Não PETes!

Peta. Peta era um vocábulo usado há uns tempos entre os putos reguilas do grande Porto. É da palavra Peta que me lembro quando penso no PET, o famoso exame que o rigoroso Crato resolveu meter na Escola Pública. E, esta brincadeira, tem várias notas de interesse:

a) coloca empresas privadas a obter lucros das suas actividades na Escola Pública, paga com os nossos impostos;

b) promove um exame que não serve para nada, que custa 25€ e que daqui a dois anos é lixo;

c) suspende aulas, quer do ensino regular, quer do profissional, de muitas disciplinas que daqui a uns dias estarão verdadeiramente a exame;

E, para além disso, há aqui uma outra questão: não seria também muito interessante dispensar os professores de Educação Física e trocar por uma qualquer multinacional dos ginásios, uma coisa tipo Solinca ou Virgin? Ou, melhor ainda, acabar com as aulas de informática e colocar a Apple e a Microsoft à frente dessa área.

Ficam estes contributos que, estou certo, Nuno Crato irá subscrever.

Por mim, não PETo!

 

Comments

  1. Rui Silva says:

    Em relação ás suas sugestões sobre a formação em informática não tenho dúvidas que seriam melhores.
    Um curso da Microsoft MCSD tem mais valor que muitas licenciaturas em informática , e pelo custo de cerca de 4000€ é comparado com os custos das Licenciaturas em Portugal , uma bagatela. Ou seja muito mais barato para o contribuinte.
    cumps
    Rui Silva

    • Fernanda says:

      Completamente de acordo.
      E não mencionou os cursos online.

    • Nightwish says:

      Um MSCD ensina ferramentas do monopolista, não ensina informática. Nem é minimamente comparável.

      • Rui Silva says:

        Monopolista? Você cara Nightwish não está muito dentro disto. Escolha não falta , desculpe lá a observação.
        cumps
        Rui Silva

        • Nightwish says:

          Percebo mais do que alguém só com um MSCD, isso lhe garanto.
          Por exemplo, sei que um monopólio não tem nada a ver com haver escolha ou falta dela: por exemplo, o nosso parlamento nem considera a possibilidade de o estado usar outra coisa e os argumentos estão longe de ser técnicos.

          • Rui Silva says:

            Cara Nightwish quem sou eu para considerar que “percebe pouco” deste assunto, depois de me ter mostrado os galões…

            Peço desculpa pelo erro de pontaria. O que realmente ignora pelos vistos é a definição de monopólio. Repare na falta de lógica do sua declaração:

            …o nosso parlamento nem considera a possibilidade de usar outra coisa …

            Se existisse monopólio o parlamento não poderia considerar outra coisa, não teria opção.
            Você mesma, afirma, que o parlamento apesar de haver outra opção escolhe determinada, que por acaso não concorda !…
            Será que se concordasse já não existiria monopólio ?

            Desculpe lá mas tem que rever essa definição de monopólio…

            cumps

            Rui silva

          • Nightwish says:

            Não tenho obrigação de lhe ensinar português.

            http://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3lio

          • Rui Silva says:

            CaraNightwish,
            Não era preciso incomodar-se, eu já conhecia essa entrada da wikipédia. Já agora tenha lá também a maçada de a ler até ao fim para ver que a minha observação faz todo o sentido.
            cumps

            Rui Silva

          • Nightwish says:

            Estou à espera que me ilustre onde diz que é necessário ter um controlo de 100% para não ser um monopólio.

          • Nightwish says:

            Para SER um monopólio.
            Já agora, não é cara, é caro.

          • Rui Silva says:

            Pois claro, vamos lá a ver se percebi :
            Podemos ter monopólios a 80% , 90% , ou 1%.
            Será então :
            temos um sector em que há 10 empresas monopolistas com 10% do mercado cada um.
            Ou 1001 empresas monopolistas com 0,1% do mercado cada uma etc etc.
            É esta a sua definição de monopólio. Boa…

            cps
            Rui SIlva

          • Nightwish says:

            O Rui é livre de achar e ridicularizar o que lhe apetecer, mas os tribunais discordam de si e uma empresa apenas necessita de dominar e controlar o mercado para ser monopolista, e o porquê está repetido vezes sem conta na história do capitalismo.

        • Hélder P. says:

          Esses cursinhos da Microsoft não ensinam de facto informática. Fazem uma lavagem cerebral e ensinam as pessoas a usar/criar dependência do software Microsoft.

          Um verdadeiro curso tem de ter noções abrangentes e não reféns de um software, um verdadeiro entendido em informática tem que perceber a lógica adjacente ao software e à tarefa que ele pretende realizar, e saber adaptar-se a alternativas e não a decorar as barras de ferramentas do Office, Visual Studio, etc.

          A informática ensinada nas escolas não ensina os alunos a pensar fora do quadrado. E o quadrado dado é Microsoft. Quando existem alternativas gratuitas que poderiam e muito expandir horizontes e enriquecer o currículo.
          Por exemplo, quem sabe usar Linux, virtualmente sabe usar qualquer coisa. Quem aprende apenas Windows, só fica a saber usar Windows.

          • Rui Silva says:

            Caro Hélder,
            Estamos de acordo quando diz:
            “A informática ensinada nas escolas não ensina os alunos a pensar fora do quadrado”, foi aliás a origem do meu comentário inicial.

