Se o Podemos ganhasse…

 Ricardo F. Colmenero

SPAIN-PARTIES-POLITICS-PODEMOS

Se o Podemos ganhasse as eleições, defende o doutorado pela Universidade de Navarra Miguel Carvajal, deixaria Espanha com uma taxa de desemprego de 25%. A corrupção estaria tão instalada na sua estrutura que até o seu tesoureiro pagaria envelopes com dinheiro negro a MonederoErrejón e Pablo Iglesias, para não falar das obras de remodelação da sua sede. Defende Carvajal que, se o Podemos ganhasse as eleições, os seus ministros acabariam a trabalhar para as multinacionais às quais beneficiaram através de concursos fraudulentos. Tornar-se-iam banqueiros que ludibriam reformados, analfabetos e cegos. E criariam cartões de crédito com dinheiro negro para comprar putas e lingerie.

Se o Podemos ganhasse as eleições, gastar-se-iam milhões para erguer edifícios inúteis, redes ferroviárias, estradas e aeroportos com orçamentos inflados. Aos presidentes das regiões autónomas sairia a lotaria. Muitas vezes. Viveriam em Palacetes, velejariam com narcotraficantes, abririam contas na Suíça e teriam testas-de-ferro que guardariam o dinheiro em latas de Cola-Cao enterradas no jardim. Defende Carvajal que, se o Podemos ganhasse as eleições, haveria mais de 2.000 políticos arguidos, o seu presidente falaria num televisor de plasma, reunir-se-ia com ditadores acusados de crimes contra a humanidade, e venderia armamento a países acusados de violar os direitos humanos.

Se o Podemos ganhasse as eleições não teríamos nem uma universidade entre as cem melhores do mundo, mais de metade dos jovens não teria trabalho e sairia do país. A sua gestão económica seria tão nefasta que a dívida continuaria a crescer até superar o total do PIB, para continuar a financiar instituições inúteis como as deputações, os conselhos consultivos ou o Senado. Os impostos asfixiariam tanto os empresários que seríamos líderes na economia subterrânea, e a evasão fiscal rondaria os mil milhões de euros.

Se o Podemos ganhasse as eleições, os juízes seriam escolhidos pelos partidos políticos, que teriam tribunais especiais, reformas especiais, subsídios de alojamento ainda que tivessem casa, nunca pagariam um avião, nem um telemóvel, nem um táxi, mas poderiam acumular vários salários públicos com actividades privadas, e ninguém controlaria o seu absentismo. Se o Podemos ganhasse as eleições, 2,5 milhões de crianças não comeriam adequadamente nas suas casas com rendimentos abaixo do limiar da pobreza. Milhares de pessoas seriam despejadas das suas casas e poriam fim à sua vida para não ter de viver nas ruas do país europeu com mais casas vazias. Que coisas terríveis aconteceriam se ganhassem os do Podemos.

Traduzido daqui.

Comments

  1. Tiago Portela says:

    lixo

  2. Este “texto” é repugnante, nojento.
    Limita-se a ofender e lançar falsas acusações sem qualquer prova ou facto.
    É bom. Mostra que o Podemos está a assustar os ratos, os vampiros. Como o autor desta bosta.

    • Miguel Carvajal limitou-se a traçar um retrato da Espanha actual e você não entendeu que o Podemos está ali só pela ironia. Afinal onde está o seu brilhante pensamento que tanto gosta de apregoar quando insulta os outros de estúpidos e mentecaptos

    • jmc és mesmo burro says:

      Ó burro, não percebeste que é uma ironia, numa clara analogia com a realidade actual? Que asno…

  3. Diogo Cancela says:

    O sarcasmo e a ironia no seu estado mais puro. Bom texto.

  4. Mas não há ninguém que entenda a enorme ironia do texto?Ninguém entende que Miguel Carvajal está a dizer que tudo isso já existe? Que pior já não pode ficar?! Mas para onde foi o sentido de humor dos comentaristas?

    • Nightwish says:

      Eu ia mesmo perguntar qual seria então a diferença, não conhecendo o autor. Assim, já estou respondido.

  5. Hélder P. says:

    A ironia do texto é que se trocarem “Podemos” por “PP” ou “PSOE”, esta é a Espanha que já existe em 2015. Nada de novo ou surpreendente. Um retrato muito contundente da periclitante situal política e social do país vizinho, enquanto os partidos “responsáveis” apelam à estabilidade politica. Estabilidade para continuar no lamaçal?

  6. Zoelae says:

    O texto pode ser irónico, porque esta é já a realizada actual de Espanha.

  7. Maria João says:

    O texto está fabuloso! De uma ironia e actualidade imensas, infelizmente replicavel também a Portugal, mas talvez só na condição em que nos encontramos, e não nas opções político-partidárias com que substituíramos o PODEMOS. . .

  8. De como uma leitura descuidada, permitiu que os direitolas se apresentassem como iminentes sábios. Não fora a extensão deste parágrafo e podia ser o nome de um filme reles.

  9. Tio patinhas says:

    A ironia do texto é por ser um retrato quase fidedigno da Espanha atual. Com ligeiras adaptações é também o retrato de Portugal e da Grécia, e de… Por muito que custe a alguns moralistas encartados e de conta bancária recheada os regimes não são imutáveis, os corruptos também se apeiam. São poderosos mas também se abatem.

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