será isto que nos divide. E dividirá para sempre. Mesmo que algumas inovações estejam destinadas a fracassar, ou que o sucesso imediato de alguns não se confirme, serão sempre a busca do lucro e sucesso os motores do génio e criativiadade humanos…

Comments

  1. Algo limitador da natureza humana… somos no essencial mais do que máquinas que procuram a maximização do lucro ou da posse.

  2. Ferdinand says:

    “Aos detractores do capitalismo, crentes em economias planificadas…”

    Tretas, o que é uma mega corporação como o Alibaba senão uma panaceia planificadora?

    Alibaba,
    Amazon;
    Microsoft;
    Google;
    Monsanto;
    Wallmart;
    Foxconn;
    etc;

    Amazon tem uma capacidade imensa de ditar as regras;
    Alibaba – Amazon wannabe;
    Microsoft, é sequer necessário dizer como este portento capitalista tem a capacidade de ditar as regras?;
    Google – sabe mais de vocês que vocês próprios, o Estado tem inveja da Google!!;
    Monsanto – os libertários nos EUA, os fanboys do capitalismo sem regras, até se opuseram que os GMO aparecessem nos rótulos dos produtos porque o Estado não tem o direito de impor à corporação capitalista o quer que seja! HELL YEAH FREEDOM!! comam esses GMOs todos, pois é a corporação que sabe o que é bom para vocês!;
    Wallmart – o Pingo Doce dos baixos salários mas muito maior que o Pingo Doce.
    Foxconn – fabrica os produtos que se vendem no Alibaba, e as suas fábricas estão rodeadas de redes para que os trabalhadores não se suicidem pois tanta é a alegria por tamanhas condições de trabalho.

    Quanto mais concentram o capital mais é o seu poder para planificar, planificar a vida dos trabalhadores como a vida dos consumidores. E o objectivo, no sistema predatório em que vivemos, é destruir toda a concorrência e ser a quinta-essência da planificação global no bom estilo Orwelliano.

    Pessoas como o António esforçam-se imenso para nos fazer acreditar que só o Estado carrega a semente do mal capaz de destruir o mercado, mas o que dizem eles acerca da manipulação e destruição do mercado por parte destas mega corporações? Nada, e quando dizem são sempre as banalidades do costume sobre uma liberdade de escolha que acabam sempre por servir muito bem os interesses desses mesmas mega-corperações.

    A esquerda, se tiver juízo aprendeu com os erros do passado, o António de Almeida e os idolatras de Milton Friedman, Margaret Thatcher, Ayn Rayn e outros tristes intelectos que andaram a promover um narcisismo abjecto e ganancia sem limites, que desembocou nesta magnifica crise actual do sistema de “mercado livre” ainda sem fim vista têm agora uma excelente oportunidade para verificar o não tão cor de rosa resultado do sua adorada ideologia e aprender alguma coisa…

    No fim, o “ mercado” não é mais que uma dogma que serve os interesses com grande capacidade (cada vez maior) de planificação da economia, da sociedade e do indivíduo.

    Não sei qual será o mundo daqui a 20 anos mas medo, muito medo tenho se a população continuar a acomodar ao legado pérfido de Milton Friedman, Margaret Thatcher, Reagan e outros pseudo defensores da liberdade individual.

    • Nightwish says:

      Para os libertários, quando as empresas abusam das regras e deitam poluentes em rios, causam derrames de petróleo, criam buracos no ozono, mentem sobre a maneira como são feitos os medicamentos, etc. a culpa é de legislação que não devia existir.
      Alegadamente, encontrou uma empresa grande que até trata bem os funcionários (o que nem deve ser verdade, senão não chegava lá, mas não me apetece ir pesquisar) e acha que isso prova de alguma maneira que os capitalistas são todos bonzinhos que querem cuidar de nós.
      Felizmente, a maior parte das pessoas tem maior capaciade de raciocínio.

    • Creio que se deve dizer ‘libertaristas’ e não ‘libertários’, para não se confundir defensores do liberalismo capitalista e anarquista.

      • Nightwish says:

        Esses (nós) somos socialistas libertários, o que já é diferente.

  3. portela says:

    Aqui está uma a vantagem de ser chinês. Não foi atingido pela nossa ocidental Modernidade, não carrega a consciência do seu fracasso, não sofre este calvário da Pós – modernidade, ” o despertar maldito de um sonho colorido”.
    .
    “Zygmunt Bauman” em Modernidade Líquida.

