Escumalha juvenil à solta na Figueira da Foz

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A vítima, visivelmente assustada, praticamente não reage. Mantém-se encostada à parede com as mãos atrás das costas. A escumalha juvenil que a rodeia, desmiolada e cobarde, parece conseguir tirar prazer de toda aquela situação ou pelo menos simula conseguir para que ninguém tenha dúvidas sobre a espectacularidade da sua existência delinquente, tal é a ausência da mais ínfima gota de personalidade ou compaixão destes autómatos controlados por uma marginal. Na verdade, quase todos os bandalhos que participam neste acto cobarde não passam de putos vazios e manipuláveis que mais não fazem do que seguir as ordens da chefe, aquela figura ridícula e nojenta, nos mais variados sentidos que a palavra pode assumir, que dirige a agressão e que aparenta ter pouco mais que ar, vento e merda terá dentro daquela cabeça.

Às ordens desta marginal, o cerco em torno da vítima assemelha-se a um número de circo em que a desprezível adolescente comanda um conjunto de animais amestrados, que esperam a aprovação da dona e só não abanam o rabo porque não o têm. Tão novos e tão instrumentalizáveis. O tipo de espécie com todo o potencial para crescer oca, servil e presa fácil para políticos manipuladores. Espero que um dia emigrem. Eles e toda a escumalha juvenil que, sabendo perfeitamente o que está a fazer, o mal que está a causar, destrói a auto-estima e o normal desenvolvimento deste e de outros jovens, que passam a viver durante muito tempo, talvez anos, talvez para sempre, num clima de medo constante a partir daquele dia. E não me venham com argumentos de que são crianças e coitadinhas que não têm noção do mal que causam. São bestas violentas que merecem no mínimo ter que viver com a constatação desse facto. São predadores cruéis e sabem perfeitamente que o estão a ser. Sorte a deles isto não ser os EUA, não fosse a vítima a casa buscar a arma do pai e virar meia escola ao contrário a começar por eles.

Comments

  1. Carvalho N.A. Folha says:

    Todos nós, os professores, sabemos perfeitamente que, misturados com alunos fantásticos e excelentes pessoas, há outros que são ralé, verdadeiros criminosos que deviam estar atrás das grades e só não estão por não terem idade para isso. Serão futuros deputados, ministros, sei lá o quê. Parece, segundo diz um deles que alcançou um lugar de destaque neste triste país, que “Somos o que queremos ser”.
    Um verdadeiro nojo.

    • Victor Nogueira says:

      ou banqueiros, ou empreendedores, o empresários de sucesso e bastos lucros amealhados … os verdadeiros donos disto tudo, incluindo os partidos do centrão e adjacências.

  2. Fernando Torres says:

    Por anda o ministro Crato?

  3. Victor Nogueira says:

    Mas … cadê o vídeo ? Não era suposto haver um vídeo atendendo ao texto do post ?

  4. Ausente says:

    A maioria destas situacoes acontecem porque a “Escola” (leia-se professores) perdeu autoridade.
    Por outro lado, nao menos preocupante, e’ que os pais destes jovens – potenciais candidatos a marginais – ja’ vieram de familias com uma educacao deficiente.
    Ora a educacao nao pode nem deve ser uma bola de neve.
    Com todo o respeito que tenho pela figura do Professor, tenho de admitir que este universo de “deficientes” alberga tambem professores.
    Mas os pais tem uma enorme quota de responsabilidade na educacao dos seus “pequerruchos”.
    Conheco -de muito perto- um caso de uma professora que convocou os pais de vinte e alguns alunos do ano 9 (high school), para uma reuniao de pais.
    Apareceram 4 encarregados de educacao. Quatro!
    Se este episodio tivesse sido em Portugal, eu questionava se nessa noite havia algum jogo de futebol (…)

    • Sousa says:

      Ausente,
      Aquilo não se passou na escola, não tem nada a ver com a “high school” ou lá o que é, nem com autoridade de professores ou reuniões de pais. Para saber o que era mesmo porrada de rua entre miúdos, ou mesmo “bullying”, como agora se chama, deveria talvez ter nascido vinte ou trinta anos antes.

  5. Sousa says:

    E que tal terem todos juizinho e calma, pais, comentadores, etc? Basta ter dois neurónios, ou alguma experiência de vida, para se saber que o maior trauma do jovem foi com a divulgação pública das imagens, não com as agressões. E, já agora, que raio de formação, dos paizinhos, escola, etc, receberam as milicias justiceiras de jovens e menos jovens que queimam na praça pública aquelas jovens? Que tal, em nome de alguma reserva de decência e civilidade, reservar um minuto para pensar no que estarão agora também a passar aquelas jovens e seus pais com tudo isto?

