Nos últimos dias, várias vozes chamaram a atenção para os prováveis prejuízos decorrentes da obrigatoriedade de usar nos exames nacionais apenas a grafia permitida pelo acordo ortográfico de 1990 (AO90). Naturalmente, fiz parte do coro.
Hoje, no jornal Público, apresentei vários argumentos a favor da utilização das grafias de 1945 e de 1990 nos exames nacionais, tal como acontecia até ao ano passado, e, ontem, comentei as infelizes declarações de Edviges Ferreira, que, a propósito do mesmo assunto, conseguiu a quadratura do círculo, ao reconhecer que pode haver prejuízo para os alunos, defendendo, apesar disso, que não devem ter direito a duas grafias, castigando-os por culpas que atribui aos professores.
O IAVE enviou, ainda hoje, uma nota à imprensa, comentando dois títulos de textos, sendo um deles o meu. Repito: o IAVE comentou títulos. Se é certo que há um erro no título do Diário de Notícias (na realidade, um aluno não pode perder até cinco valores devido a erros ortográficos), não consigo perceber como é que o do meu texto (“Perigo no exame de Português de 12.º: o acordo ortográfico”) pode revelar “um profundo, mas muito grave, desconhecimento dos critérios de classificação da prova”.
Graças ao Público, tive, também hoje, ocasião de comentar o texto do IAVE. Sem prejuízo da leitura a que a hiperligação dá acesso, a verdade é que não se consegue negar que é possível perder até quatro valores devido a erros ortográficos, ficando a faltar referências e/ou demonstrações sobre a percentagem de palavras alteradas pelo AO90, sobre “o baixo índice de frequência” e sobre a “probabilidade de desvalorização” pelo uso da grafia de 1945 (e que é uma maneira de reconhecer, apesar de tudo, que existe uma probabilidade de desvalorização, sublinhe-se).
Depois de ter demonstrado tudo isto, o IAVE termina, em tom crítico, com uma referência à existência de um “alarme social”.
Entretanto, descobri que, no site do IAVE, os nomes dos meses estão escritos com maiúscula inicial, o que seria suficiente para que um aluno fosse penalizado num exame nacional. Qual seria a probabilidade de isto acontecer? Quantos alunos terão, nas várias visitas a esta página, interiorizado uma grafia considerada errada? Quando a instituição responsável pelos exames nacionais comete um erro tão básico, não será caso para “alarme social”?
«Há uma questão que dura,/Vai num ano com certeza:/Vem a ser se picadura/É palavra portuguesa./Diz o Leite, afirma e jura/Que é vernácula e antiga./Como não basta que o diga,/Diz-lhe o Cândido que prove./Leite, perece-lhe espiga,/E que faz? Faz que não ouve./Assim pois, qurestão é ela/Que dura há um ano ou mais./Eu vou seguindo o Morais,/Preferindo picadela.»
Já João de Deus assim escrevia no seu poema «Filologia».
Eu vou seguindo a grafia de 1945. E mais não digo.
Se sempre escrevi o que NO MEU TEMPO se designava por NOME PRÒPRO (a não ser que actualmente se denomine outra porcaria qualquer pois que nem o novo livro da nova gramática sei lei nem interpretar pois não reconheço em que língua é escrita) com MAIúCULAS que interessa escrever assim ou assado Mas que preocupação depois da casa arrombada !! – Por mim escrevo como me apetecer A liberdade é total ou a LIBERTINAGEM ?? tanto me faz – Tenho pena dos alunos mas não dos professores que se lixem pela defesa que fizeram da língua – até escreverei se me apetecer a palavra a começar pela última sílada para CANHOTOS e VESGOS – e se calhar também já não há acentos – cada um que lixe o que quizer pois falta pouco E quando aparece aquele inteligente programa assim se escreve com o actor de teatro até acho graça – a explicação eruditíssima de filólogos e outros anormais que nem sei se falam brasiês ou 3ª lingua portuguesa pois que duas já existem – esta e o Mirandês De facto há portugueses altamente criativos – ou isem ainda a alternativa inventada pelos meninos que usam telemóvel e escrevem abreviado com a virtude de terem recuperado o K coitadinho que tinha sido deitado ao LIXO (será com X ou com ch ?? ah não sei – parta mim xinês é Chinês e nunca deixará de ser xinês pois cada um é para o que nasce
Só muda o que está bem quem não sabe fazer mais nada e nem percebe quantas pessoas perturba – só faz rotundas quem não sabe desenhar estradas – só faz asneira que não sabe perguntar a quem sabe – hoje todos sabem tudo e a opinião ~´e detida por 4 milhões e quem quizer que faça como quizer pois a regra é não haver regra ou mudar de regra como quem muda de camisa – pois os fora de lei que se lixem – e não sei nem me interessa se quizer é com x ou com s – tanto me faz – deixei de saber escrever OBRIGADA a todos os professores e sobretudo politólogos da língua e linguistas – já não andei nas suas universidades -esle “HADEM” um dia saber algo – pois “hadem não hadem que é agora expressão ministerial – no feminino -as ministras exemplares
Ah e agora faz-se tudo a correr falar escrever dizer ser – etc – pois façam lá as maratonas que quiserem – e não esborratem o nariz
Cara Maria, penso que não escreve segundo nenhum acordo, uma vez que estes mencionam o uso de parágrafos e de pontuação.