  4. A bater no Mao da super austeridade e contenção de despesa, a aplaudir o estado de expansionismo consumista? O alibaba não era aquele dos quarenta ladrões?

  5. coelhopereira says:

    Essa sua precedência redactorial do nome de Estaline sobre o de Hitler tem que se lhe diga… Como tem que se lhe diga o seu esquecimento do simples facto de que ao maravilhoso Jack Ma bem lhe podia dar para o sonho capitalista que, se não fosse o conceito de “Um país, dois sistemas” implementado pelo PC Chinês, em vez do Alibaba teria uma mão cheia de nada e outra cheia de sonhos… capitalistas. Ou seja, a “planificação” continua lá, só que, agora, é uma “planificação” que dá para os dois lados.
    Quanto à sua referência às monstruosidades de Mao: não vá por aí, não vá por aí, porque as terríveis façanhas do líder da Grande Marcha são brincadeiras de mau gosto que empalidecem quando comparadas com a sangrenta herança multissecular da grandiosa e muito bem sucedida expansão colonial europeia integrada nesse capitalismo que o senhor tanto louva.

    • Nightwish says:

      A East Indian Trading Company nunca existiu nem nunca teve nada a ver com o capitalismo.

      • coelhopereira says:

        Pois não, meu caro Nightwish, como igualmente nunca existiu essa grande empresa capitalista, coisa de grande proveito monetário para o súbditos de Sua Majestade (mas não só…), que foi o desenfreado tráfico oceânico de ópio para o Império do Meio. Uma singela e muito educativa iniciação dos bárbaros chineses nas maravilhas e potencialidades da globalização capitalista que lhes custou a letargia cívica da sua grei com os seus 13 milhões de toxicodependentes opiómanos. Mas isso agora não interessa nada…

