Memórias de um tempo não muito distante…

Recordo o tempo em  que o petróleo subia, se anunciavam cenários no horizonte em que o preço superaria os 200 dólares por barril, quiçá até nas versões mais apocalípticas poderia alcançar os 250 dólares. Existe uma diferença entre realidade e ficção. Mas os delirantes guionistas que então escreviam o futuro de Portugal, José Sócrates, Manuel Pinho & ca. plantaram uma série de turbinas eólicas nas paisagens do país, apostaram na energia do mar, solar e tudo o mais que se lembraram, porque indiferentes aos custos, para eles a contabilidade é sempre uma arte criativa. Era investimento público que iria modernizar Portugal e promover o crescimento económico. O tempo passou, o crescimento não veio, ficaram os encargos. A economia tem ciclos, não depende da vontade dos políticos como gostariam os socialistas. Convém ter presente este facto quando o petróleo voltar a subir, o que acontecerá a seu tempo… Como a política também tem ciclos, está para breve o regresso destes ficcionistas, o que é representa o lado mau da questão, o lado bom é que os actuais estão prestes a receber guia de marcha. Não se pode ter tudo…

Comments

  1. Artur says:

    Quando o petróleo voltar a subir, já cá temos as turbinas eólicas e os painéis solares a gerar energia; isso é mau? Não se deveria ter feito este investimento, só porque agora e temporariamente o petróleo está barato?

    • Quero ver algum dia a energia verde ser rentável para o país. Que é uma indústria rentável para os fabricantes europeus, isso não duvido…

      • Artur says:

        Porque é que não há-de ser rentável? Após o período de amortização do investimento efetuado, energia que é recolhida a baixo custo do sol ou do vento, não sairá mais barata e limpa do que o petroleo ou o carvão? Eu também não gosto do Socrates e companhia, mas neste caso se optaram mal, então seguiram a mesma logica que milhares de portugueses que substituiram caldeiras para aquecimento a gasoleo por caldeiras a pellets ou painéis solares. Outros paises fizeram o mesmo, e não me parece errado, pelo menos deixamos de andar a encher os bolsos aos russos e aos àrabes.

      • Nightwish says:

        É indiferente, Kyoto é para ser cumprido porque os custos do aquecimento global serão muito maiores.

    • Rui Silva says:

      Para o consumidor é mau, para o produtor é bom, pois recebe o subsidio conferido pelos socialistas…

      RS

      • Artur says:

        Se o consumidor comprar acções do produtor passa também a receber beneficios como produtor. Ponham o vosso dinheiro a trabalhar para vós.

        • Nascimento says:

          Qual dinheiro Artur?Mas, este Artur deve estar noutro País…
          Acções?Qual é o peso que pagas na fatura da EDP,no que toca ás VENTOINHAS?Ui, e o que as CM mamam! E os “empregos que “promovem”…em Almodôvar/ Alemtejo,dá emprego a: UMA PESSOA!! O camarada Zorrinho explica…ganda negócio! Porreiro pá…

      • Começo a encontrar com alguma frequência em vários blogs: Rui Silva, em cima e RS no fim do comentário, outras vezes anónimo em cima e no fim do comentário Rui Silva, porque ambos os comentadores me parecem o mesmo, pedia-lhe que me esclarecesse.
        Cumprimentos (é também a forma como acaba)

      • O meu comentário ficou fora do sitio. Está um pouco mais abaixo.

      • Nascimento says:

        ó Rui, e estes que estão há 4 anos ALTERARAM AS RENDAS DA EDP? Não foi? Ui…

  2. Ferdinand says:

    Ficção:

    Petróleo é produzido por fadas e duendes, e é infinito!

    Uma coisa parece finalmente está ser cada vez mais compreendida (tirando alguns delirantes guionistas), é que o petróleo tal como as restantes matérias físicas existem em quantidades finitas no planeta Terra finito.

    Alternativa ao petróleo vai ter que acontecer seja lá com painéis solar, ventoinhas, nuclear ou alguma tecnologia revolucionaria. O petróleo podia baixar até zero será sempre finito e não será capaz de sustentar a prazo as necessidades energéticas da sociedade…

    O grande mal tem sido a mentalidade “mercado livre”, o pensamento de curto prazo/ lucro máximo, por causa destas aldrabices investimentos em alternativas ao petróleo não têm sido levados seriamente e isto porque tem que se servir os poderosos interesses entrincheirados.

