“Vocês são jovens; multipliquem-se!”, proclamou a ministra Maria Luís perante uma entusiasmadíssima (excitadíssima?…) plateia de jovens da JSD. A coisa é séria.
Logo ali, imagino eu, se trocaram olhares interrogativos:” isso é p’ra já?…”, ter-se-à perguntado a multidão, pronta a corresponder, com militante entusiasmo, ao apelo da líder. Não por vulgar lascívia, mas com a fervorosa e patriótica vontade de resolver o mais depressa possível o problema nacional que a ministra tão lucidamente diagnosticara.
Mas não, não era para já. E embora o conceito de “J” seja muito extenso, em matéria etária, nas lides políticas, convém manter, pelo menos, as aparências. Está escrito: “crescei e multiplicai-vos!”. O verbo crescer tem aqui um moralíssimo relevo. Portanto, enquanto os jovens guardam pudico e casto recato, Maria Luís vai-se insinuando nos produtivos terrenos da eutanásia selectiva que tanto entusiasma a sua mestra Christine Lagarde e aquece o coração de alguns jovens sociopatas laranjas. Por isso, enquanto os jovens não se multiplicam, subtraem-se os velhos, a “peste grisalha”, como lhes chama um desses jovens já com direito a voz na Assembleia da República. Ocorre-me à mente um truculento soneto de Bocage que bem ficaria nesta situação. Mas contenho-me; alguém tem de manter a compostura nestes eventos.
“Peste grisalha”? Não há dúvida que o nível dos deputados se vai degradando a olhos vistos… O que mais ouviremos!
Nem dá para acreditar que alguém teve coragem de dizer tal coisa… agora fiquei curiosa para saber quem foi o energúmeno.
cartilha para um jovem empreendedor/carreirista:multiplica-te ,sê feliz,enche os bolsos(digo,os cofres do estado) ,lê livros da chiado editores,não vás,VEM(-te),pois assim serás recompensado com uma secretária na secretaria mais proxima da tua residencia, e quem sabe,talvez entres na lista VIP.Amen
É pá…como é que se pode “multiplicar “com uma gaja destas?
Oh Nascimento, “multiplicar” talvez não, mas olha para a fotografia e diz-me lá se o “bico” da gaja não é mesmo bem feito…
A descrição mais aproximada para esta senhora, além do histórico e nunca olvidado Miss Swap, resume-se a uma única palavra: ridícula.