            Eu compreendo o que está a tentar dizer, mas acho que está a misturar duas coisas totalmente distintas. Está a confundir a mercado de consumo de produtos informáticos vamos chamar para facilitar software, com a parte técnica que produz esse sw.
            Evidentemente que do ponto de vista técnico o conhecimento deve ser o mais abrangente possível, visto que o técnico é tanto melhor quanto mais ferramentas é capaz de usar com vista á resolução de problemas(coisa que a escola estatal não se preocupa).
            O mercado de consumo porém usa o que de alguma forma lhe resolve os problemas pelo menor valor possível.
            Veja p.e. o Android impôs-se porque o consumidor achou que tinha qualidade.
            No caso do Linux, e com o trajeto já percorrido também alcançará o sucesso ( penso eu que também sou entusiasta dos sistemas abertos) quando o consumidor chegar á conclusão que é melhor que a concorrência.

            cumps

            Rui SIlva

          • Nightwish says:

            É pena é a concorrência “não monopolista” recomendar aos fabricantes que não deixem os utilizadores correrem outros sistemas operativos. (obrigação de ter SecureBoot não necessariamente aberto ao utilizador para ter o autocolantezinho e, presume-se pelas atitudes do passado, descontos).

            “O mercado de consumo porém usa o que de alguma forma lhe resolve os problemas pelo menor valor possível.”
            Já agora… Tendo em conta que o software será muito diferente ao longo de uma carreira, qual é a vantagem de aprender uma versão específica de uma ferramenta específica?

  2. Eu cá ia mais para um exame patrocinado pelo MIT.

  3. Nightwish says:

    De resto, o problema é este:

  4. Meu caro Rui, não é esse o ponto. A questão é a liberdade que a Escola Pública tem de ter na sua matriz, que não pode estar refém, seja do lucro, seja da política de uma empresa. Sim, trata-se de uma questão ideológica. E, ou aceitamos ou não. Eu não aceito. Agora se isto ou aquilo, ..

    • Rui Silva says:

      Caro João Paulo,
      A liberdade de ensino só pode ser garantida com a liberalização do setor.
      Evidentemente que o João Paulo acha que se o setor for privatizado ficamos reféns de uma empresa. Mas não se esqueça que em concorrência não há “uma empresa”, há “muitas empresas”, com a vantagem de haver tantas quantas os clientes quiserem ( podemos chamar a isto democracia).
      Veja p.e. a gasolina, você sente-se refém das empresas fornecedoras de gasolina ? Repare que a distribuidora de gasolina consegue por em qualquer autoestrada nacional 1L de gasolina ( que vem provavelmente dum pais bastante remoto situado p.e. na Arábia) a 1/4 do preço de um litro de água nacional. Se isto é ficar refém olhe que não é nada mau.
      cumps

      Rui Silva

      • Hélder P. says:

        Hum…(Aquele momento estranho em que Rui Silva afirma que os combustíveis em Portugal são baratos e eu fico sem saber se devo rir)

        • Nascimento says:

          Ria, ria muito que ele mereçe…quanto mais ele “baralha ” ,só saem duques. As “comparações” são muiiiita giras.Uma “máquina” este Rui.

        • Rui Silva says:

          Caro Hélder,
          Você tem razão numa coisa a classificação “barato” ou “caro” é relativo.
          Mas eu foi claro porque comparei com outro produto, água. E essa agua é de origem nacional e não sofre nenhum processo de refinação como os combustíveis.
          E em comparação com outro artigo já podemos conversar entre o que é caro ou barato.
          Mas sinceramente um Litro de p.e. gasóleo na ponta da pistola da bomba de gasolina por cerca de 0,40 € ( quarenta centinos) acha mesmo caro? Dá assim tanta vontade de rir?

          cumps

          Rui Silva

          • Nightwish says:

            Comparado com a água da torneira, ou até em garrafões de 5 litros?
            Homem, beba água que o vinho faz-lhe mal.

      • Nightwish says:

        Vá perguntar aos suecos o que significa “liberalizar o sector”. Eu poupo-lhe o trabalho, dir-lhe-ão que foi o maior erro das últimas décadas, com piores resultados, maiores custos e um aumento enorme na segregação. Lá e no resto do mundo.
        Mas a gente já sabe que os liberais e os factos não combinam.

        • Rui Silva says:

          Então caro Nightwish,
          Deu agora um bom exemplo.
          Quando é que a Suécia começou a privatização dos serviços?
          Não foi a seguir á falência?
          A Suécia é um bom Case Study. Foi sempre a descer, veio de salvo erro de 3ª potência económica mundial até á banca rota.
          Privatizou e a sua recuperação tem sido espetacular.

          cumps

          Rui Silva

          • Nightwish says:

            Só se for para o Rui… Recuperação “espetacular” foi a da Islândia, e ainda não acabou…

        • Rui Silva says:

          Nightwish, concordo, a Islândia tb teve uma recuperação especular, mas essa foi mesmo uma falência efectiva, enquanto a da Suécia foi evitada á última da hora, assim como como Portugal nos anos 70, 80 e agora, e Inglaterra no fim da década de 70.

          cumps

          Rui SIlva

  5. Afinal mais cedo do que se espera a realidade vem dar razão a Fenprof : Nunca se devia ter feito exames de avaliação. Destroem a escola publica “nossa” (deles claro) e ainda nos prejudicam – a nós que tudo fazemos por defender a escola publica “nossa”; sim que a privada mão ensina nada nem merece o nosso esforço.Alias os rankigns são comprados e ilegais.
    Uma coisa não seria de admitir são uns clubes pequenos orientados por artolas que não sabem nada de educação fisica e poem em movimento milhares de jovens e adultos semanalmente sem condições, sem dinheiro, sem instalações capazes e pouco material, quer chova ou faça sol. Uma vergonha que estando a gastar milhões de euros em professores bem capacitados, se autorizem esses cancros desses clubes mexirucas!!
    A Fenprof se fosse decente ilegalizava essas coisas.

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