A manchete do Jornal de Leiria desta semana remete-nos para algo completamente novo: A Diocese de Leiria-Fátima acaba de proibir o concerto de Camané, agendado para o dia 25 de Abril, na igreja do Mosteiro da Batalha. * O senhor bispo invoca uma norma da Santa Sé, datada de 1987, para fechar as igrejas à música não-religiosa.
Quer dizer que pequei, naquela primavera de 1994, quando assisti (entre centenas) ao concerto dos Madredeus. Quer dizer que pecaram todos os outros que assistiram a todos os outros concertos nas Igrejas do país. Pensando bem, isto era um bocado perigoso: juntar as músicas de Alfredo Marceneiro, Amália Rodrigues e Carlos do Carmo em pleno 25 de Abril…estavam mesmo a pedi-las.
Entretanto, a Diocese já veio esclarecer.
* o concerto mantém-se no Mosteiro, mas no claustro.
a resposta da diocese de leiria é absolutamente ridicula,dizem eles que só abrem a igreja a musica sacra.pois bem ,proponho o seguinte concerto:contrata-se uma banda gospel nos EUA,banda essa com cantores de gospel e com os seguintes musicos a acompanha-la:keith richards na guitarra,chalie watts na bateria,ron wood nas guitarras e coloca-se o mick jagger nos vocais.o concerto pode começar por uma musica muito “santa”:simpathy for the devil.
É um direito dos proprietários dos recintos autorizarem ou não a realização de eventos. Assim de repente ocorre-me que não estou a ver por exemplo os UHF ou António Manuel Ribeiro a solo, cantarem a música do Benfica em Alvalade ou no Dragão. O tema é mais sensível quando falamos da Igreja, mas é um proprietário como qualquer outro. Não podemos condenar que recebam tratamento privilegiado do Estado e depois negar-lhes ou limitar os direitos…
Tenho alguma duvida que o Mosteiro da Batalha, edificado por D. João I, seja propriedade da Igreja.
É propriedade do Estado. Mas, no que toca a matéria litúrgica, quem dispõe é o pároco. Mas a coisa não é de uma limpidez cristalina, até porque, por exemplo, quem cobra os bilhetes de entrada é o Estado, sendo que o recinto está afecto ao culto. Esses assuntos normalmente resolvem-se através de protocolos entre as partes, que não sei como possam estar a funcionar no caso da Batalha. Mas é preciso que nos coloquemos na pele do prior e pensemos até onde nos podem levar situações deste género. E depois, se vier o Quim Barreiros a querer cantar na igreja, como se descalça a bota por essa ordem de ideias?.
Gostava de saber quem paga este concerto ao Camané…
cumps
Rui Silva
É natural que uma Igreja condicione a utilização dos seus templos e defina os critérios para tal. Mas lendo o integral do comunicado da Diocese de Leiria-Fátima, o seu conteúdo tem muitas semelhanças com as normas que até 25 de Abril vigoraram e foram aplicadas pela Censura Prévia em Portugal. Serão tão legítimas como legítimo será a existência dum INDEX dos filmes e livros cujo visionamento ou leitura são vedados aos católicos, “ad majorem Dei gloriam”. Mas … intolerantes e fundamentalistas serão apenas as outras Religiões que não a Católica, Apostólica e Romana
Perguntem ao Papa Francisco.
Inquisição, is that you?
Já não há crise. O Camané vai mesmo ao Mosteiro da Batalha quer o Senhor Bispo autorize ou não.
Mas o que podem esperar desta coisa que é o bispo de Fátima???? Ele só sabe falar e actuar para »pequenitos e pequenitas – por esta ordem, porque na igreja deste senhor bispo, primeiro e sempre primeiro, os masculinos…. não vá o «diabo ser tendeiro». Se ele fosse convidado e pudesse «botar faladura» – no estrangeiro dele !…. Um dia destes matam-te mesmo PAPA FRANCISCO ……..
Mas o que podem esperar desta coisa que é o bispo de Fátima???? Ele só sabe falar e actuar para «pequenitos e pequenitas» – por esta ordem, porque na igreja deste senhor bispo, primeiro e sempre primeiro, os masculinos…. não vá o «diabo ser tendeiro». Se ele fosse convidado e pudesse «botar faladura» – no estrangeiro dele !…. Um dia destes matam-te mesmo PAPA FRANCISCO ……..
O problema näo é nem o tipo de música, o problema é o Camané ser arrac,ado de comuna…
É vergonhoso como neste pais há pessoas que não respeitam o espaço Igreja, não é um local para fazer tudo o que vem à mente. É um local de culto muito importante para os Cristãos e merece respeito por isso.