Para que serve um Conselho Geral?
Pelos vistos, serve para reconduzir um Director escolar sem ter de recorrer a essa maçada chamada eleições. E para fazer inúmeras e intermináveis reuniões burocráticas que servirão para legitimar uma decisão que já foi tomada. E para fazer a avaliação do trabalho do Director, mas, claro está, só depois de terminado o seu processo de recondução (por favor não se riam).
E dar aulas, não?
Serve para humilhar os professores!
Dúvidas? É um órgão composto por 21 membros dos quais apenas 7 (SETE!) são professores. Isto é ridículo. Então os pais e os autarcas são mais que os professores?
Num órgão que decide da vida de uma escola?
Um autêntico absurdo inventado pela Maria Vaca Rodrigues para humilhar os professores e mais facilmente lhes pôr a elefantina pata em cima.
Na minha opinião, um professor digno desse nome deve recusar-se a participar em tal fantochada! Foi o que eu fiz.
Vão gozar com a sua santa (ou não) mãezinha!
“E dar aulas, não?”
Eu faço parte de um conselho geral e não tenho qualquer redução, nem na componente lectiva nem na não lectiva.
Uma boa razão, a juntar a outras, para que se reduza a burocracia ao mínimo…
Faz parte porque quer fazer parte e gosta de trabalhar de graça para o Ministério.
A mim convidaram-me e vou contar-lhe o segredo que me permitiu não fazer parte de tamanha palhaçada: são apenas 3 letrinhas singelas que tive de dizer: N-Ã-O
Correctíssimo: faço parte porque quis, ninguém me obrigou.
Como tal, não me queixo.
Agora não se insinue que alguém vai para o Conselho Geral para não dar aulas, porque não é de todo verdade.
Mas que raio de conversa é esta? O que é que se passa? Bem feito, é bem feito para a classe docente. Que os prof. não passem de verbos de encher! Votem neles, nos mesmos, nos mesmos de sempre, que têm o problema resolvido. Agora lobrigo no horizonte, o providencial, o salvador, do mesmo partido da MLR!
Tem toda a razão.
Na sala de professores da minha escola quase todos se queixam deste desgoverno e acusam de tudo e mais alguma coisa. Mas como eu os conheço, um por um, há décadas, sei perfeitamente que quase metade votou neste desgoverno (ou terão sido os espanhóis?). Agora colhem o que semearam. Mas, hipocritamente, assobiam para o lado como se não tivessem qualquer culpa.