Rogério Gomes é militante do PSD e foi, entre 2003 e 2004, patrão de Passos Coelho na ONG Urbe. Recentemente, o primeiro-ministro delegou em Rogério Gomes a elaboração do programa de governo do PSD para as Legislativas. Até aqui nada de mal até porque Passos sempre foi muito forte no ramo das ONG’s e programas de governo tendem a ser documentos de pouca validade que ninguém lê e muito menos faz cumprir. Escolheu-se o senhor Rogério, poder-se-ia ter escolhido um amigalhaço qualquer.
Claro que este conto de crianças não fica por aqui. Segundo DN, o ex-patrão do primeiro-ministro é também presidente do Instituto do Terrritório, ONG que o próprio criou, que gere em parceria com a sua esposa e que adjudicou, através de ajustes directos com dinheiros públicos, contratos a outras instituições às quais Rogério Gomes esteve ou está ligado. Passos Coelho até esteve lá para apadrinhar o nascimento desta nova ONG, quiçá para, em vez de lançar a primeira pedra, abrir a primeira porta. Ele abre-as todas.
É disto que vivem os nossos governantes. O povo diz que os políticos querem ir para o poder para nele enriquecerem. A verdade é que querem ser poder para que, estando nele, possam garantir o seu futuro e o da família. Eu até acho que um primeiro-ministro é mal pago para as canseiras que tem. Por isso, impõe-se a pergunta: o que leva um político a mentir para chegar ao poder? Por que querem tanto esse calvário mal pago e que os envelhece e desgasta em 4 anos? Cá está! Passam esse tempo a fazer favores a grupos económicos em jeito de investimento pessoal que, mais tarde, terá o inevitável retorno. Passos e Portas são exímios nessa estratégia. Querem privatizar tudo a eito e nem se preocupam em disfarçar. É tudo à descarada, porque o povo é sereno. O povo? Esse que se lixe, pois dele virá o garantido voto.
O voto ou a abstenção. E mesmo que nada disto garanta nada, todos esses favores que refere hão-de ter servido para alguma coisa…
Quer dizer tipo Socrates? Ok já percebi.
Está feito o programa de governo, portanto.
E pelos vistos traz um “contrato fiscal” incluído
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4485778&page=1
O pais onde é cada vez mais fácil fazer amigos fiéis prá vida – e prós descendentes – mas depois há uns tipo BES que nem de beijo na boca se entendem – foram ao limite e não s’aguentaram