A histriónica Isabel Moreira e a subvenção vitalícia dos políticos (tome Rennie que isso passa!)

A proposta de acabar com a suspensão das subvenções vitalícias, de que usufruíam injustificadamente 400 iluminados, não foi adiante.
Mas nem tudo se perdeu. Foi uma boa ocasião para ver que, no fim de contas, Passos Coelho nunca nos desilude. E também foi bom para ver que António Costa ainda não foi formalmente eleito em Congresso e já mostrou ao que vem.
Pelo meio, algumas surpresas positivas, como a revolta que alastrou entre alguns deputados do PSD e do PS; e também algumas surpresas negativas – sim, confesso que sou intoleravelmente inocente quando ainda espero o que quer que seja seja de quem for na política portuguesa.
A histriónica Isabel Moreira, por exemplo, mostrou bem a matéria de que é feita. Se alguém tinha dúvidas perante a forma inflamada como muito justamente defendeu a coadopção, perdeu-as de vez depois desta polémica. Afinal, é mais uma do bando – nem mais, nem menos.
Mesmo que a proposta não tenha passado, a sua opinião sobre o assunto é esta:

«No plenário, o PS não falou sobre o tema, mas é a favor da alteração. A deputada Isabel Moreira considera que esta alteração é uma questão de “justiça constitucional” e que esta “ablação” das subvenções se tratou de uma “medida política” que só foi adotada para ir de encontro ao sentimento popular “contra os políticos”. “Era uma medida que vai de encontro à destruição dos direitos consolidados. Eu pessoalmente tenho o maior apreço por todos os titulares de cargos políticos que ajudaram a construir a nossa democracia e acho que não devemos ceder a populismos”, afirmou a deputada ao Observador.

Por mais que diga e por mais que agora venha atirar-se ao Bloco de Esquerda (azia, tanta azia, tome Rennie que isso passa), a sua opinião era esta e disso não me esquecerei. Bem, poderá sempre alegar que estava um pouco drogada

Comments

  1. Rui Moringa says:

    Pois,
    À Quinta, umacoisa, à Sexta outro em sentido contrário à da Quinta.
    Será da tinta que tem no braço!!!!

  2. joao lopes says:

    um pequeno pormenor:a cachopa isabel deu a entrevista ao “observador”.eles afinal,depois da encenação na assembleia,sao “quase” todos amigos quando acaba o turno de deputado

    • José Peralta says:

      Na sua opinião, os deputados do PCP, enclausuram-se monolíticamente e, “depois da encenação”…não têm amizades na Assembleia entre os colegas dos outros Partidos ?

      Estarão dentro do seu “quase” e constituem excepção, “quando acaba o turno” ?

      Isso é capaz de ser miopia ! Não digo “que se vá catar”, mas a consulta a um oftalmologista, talvez seja necessária…

      (…e urgente !)

      • joao lopes says:

        peralta,eu chamo a atenção para a questão subjacente a todos estes “temas”:os políticos são todos iguais. É o que toda a gente diz na rua e nos blogs.pois,não são.da mesma maneira que os portugueses ,não são todos corruptos.ou os chineses(vistos gold).no entanto quando toda a gente gritava que os políticos eram todos iguais e também havia muito desemprego(Alemanha anos 30) Hitler apoderou-se do poder,passe a redundância.

  3. José Peralta says:

    Ricardo Ferreira Pinto

    Confesso que Isabel Moreira também me surpreendeu e me desiludiu com esta sua atitude.

    Mas ” a matéria de que é feita”, como diz, está mais na “forma inflamada como muito justamente defendeu a co-adopçao” (é o Ricardo que o reconhece e eu concordo !), e não me faz esquecer as lutas que ela, corajosamente, tem mantido na A.R.

    Não compreendo como, depois de um rasgado elogio, o Ricardo diz ter dúvidas, e insinua, completamente a despropósito, aquela “boca” sobre “droga” !

    Porquê ? Porque ela “se atirou ao BE” ?

    A esse propósito, faço-lhe a si, a mesma pergunta que no outro post, fiz a outro comentador :

    Estamos a falar de Política…ou de “clubite” partidária ?

  4. Ricardo Ferreira Pinto says:

    Foi ela que disse que «estava drogada». Nada a ver com drogas, até defendo a sua legalização.
    Quanto à coadopção e outras posições que muito justamente defendeu, para mim foram completamente apagadas por esta posição que agora tomou.

  5. Miguel says:

    Que lata que esses gajos têm. Eu até acho que é justo devolver algo que foi prometido, mas SÓ depois de devolver aos funcionários públicos tudo o que também lhes foi prometido!

  6. José says:

    Nada de novo a assinalar, mais uma vez se constata que estes políticos (os novos e os antigos) estão na politica para se governarem (esquerda ou direita), com o POVO a pagar as mordomias desta gente.

  7. Luis says:

    Parece que ninguém notou que esta deputada disse que o Bloco de Esquerda “ladrou” ao referir-se à denúncia deste partido sobre a subvenção. (Sic notícias às 10h10).
    Um verdadeiro espelho do Parlamento que temos e do regime em que vivemos!

  8. Alberto Quadros says:

    No dia em que o actual sistema monetário for substituído por outro, o mal que vem assolando os que menos têm, o mal do este dinheiro, desde que este existe, desaparecerá. E se a isto dedicássemos um pouco das nossas discussões? Bem, agora já começam a falar em méritos. E a solução deve estar aí.
    Claro que os bancos terão de deixar de existir – num sistema sem dinheiro, não existirão. No mérito está a solução .No meu livro “Sonho de sorte” proponho uma, exequível.
    Pensemos!

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