  6. O relatório não actualizado do país onde a “liberdade” permitiu o “sucesso”
    de Jack Ma:

    1846/1848 – México – Por causa da anexação, pelos EUA, da República do Texas;1890 – Argentina – Tropas desembarcam em Buenos Aires para defender interesses econômicos americanos;1891 – Chile – Fuzileiros Navais esmagam forças rebeldes nacionalistas;1891 – Haiti – Tropas debelam a revolta de operários negros na ilha de Navassa, reclamada pelos EUA;1893 – Hawai – Marinha enviada para suprimir o reinado independente e anexar o Hawaí aos EUA;1894 – Nicarágua – Tropas ocupam Bluefields, cidade do mar do Caribe, durante um mês;1894/1895 – China – Marinha, Exército e Fuzileiros desembarcam no país durante a guerra sino-japonesa;1894/1896 – Coréia – Tropas permanecem em Seul durante a guerra;1895 – Panamá – Tropas desembarcam no porto de Corinto, província Colombiana;1898/1900 – China – Tropas ocupam a China durante a Rebelião Boxer;1898/1910 – Filipinas – Luta pela independência do país, dominado pelos EUA (Massacres realizados por tropas americanas em Balangica, Samar, 27/09/1901, e Bud Bagsak, Sulu, 11/15/1913; 600.000 filipinos mortos;1898/1902 – Cuba – Tropas sitiaram Cuba durante a guerra hispano-americana;1898 – Porto Rico – Tropas sitiaram Porto Rico na guerra hispano-americana, hoje ‘Estado Livre Associado’ dos Estados Unidos;1898 – Ilha de Guam – Marinha desembarca na ilha e a mantêm como base naval até hoje;1898 – Espanha – Guerra Hispano-Americana – Desencadeada pela misteriosa explosão do encouraçado Maine, em 15 de fevereiro, na Baía de Havana. Esta guerra marca o surgimento dos EUA como potência capitalista e militar mundial;1898 – Nicarágua – Fuzileiros Navais invadem o porto de San Juan del Sur;1899 – Ilha de Samoa – Tropas desembarcam e invadem a Ilha em conseqüência de conflito pela sucessão do trono de Samoa;1899 – Nicarágua – Tropas desembarcam no porto de Bluefields e invadem a Nicarágua (2ª vez);1901/1914 – Panamá – Marinha apóia a revolução quando o Panamá reclamou independência da Colômbia; tropas americanas ocupam o canal em 1901, quando teve início sua construção;1903 – Honduras – Fuzileiros Navais desembarcam em Honduras e intervêm na revolução do povo hondurenho;1903/1904 – República Dominicana – Tropas atacaram e invadiram o território dominicano para proteger interesses do capital americano durante a revolução;1904/1905 – Coréia – Fuzileiros Navais dos Estados Unidos desembarcaram no território coreano durante a guerra russo-japonesa;1906/1909 – Cuba -Tropas dos Estados Unidos invadem Cuba e lutam contra o povo cubano durante período de eleições;1907 – Nicarágua – Tropas invadem e impõem a criação de um protetorado, sobre o território livre da Nicarágua;1907 – Honduras – Fuzileiros Navais desembarcam e ocupam Honduras durante a guerra de Honduras com a Nicarágua;1908 – Panamá – Fuzileiros invadem o Panamá durante período de eleições;1910 – Nicarágua – Fuzileiros navais desembarcam e invadem pela 3ª vez Bluefields e Corinto, na Nicarágua;1911 – Honduras – Tropas enviadas para proteger interesses americanos durante a guerra civil invadem Honduras;1911/1941 – China – Forças do exército e marinha dos Estados Unidos invadem mais uma vez a China durante período de lutas internas repetidas;1912 – Cuba – Tropas invadem Cuba com a desculpa de proteger interesses americanos em Havana;1912 – Panamá – Fuzileiros navais invadem novamente o Panamá e ocupam o país durante eleições presidenciais;1912 – Honduras – Tropas norte americanas mais uma vez invadem Honduras para proteger interesses do capital americano;1912/1933 – Nicarágua – Tropas dos Estados Unidos com a desculpa de combaterem guerrilheiros invadem e ocupam o país durante 20 anos;1913 – México – Fuzileiros da Marinha invadem o México com a desculpa de evacuar cidadãos americanos durante a revolução;1913 – México – Durante a revolução mexicana, os Estados Unidos bloqueiam as fronteiras mexicanas;1914/1918 – Primeira Guerra Mundial – EUA entram no conflito em 6 de abril de 1917 declarando guerra à Alemanha. As perdas americanas chegaram a 114 mil homens;1914 – República Dominicana – Fuzileiros navais da Marinha dos Estados invadem o solo dominicano e interferem na revolução em Santo Domingo;1914/1918 – México – Marinha e exército invadem o território mexicano e interferem na luta contra nacionalistas;1915/1934 – Haiti – Tropas americanas desembarcam no Haiti, em 28 de julho, e transformam o país numa colônia americana, permanecendo lá durante 19 anos;1916/1924 – República Dominicana – Os EUA invadem e estabelecem governo militar na República Dominicana, em 29 de novembro, ocupando o país durante oito anos;1917/1933 – Cuba – Tropas desembarcam em Cuba e transformam o país num protetorado econômico americano, permanecendo essa ocupação por 16 anos;1918/1922 – Rússia – Marinha e tropas enviadas para combater a revolução bolchevista. O Exército realizou cinco desembarques, sendo derrotado pelos russos em todos eles;1919 – Honduras – Fuzileiros desembarcam e invadem mais uma vez o país durante eleições, colocando no poder um governo a seu serviço;1918 – Iugoslávia – Tropas dos Estados Unidos invadem a Iugoslávia e intervêm ao lado da Itália contra os sérvios na Dalmácia;1920 – Guatemala – Tropas invadem e ocupam o país durante greve operária do povo da Guatemala;1922 – Turquia – Tropas invadem e combatem nacionalistas turcos em Smirna;1922/1927 – China – Marinha e Exército mais uma vez invadem a China durante revolta nacionalista;1924/1925 – Honduras – Tropas dos Estados Unidos desembarcam e invadem Honduras duas vezes durante eleição nacional;1925 – Panamá – Tropas invadem o Panamá para debelar greve geral dos trabalhadores panamenhos;1927/1934 – China – Mil fuzileiros americanos desembarcam na China durante a guerra civil local e permanecem durante sete anos ocupando o território;1932 – El Salvador – Navios de Guerra dos Estados Unidos são deslocados durante a revolução das Forças do Movimento de Libertação Nacional – FMLN – comandadas por Marti;1939/1945 – II Guerra Mundial – Os EUA declaram guerra ao Japão em 8 de dezembro de 1941 e depois a Alemanha e Itália, invadindo o Norte da África, a Ásia e a Europa, culminando com o lançamento das bombas atômicas sobre as cidades desmilitarizadas de Iroshima