O governo anunciou, de surpresa, que vai começar a drenar doentes das urgências públicas para os hospitais privados. Estou espantado, já que o que costuma acontecer é exactamente o contrário: sempre que um doente precisa de intervenção urgente e diferenciada, se está num hospital privado é, geralmente, despachado para os serviços públicos. Até o conspícuo Osório dos privados ficou espantado com o brinde, declarando que ninguém do governo lhe tinha dito nada. Pois é, perante a pressão mediática o governo, como é costume, atira lérias para o ar. E tanta vontade tem de servir os amos que nem repara que estes não têm meios de aproveitar a prenda.
Com este governo de direita, subserviente à emergência capitalista alemã, vai acabar por amputar o estado português, cedendo os anéis e os dedos aos grupos económicos e financeiros. Não foi para isto que saí à rua em abril, ao colo de um militar, gritando por liberdade e entoando cânticos antifascistas. O cheiro a cravos que vem da Grécia, de Espanha e de Portugal está a incomodar alguns rabos faustosos, poisados em primorosas poltronas. O melhor, pá, é o BCE comprar a dívida desta malta revolucionária, antes de irem a votos. «Foi bonita a tua festa, pá!»
Cheiro a cravos que vem de Portugal??? Eu noto é cheiro a ranso, ou seja, o que vem aí é exatamente mais do mesmo. Não seja António Costa do grupo dos dinossauros do PS.