Quem lhe desse com um sétimo selo de salomão no codex…

José Silva

Eu sei que é requentado e que deve ser aplicado o desconto de estar ultra editado, mas para quem, como eu, ainda não tinha tido o privilégio de ouver com os seus próprios ouvolhos, aqui fica um momento circense de primeira água! Será que o orelhas anda a investir na criação de um novo estilo jornalístico – o mirábolo-jornalismo histérico-engajado – inspirado na sua ficção de pacotilha?! Que dados lhe permitem afirmar que a maioria dos gregos faz declarações fraudulentas de impostos? Ou que “muitos” dos cidadãos – que é como quem diz, o grego comum – que passa à frente da casa do ministro da defesa são paralíticos? E que “muitos” taxistas – que é como quem diz, o comum dos profissionais do ramo – subornaram médicos para terem subsídios de cegueira? E a tibieza jornalística da incrível história dos pinguins homicidas (os gregos) e das focas leopardo predadoras (o resto da europa)? E a rigorosíssima asserção jornalística de que aquilo que os gregos querem é viver como antes da austeridade e que a Europa lhes pague os vícios? E onde está o estado de necessidade para a segurança das pessoas e o interesse público que pudesse fundamentar deontologicamente o recurso à câmara oculta no hospital onde não foi autorizado a filmar? A Comissão da Carteira e a ERC andam a dormir? A embaixada grega nada diz?

Comments

  1. Marquês Barão says:

    Ter a ousadia de nadar contra a corrente será sempre bom jornalismo. Prefiro estes, que aqui ou ali até podem não ter razão, aos que evitando as braçadas se agarram nem que seja a um tronco perdido para ir deslizando a favor da corrente..

  2. João Paz says:

    Caro Marquês Barão se com “estes” se refere ao José Rodrigues dos Santos está como ele já afirmou (escrevo no meu meio que é o mainstream” na mesma corrente principal de oportunismo ,mentira e manipulação em favor do governo de traição que corre nas veias a esse “senhor” se se refere a outros ou outras não percebo o seu comentário.

    • Marquês Barão says:

      Vou tentar. Quando digo estes refiro-me a uma espécie que não abunda, incluindo a propósito José Rodrigues dos Santos que na circunstância teve a ousadia de chatear muita gente. Os outros são um exército de alinhados sempre a cavalgar a onda que está a dar com desvalor calculado do sentido da maré, como por exemplo colunitas de jornais em obediência a capelinhas instaladas ou em densa sementeira. Olhe, por exemplo o Eixo do Mal parece uma missa guiada com coro bem afinado a soprar sempre para o mesmo lado

      • João Paz says:

        Ah, finalmente percebi (sou um pouco lento sabe?) Diz que escroques da tv como o José Rodrigues dos Santos (que ao contrário do que diz abundam sendo que esta espécie em particular, JDS, até se gaba em entrevista de pertencer ao “mainstream” porque, coitado, não sabe que em português se diz corrente principal) estão autorizados por si e pelos indefectíveis da destruição do país (daqueles que dizem que isso da destruição da ferrovia é a UE que decide) a propagandear o governo seja por que forma for. Podem manipular, distorcer, mentir descaradamente que para si e para os jaranjinhas ferrenhos isso é normal (tanto melhor se ,como diz como se fosse atributo de outrem, esta espécie de gente que se diz jornalista fizer, como este faz, uma “densa sementeira ” de propaganda a favor do governo). Ou seja Vale tudo menos (??) tirar olhos.

        • Marquês Barão says:

          “Diz que”, e com o alinhar dos argumentos está tudo dito. Agora também compreendi.

  3. O problema deste senhor é o problema de muitos jornalistas das duas últimas décadas. A certa altura, acordaram cheios de poder e passaram a fazer-nos crer que são especialistas em tudo: política, direito, literatura, economia, finanças, filosofia, enfim, os sábios do século XXI. Em boa verdade, grande parte deles apenas conhece os assuntos pela rama e, quanto a publicação de livros, estamos falados.

  4. Curiosamente a falta de isenção não é algo que seja novo neste jornalista. Basta relembrar:
    http://expresso.sapo.pt/jose-rodrigues-dos-santos-reage-a-polemica-com-socrates=f862314
    Cito:
    «A isenção de um jornalista não é obrigatória. Depende da linha editorial do jornal”, afirma José Rodrigues dos Santos, que utiliza o facebook para esclarecer “regras jornalísticas” e defender-se do rol de críticas pelo estilo que imprimiu na condução do habitual espaço de opinião de José Sócrates, no domingo à noite.»

    Pelos vistos, a linha editorial da RTP mudou… ou muda sempre que é ele a falar.

  5. António manuel R. de Morais says:

    Mas ainda ouvem esse cretino ? Um presumido.

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