e Nagasaki;1946 – Irã – Marinha americana ameaça usar artefatos nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira norte do Irã;1946 – Iugoslávia – Presença da marinha ameaçando invadir a zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos abatido pelos soviéticos;1947/1949 – Grécia – Operação de invasão de Comandos dos EUA garantem vitória da extrema direita nas “eleições” do povo grego;1947 – Venezuela – Em um acordo feito com militares locais, os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;1948/1949 – China – Fuzileiros invadem pela ultima vez o território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;1950 – Porto Rico – Comandos militares dos Estados Unidos ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;1951/1953 – Coréia – Início do conflito entre a República Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3 milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na Coréia do Sul;1954 – Guatemala – Comandos americanos, sob controle da CIA, derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e impulsionado a reforma agrária;1956 – Egito – O presidente Nasser nacionaliza o canal de Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;1958 – Líbano – Forças da Marinha invadem apóiam o exército de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;1958 – Panamá – Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem manifestantes nacionalistas panamenhos;1961/1975 – Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de guerrilhas;1962 – Laos – Militares americanos invadem e ocupam o Laos durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;1964 – Panamá – Militares americanos invadiram mais uma vez o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu país;1965/1966 – República Dominicana – Trinta mil fuzileiros e pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;1966/1967 – Guatemala – Boinas Verdes e marines invadem o país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos do capital americano;1969/1975 – Camboja – Militares americanos enviados depois que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;1971/1975 – Laos – EUA dirigem a invasão sul-vietnamita bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;1975 – Camboja – 28 marines americanos são mortos na tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;1980 – Irã – Na inauguração do estado islâmico formado pelo Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate, frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;1982/1984 – Líbano – Estados Unidos invadiram o Líbano e se envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel – e acabaram envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute. Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241 fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um quartel das forças americanas;1983/1984 – Ilha de Granada – Após um bloqueio econômico de quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;1983/1989 – Honduras – Tropas enviadas para construir bases em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;1986 – Bolívia – Exército invade o território boliviano na justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;1989 – Ilhas Virgens – Tropas americanas desembarcam e invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo pró-americano;1989 – Panamá – Batizada de Operação Causa Justa, a intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.1990 – Libéria – Tropas invadem a Libéria justificando a evacuação de estrangeiros durante guerra civil;1990/1991 – Iraque – Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em 2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan, decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque (reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países árabes) que ganhou o título de “Operação Tempestade no Deserto”. As hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil soldados americanos para a Guerra do Golfo;1990/1991 – Arábia Saudita – Tropas americanas destacadas para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;1992/1994 – Somália – Tropas americanas, num total de 25 mil soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da capital do país;1993 – Iraque – No início do governo Clinton é lançado um ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;1994/1999 – Haiti – Enviadas pelo presidente Bill Clinton, tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de refugiados haitianos nos Estados Unidos;1996/1997 – Zaire (ex-República do Congo) – Fuzileiros Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados Hutus;1997 – Libéria – Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob fogo dos rebeldes;1997 – Albânia – Tropas invadem a Albânia para evacuar estrangeiros;2000 – Colômbia – Marines e “assessores especiais” dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com um fungo transgênico fusarium axyporum (o “gás verde”);2001 – Afeganistão – Os EUA bombardeiam várias cidades afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;2003 – Iraque – Sob a alegação de Saddam Hussein esconder armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao Iraque. É batizada pelos EUA de “Operação Liberdade do Iraque” e por Saddam de “A Última Batalha”, a guerra começa com o apoio apenas da Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de governos no mundo inteiro.

    P.S. Nos acontecimentos descritos não houve mortos, nem feridos, nem destruição de propriedade.

    • coelhopereira says:

      Ou seja: aquilo que seria, às costas de Mao, um insuportável fardo de sangrentos crimes, é, no registo bissecular das diversas administrações dos EUA, uma iluminada e iluminante folha de contabilidade de filantrópicas benfeitorias prestadas à Humanidade.

  7. Este artigo parece uma ironia, com o capitalismo como alvo e uma paródia subtil à ideologia anti-comunista.

  8. E ele a dar-lhe…..
    O senhor julga que a apropriação do capital é apanágio de quem considera os demais como números?!
    Não tente colorir a pílula da malvadez e da malformação… mas continue a ser horrorosamente transparente!

  9. João Soares says:

    O Jack Ma é o Miguel Gonçalves chinês .Apenas se distinguem
    porque Jack escreve na vertical.!

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