Já quanto às rotundas, embora haja muitas mal feitas, desnecessárias e feitas por corrupção, são o mais eficaz que há para o trânsito. Temo de pensar ter outra coisa na região da rotunda da AEP.
Tem toda a razão NIGHTWICH – a minha rebeldia deu para esquecer dois pontos + ponto e vírgula – e parágrafo e linha com mais um intervalo – e uso traço em vez de ponto e nunca faço ponto final – sabe que adorei fazer assim porque estava farta de leis e cumprimentos e às vezes até invento palavras que nem existem mas excepto quando faço erros dactilográficos toda a gente entende – DESALINHEI-me do OA e sem OA – E sabe ?? Às vezes nem percebo o que escrevo pois depressa demais e sem corrigir é mesmo total desalinho – faço de propósito é claro Se quizer saber como escrevia pode consultar o blog http/www.infohabitar.blogspot.com e nem sei como não virou “azul” – se calhar também o computador acha que escrevi mal
todos têm razão – O A não tem gravidade nenhuma – valha-nos Deus – Escrever Maiúculas é sacrilégio VIVA A VISÃO E A LUSA – eu inventei a minha ortografia Só tento ter algum cuidado com a sintaxe antes que fique com a sintaxe brasileira resultante, sobretudo das suas deles brasileiros, traduções e «de inglês E até os assentos são um dramazinho que adoro –
Estou a ouvir – 04:08 TVi24H Fernando Roas e o grande Paulo Rangel sobre o PROGRAMA ministerial e os milhares de emigrados que vai fazer VOLTAR que tem claro os maiores elogios de Rangel – nem sei comentar – é perder tempo e para isso prefiro perdê-lo de outra forma
Já não tenho idade para o Paulo Rangel – nunca vi tão serviçal e manhoso e mentiroso – malabarista . circense – nem o sr Póvoa saberia imitar – gostava era de ouvir o sr católico de olhos vesgos que se calhar vai fazer contas e dizer que não haverá dinheiro e será preciso comer de novo a ADSE e aumentar mais uns iIRScezinhos – ai vão voltar os cientistas que se foram embora – estou contente –
O IAVE aplica o Acordo Ortográfico de 1990 corretamente. Uma observação atenta dos títulos de cada secção do “site” permite concluir que o IAVE utiliza inicial maiúscula em nomes, adjetivos, verbos, pronomes que se flexionam e determinantes artigos indefinidos, e utiliza inicial minúscula em preposições, conjunções, advérbios e no determinante artigo definido. Este regra não vai de encontro ao que é estipulado na norma ortográfica referida, em que o uso de maiúscula após o primeiro elemento dos títulos é opcional. Por exempo, tanto pode escrever-se “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban” como “Harry Potter e a prisioneiro de Azkaban”; “Os Rapazes de Dezembro” como “Os rapazes de dezembro”.
Tendo optado pela maisculização das iniciais após o primeiro elemento (por exemplo, “Formação e Avaliação”, “Arquivo de Provas”, “Banco de Itens”, “Informaçao-Prova Final ou Informação-Exame Final Nacional”, é de se esperar que o mesmo seja aplicado às datas que antecedem os títulos por uma questão de coerência (e de estilo), o que não viola o Acordo.
Aquilo de que poderia ser acusado era de não ter maisculizado a inicial de “online” em “Livraria online” (uma incoerência, portanto), por exemplo, mas isso já seria uma “picuinhice”.