Angela Merkel baralha e torna a dar

Stupid Merkel

Depois do Presidente da República alemão se mostrar favorável à discussão de uma possível indemnização à Grécia, decorrente de reparações pendentes por empréstimos forçados e danos provocados pelo regime nazi, Angela Merkel surpreende ao afirmar:

Não se deve traçar um risco por cima da História. Nós podemos ver isso no debate que existe na Grécia e noutros países europeus. Nós, os alemães, temos a responsabilidade acrescida de estar alerta, sensíveis e conscientes do que fizemos durante a era nazi e dos danos causados a outros países. Tenho uma tremenda simpatia por isso

Mas se a chanceler tem “uma tremenda simpatia por isso” e efectivamente se sente sensível e consciente sobre os danos causados pelos seus antecessores, porque motivo tem evitado uma discussão séria sobre o assunto? Não chega exigir que os países sob intervenção cumpram com as suas obrigações junto dos credores. É necessário dar o exemplo e cumprir também com as suas. Até porque para representar o calote no circo de políticos amestrados de Merkel já lá temos o nosso primeiro-ministro.

Tal reacção, porém, não deixa de soar estranha. Porquê agora? Será pela simbologia da data? Será para “amaciar” o impacto do potencial golpe contra o governo de Atenas, orquestrado entre Berlim e Frankfurt? Ou será para sacudir pressão e desviar atenções do caso de espionagem que voltou a cercar Angela Merkel de holofotes incómodos? Talvez tenha sido uma epifania. E nunca é tarde para salvar uma alma perdida! Nós por cá conseguimos reabilitar o Adriano Moreira do fascismo e é vê-lo hoje pregar a reestruturação da dívida. Haverá esperança para Merkel?

Comments

  1. Comparar as obrigações decorrentes duma aliança em que os gregos entraram livremente e que não cumprem com assuntos de guerra forçada mata qualquer raciocinio lógico ou não logico.

    • A lógica subbjacente é a mesma: pagar dívidas. Para além disso caro Cristo9, não foram estes dirigentes que levaram a economia do país à ruína ou tão pouco que negociaram a intervenção terrorista da Goldman Sachs, intervenção essa que passou por debaixo das barbas do regulador europeu como se nada fosse. De qualquer forma, as dívidas legítimas são para pagar, sejam de que natureza forem, não acha?

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