Confesso que a princípio me pareceu teoria da conspiração, mas a insistência de Maria de Lurdes Rodrigues, perdão, de Nuno Crato na actual novela da colocação de professores começa a convencer-me: tudo isto é propositado.
Propositado o caos para surgir com a solução milagrosa e salvadora: contratação directa dos professores pelos directores com que Nuno Crato, perdão, Maria de Lurdes Rodrigues, iniciou o fim da escola pública.
Há dois interesses por parte da ideologia dominante em fazê-lo. Um é político, directo (quando a escola onde sou efectivo foi obrigada a agrupar-se com todas as do pequeno concelho fizemos as contas, emprega um tal número de licenciados que multiplicado pelos seus familiares directos garantia a reeleição eterna de qualquer autarca que a controlasse, e já faltou mais para isso acontecer). Outro é económico, essa é a condição que falta para a entrega das escolas públicas à gestão privada.
O caminho foi sendo construído nos anteriores governos: o primeiro concurso nacional fraude (por conta do cargo de professor titular), o fim dos concursos anuais, o início das vigarices conhecidas por contratações de escola, as escolas TEIP e seu estatuto, a par de todas as mudanças que foram fazendo da escola pública de há 12 anos o caos que hoje é.
O caos, esse grande construtor de novas ordens. Estou a delirar? leiam o José Manuel Fernandes.
Parece uma estratégia bem real – a de confundir e de causar “inconseguimentos” para se conseguir a contratação directa pelos directores.
Uma pitada de “primárias” na colocação de professores…..
Chapeau! Finalmente alguém que concorda comigo. E os indicios andam por ai.. BCE culpa da Fenprof entre outros bitaites medonhos de estupida gente
Claro que, no dia em que começarem as contratações todas a nível de escola, os tribunais vão ficar de tal maneira soterrados de processos, de tal modo que o estado de Citius será uma brisa do mar comparado ao furação que nessa altura se instalará. Nobody wants that, not even a neo-liberal asshole.
ó srº fernandes o seu dono diz que está tudo bém . olhe que ele possivelmente não gostou.