    • Se quiser ir por teorias mais ou menos conspirativas, aconselho a que pesquise a possibilidade da OPEP estar por trás da actual baixa, para matar à nascença a possibilidade do petróleo de xisto.
      Quanto ao petróleo ser finito, bem, o planeta Terra também o é, provavelmente a própria humanidade. Resta saber o que vai primeiro. E sim, num ponto concordo consigo, pode aparecer algures no futuro uma tecnologia revolucionária…
      Nestas matérias, tenho mesmo poucas certezas. Talvez apenas uma, que Portugal se deve resguardar e não seguir na vanguarda para não servir de cobaia ou idiota útil a países mais desenvolvidos que ganham sempre no final. Enquanto Portugal fica com a factura.

      • Nightwish says:

        “Resta saber o que vai primeiro”
        O aquecimento global.

      • Nascimento says:

        No que diz respeito ao Pitról, qual é o papel dos States e da UE, no que toca ao Urso e paises latinos ???Qual xisto…
        “Faites vos jeux, rien ne va plus “

  3. joao lopes says:

    o socrates(esse malvado) investiu em energia eolica,por exemplo na zona da serra de aire.isso é bom e portanto foi uma medida acertada.mas a “narrativa” do CM/SOL dá o socrates como o unico “mau” da politica nacional.e assim vai continuar com o arquivamento do processo do “jacinto”,digo,dos submarinos.p.s-não sou votante do PS

    • Artur says:

      As medidas acertadas do Socrates ou de qualquer outro servidor do Estado não devem servir para perdoar ou sanear as medidas ilegais ou grosseriramente erradas que porventura tenham tomado. O povo costuma perdoar os pecadilhos desta gente só porque também “fizeram coisas boas”. O povo, em geral, de ética percebe pouco.

      • Artur says:

        Nem as maldades de uns podem servir de desculpa\atenuantes para as maldades dos outros.

      • joão lopes says:

        “o povo…de etica percebe pouco” pois quem percebe de etica é a triade salgado/coelho/portas.sendo que o salgado representa a “iniciativa privada” e os outros abrem portas á “iniciativa privada”.

        • Artur says:

          Se tem provas que incriminem o Socrates/salgado/coelho/portas/etc apresente-as; se não as têm cale-se, porque pode muito bem a estar a fazer insinuações erradas baseadas em boatos. In dubio pro reo, para todos, certo?.

          • joao lopes says:

            se o CM/SOL tem provas contra o socrates,que as apresente,se não o quê,artur? (espero não ver um qualquer artur nas manchetes do CM)

  4. Nightwish says:

    “Era investimento público que iria modernizar Portugal e promover o crescimento económico.”
    Era, porque a política económica só funciona em contra-ciclo. Agora, lá por se ter feito muito pouco, sem produzir no país, etc, não quer dizer que não funcione.

  5. Como o meu comentário saiu fora do sitio, resolvi expor o assunto novamente e de forma diferente:
    O comentador Rui Silva das 16,02 é o mesmo que tece o comentário abaixo:
    Anónimo19 de dezembro de 2014

    Pensei que nunca tinha havido jamais em tempo algum um aumento brutal no investimento na ciência.
    Mas afinal deve ter havido, caso contrario nunca seria possível um corte brutal. (Em resposta ao post de Carlos Fiolhais)

    cumps

    Rui Silva

    Obrigado (é meu)

  6. Hélder P. says:

    Com tanta crítica legitima que se pode fazer à governação de Sócrates, o autor resolve pegar logo numa das poucas acertadas.
    Cada vez mais me convenço que a malta de direita que professa fé nos mercados, também acredita no milagre da multiplicação do crude. Ou que o aquecimento global é uma história para assustar criancinhas. Tudo aquilo que o dinheiro não pode comprar, é uma ficção, não existe.
    Os recursos naturais do planeta são finitos, por muito que as economias liberais pensem que não. Poluir agora e amanhã logo se vê. Com os lucros, até se compra um planeta novinho em folha aos marcianos, qual é o drama, não lixem é o desenvolvimento da economia, a.k.a interesses instalados do polvo.

  7. Não se tratam de “ciclos”. Trata-se de guerra económica…

    O preço do petróleo está a ser manipulado pelo segundo maior produtor de petróleo – a Arábia Saudita – desde sempre controlada pelos britânicos, desde que o “El Aurens” tratou de pôr a Casa de Saud a chefiar este Estado e fez deste território uma colónia petrolífera ocidental.

    O objectivo é, uma vez mais, arrasar com a economia de um outro muito importante país produtor de petróleo – o maior de todos, que é a Rússia – cuja economia depende muito do preço de venda deste recurso.

    (Oiçam e leiam o investigador Daniel Estulin e o Movimento LaRouche.)

    Quanto ao “crescimento económico”, este só voltará, se alguma vez as pessoas adoptarem uma nova forma de energia nuclear – chamada “energia de fusão”.

    Pois, o petróleo está a acabar. E, a energia produzido pelas alternativas renováveis não chega sequer aos joelhos da que é produzida pelos hidrocarbonetos.

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