Adivinhe de quem é.
(…)
Ora veja lá o nome do autor do texto citado e depois veja o nome do autor deste mesmo post.
– Ricardo Santos Pinto
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Ontem, ao procurar um texto de Malcolm Coulthard, co-autor do excelente An Introduction to Forensic Linguistics: Language in Evidence, fui surpreendido por um estudo de Rita Marquilhas e de Adriana Cardoso. O artigo de Marquilhas e Cardoso simula uma peritagem relativa a enunciados escritos no âmbito da investigação de um crime e debruça-se sobre um texto escrito por Ricardo Santos Pinto, publicado em 12 de Janeiro de 2009, no 5dias.net, mas frequentemente atribuído à jornalista Clara Ferreira Alves.
As Autoras indicam que, em 2011 ,”Clara Ferreira Alves continuava a desconhecer que se tratava de um texto de autoria já clarificada”. Como se percebe pelo episódio relatado na epígrafe, mesmo depois de indicar o texto, Ricardo Santos Pinto vê-se obrigado a voltar à carga, perante a insistência de um comentador.
Poderia terminar este pequeno comentário com um ingénuo “esperemos que este estudo de Rita Marquilhas e Adriana Cardoso venha, duma vez por todas, esclarecer o assunto”. Contudo, como demonstrado pelo caso ‘Voltaire vs. S.G. Tallentyre/Evelyn Beatrice Hall’, muito provavelmente, nem os esclarecimentos de Ricardo Santos Pinto, nem o estudo de Marquilhas e Cardoso, nem sequer este texto (para quem tiver dúvidas sobre a autoria, o meu nome está lá em cima, debaixo do título) servirão para que muitos passem a preferir a realidade à ficção. Infelizmente, como bem sabemos, desde o Maxwell Scott: “This is the West, sir. When the legend becomes fact, print the legend”.
Ou de como o estilo demagogo e a conversa taxista andam de mão dada com o sucesso e propagação mediáticos.
Isto é um trabalho científico? forense?
Na página 420 o Ricardo é “um professor de história”, profissão que nem existe, ele é sim um professor de História. Na 432 já é jornalista. Grande rigor.
Está muito bem cientifica e forensemente para um texto que recorre como fonte – em igualdade de circunstâncias com tudo e mais alguma coisa – ao poder cleptocrata angolano.
Angola? Onde é que fala em Angola no texto original? Se calhar essa parte já é da »Clara Ferreira Alves«, não?
É melhor reler as respostas que foi na altura dando nos comentários. Taxista então, taxista agora (mais acima).