Não entendi nada. Não entendo nada

Vanda Pereira

Há dias, o PS votou contra o quociente familiar no IRS.
Isto é, o PS votou contra SUBSTITUIR o atual quociente conjugal, por um quociente familiar em que o rendimento do agregado familiar, para determinação das taxas do IRS passe também a ser DIVIDIDO pelo número de filhos – valendo cada dependente 0,3 na equação.
O PS não pensou nas famílias. Apenas e só. Não pensou. Ao votar contra, o PS mostrou que tanto lhe faz. Tanto lhe faz, que uma família não tenha filhos, que uma família tenha 1 filho, 2 filhos, 3 filhos, é tudo igual.
Dias depois, o mesmo PS voltou. E voltou preocupado com as famílias

Comments

  1. Nightwish says:

    Não entende porque não quer entender. A alteração favorecesse muito mais o 1% do que o resto da população, uma vez que é uma percentagem,

    • Daniel says:

      Claro. Perante a hipótese de alivio fiscal que acaba por fazer mais diferença no bolso dos 99% que dos 1% a melhor decisão era votar contra. Já estou a imaginar a cara de entusiasmo dos 99% quando lhes explicarem que têm que pagar mais IRS só para impedir que os 1% paguem menos do que pagam agora…

      • Nightwish says:

        Tendo em conta que o PS defende o alívio do IRS, ou, pelo menos, o fim da destruição dos serviços públicos, não é verdade que quem necessite fique com menos, o que nunca será mais que umas migalhas por mês.

  2. parei de ler aqui: “O PS não pensou nas famílias. Apenas e só. Não pensou. Ao votar contra, o PS mostrou que tanto lhe faz. Tanto lhe faz, que uma família não tenha filhos, que uma família tenha 1 filho, 2 filhos, 3 filhos, é tudo igual.”

    pois é tudo igual. são tudo… wait for it… familias!

  3. Konigvs says:

    Pois é, eu também não entendo. Se os contribuintes são todos iguais – diz uma cena qualquer de 1976 – quem quiser filhos que os faça, mas que os PAGUE do seu bolso! Sou solteiro, não pretendo contribuir para a natalidade, e porque carga de água tenho de pagar os filhos dos outros? Quem quiser filhos, sim senhor, procrie à vontade, tenha quantos quiser, mas pague-os, que eu também pago as minhas despesas e sou SOZINHO a ganhar para elas.

    • Não se esqueça, oh Koningus, que “os filhos dos outros” é que lhe pagarão a reforma, a Saúde, etc…

      • Konigvs says:

        Mas qual reforma?! Iremos todos – os tais 99% que têm de trabalhar para comer – trabalhar e descontar até morrer para pagar despesas correntes. Aliás, é fazer as contas. A Esperança média de vida para um homem em Portugal era de 74 anos. Quando entra o FMI baixa num país, esta baixa 5 anos. Ora bem 74-5= 69 anos. Hoje para se ter a reforma na totalidade e sem roubos é mesmo aos quantos anos? Pois é. Já hoje se trabalha e desconta até morrer. Quanto à saúde, parece-me que as pessoas que têm morrido nas urgências dos hospitais públicos depois de 15h de espera, ou por falta de atendimento do INEM, não têm ficado muito satisfeitas com o serviço para o qual descontaram para terem uma Saúde Pública digna. Mas então, por esse raciocínio que nos impingem dos impostos, como a maioria das mortes nos hospitais são idosos, devemos é ficar todos contentes, afinal são menos bocas para o Estado alimentar. Lá está, no fundo, os velhos serão as tais “gorduras do Estado” que os fascistas nos andam a impingir há tantos anos. Só falta agora criarem um “quociente familiar” beneficiando em IRS aqueles agregados familiares que matem os seus velhos, pois então assim estão a ajudar o país a rejuvenescer e a poupar impostos.

        • “Prontos”, o que o prezado leitor está a sugerir é que a natalidade não tem que ser incentivada pelo Estado que, a seguir, vem cá abaixo cobrar os impostos para manter o barco à tona…
          É o chamado “Inverno demográfico” a chegar, e à força toda!

          • Nightwish says:

            Sim, são esses 20 € por mês que vão compensar o despedimento por engravidamento…

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