Conferência de imprensa de Yanis Varoufakis depois da reunião do Eurogrupo (16/02/2015). Em vez de se ler recortes criteriosamente seleccionados pela comunicação social, é de ouvir as declarações integrais do próprio (em inglês), bem como a sessão de perguntas e respostas.
Ouvir por exemplo que o governo grego estava pronto para assinar um documento de extensão do programa a troco de algumas condições, tais como não haver mais cortes das pensões mais baixas e não haver aumento do IVA durante esse prolongamento. Mas esse documento foi retirado minutos antes da reunião do Eurogrupo começar, tendo sido trocado por uma versão anterior, da passada quarta-feira, no qual os gregos estavam a ser pressionados para assinar não uma extensão mas sim um novo programa, onde era pedido “alguma flexibilidade” nos cortes, sem explicitar.
Com o ultimato para que a Grécia concorde com um novo programa, com as jogadas de bastidores, com as recorrentes declarações dos políticos alemães sobre a Grécia, quem é que está mesmo a evitar que se encontre um compromisso aceitável para ambos os lados? Claramente que não é a Grécia.
O poder estabelecido teme que se demonstre que poderia ter sido de outra forma. A vitória da linha política do governo grego é, simultaneamente, a derrota daqueles que apontaram a austeridade como único caminho, tal como o fez a direita portuguesa. Em causa está a sobrevivência política pura e dura. Quem perdoará a um governo que chacinou a economia e as pessoas se pudesse ter sido diferente? É por esta razão que Passos Coelho, em conjunto com o seu governo, é aquele que, de todos, mais violentamente reagem às negociações gregas – essas que o governo português sempre recusou fazer.
Ou o ultimato grego?
Quem meteu uma data em cima da mesa não foram os gregos.
Para quem não quer data para pagar até faz sentido.
Registo a inversão de argumento. Respondendo a esta segunda linha, o ultimato não é para pagar mas sim para assinarem um 3º programa de austeridade.
Limitei-me a ser sucinto. Já deixaram cair o ultimato de expulsão da troika, entre várias exigências ácidas que tem passado paulatinamente a prosseguimentos mais açucarados?
Ou seja, os gregos estão a negociar. Partiram de uma posição inconciliável para outra aceitável. Numa negociação ambas as partes cedem, procurando um ponto que equilibre ambos os interesses.
O Governo Grego é parte ou pedinte exigente?
E os alemães lucraram ou não com 1) os excessos de gastos dos gregos (submarinos e demais material militar) e 2) com o empréstimo à Grécia?
Terá sido enfrentando mão armada que os gregos pediram empréstimos e compraram submarinos.
Sim. Uma arma chamada corrupção.
Onde existe corrupção não há corruptores e corruptos?
O que é que lhe parece?
Exatamente meu tótó, os da Nova Democracia e Pasok. E tu deves de admirá-los ó ´Barrrão,aõ,ão….
pela vontade da alemanha a Grecia será expulsa.para aqueles que ficam contentes com a posição da merkel e que pagam impostos,sempre posso dizer que a vontade da alemanha é esta:austeridade ferrea nos proximos 50 anos.(para os PIGS,claro,porque os paises do norte estão muito bem)