    • Ausente says:

      Ok Sousa vou estar de acordo com a sua opiniao.
      Se o Sousa e’ pai ou tem irmaos em idade escolar, e se um dia – que nunca isso aconteca – ele/a chegar a casa a sangrar ou aparecer no FB ou TV a ser sovado/a porque quem filmou, por falta de neuronios perdeu o card do telefone, o Sousa nao toma nenhuma accao.
      Quem deu deu e quem apanhou apanhou….
      Fica tudo no segredo dos deuses.
      Tenha um soalheiro dia quase a cheirar a fim-de-semana.

      • Sousa says:

        Ausente, se não entendeu, deixe-me explicar melhor. Aquilo não se passou na escola, foi na rua, portanto, não tem a ver com a autoridade dos professores. Entendeu agora melhor? Sobre o resto, se um filho meu apanhasse, de forma cobarde, estando em posição de inferioridade, eu próprio iria tomar conta da situação… sem culpar professores. Entendido?

        • Ausente says:

          Nao tenho problema algum, muito menos ainda complexo de lhe confessar – aqui – que fiz uma leitura diferente daquela que o Sousa quis transmitir.
          Contudo, gostaria que analisasse o meu comentario de um angulo diferente daquele que a’ primeira vista possa parecer.
          Eu sei que a agressao nao foi dentro do perimetro da escola.
          Assim sendo, a ‘escola’ nada ter a ver com a situacao.
          Todavia, – numa opiniao meramente pessoal – se a “escola” tivesse mais autoridade, e’ muito possivel – nao posso garantir – que casos desta e de outra natureza nao acontecessem.
          Ha um velho ada’gio que diz: “de pequenino se torce o pepino”
          Obviamente que tudo tem um principio. Para se chegar a 10 tem de se comecar pelo numero 1.
          Se em casa e na escola nao for incutida a “disciplina”, assistimos a casos destes ou quica’ piores. Tais como pais a invadirem a escola para agredir professores.
          Estas “invasoes” eram impensaveis ha’ umas decadas.
          Por alminha de quem estas “invasoes” acontecem presentemente? Algo falhou no sistema. Ha’ que o corrigir.
          O “hoje” e’ substancialmente diferente do “ontem”.
          Tem de haver um cuidado e uma vigilancia redobrada sobre os jovens para evitar cenas chocantes como as que tem feito capa nos jornais portugueses.
          Eu recusei-me ver o video. Bastou-me o relato de quem o viu.
          Cumpts.

  6. Anasir says:

    O que as jovens estão a passar é muito bem merecido… Não me passa pela cabeça o motivo pelo qual deveríamos ter pena delas… Se não aprenderem agora que o que fizeram é reprovável, serão mais umas marginais no futuro.

    • Sousa says:

      Meu amigo, tanto são cobardes os que bateram no miúdo, quanto a cãozoada de valentões que nas redes sociais dizem que matam e esfolam as miúdas ou atiçam os outros a fazê-lo. Uma e outra coisa é falta de carácter. Filho meu que apelasse a linchamentos, sentadinho no sofá a escrever ao computador, levaria uma estalada e ficaria de castigo.

      • Anasir says:

        Ninguém está aqui a “apelar a linchamentos”. O que se quer é que seja feita justiça, para que essas meninas (e, parece, mais 3 rapazes que ajudaram), saibam como se deve viver em sociedade…

        • Sousa says:

          Não estou a falar de si, nem de ninguém aqui. Sei bem do que falo. Idiotas que, inclusive, dizem aí pelas redes sociais, para as miúdas se matarem. Que sejam punidas pela justiça. Se por “O que as jovens estão a passar é muito bem merecido”, significa que quer dizer tenham de ficar sujeitas a linchamentos deste género, então, isto é consigo também. Se não é isso que quer dizer, tanto melhor.

          • Um dos comentários mais fantasticos que lí foi qualquer coisa como:”deviam ser violadas até ficarem inconscientes”. Estes cyberjusticeiros não são ao melhores que as miúdas e provavelmente nem têm a desculpa de serem adolescentes.

          • Sousa says:

            É verdade, é assustador.

          • Anasir says:

            Claro que não é isso que quis dizer. Nunca fui adepta do “olho por olho, dente por dente”…

  7. Manilo Heredia says:

    O que é estranho é ninguém ter reparado que o vídeo é um embuste. O rapaz não está amarrado e nunca esboça um gesto para se proteger, defender ou fugir… Nem está com medo. Se estivesse com medo protegia a cara com os braços e as mãos, num gesto automático.
    Quando uma mosca vem na trajetória do meu nariz eu ponho a mão em frente para não ser atingido, é um acto reflexo. Quanto mais se for uma mão na trajetória da minha cara…
    Notícias fabricadas, para enganar incautos e para apoiar, talvez, medidas avulso.

    • Nascimento says:

      Um ” embuste”!! Vêm? O Manilo até sabe da coisa….e mai nada, ganda Manilo. Já só falta aparecer o Ruizinho….mas, esse é mais bolos.

      • Manilo Heredia says:

        Fiquei convencido com os seus argumentos. Ó Nascimento!

    • Pimba says:

      O Manilo tem razäo. Näo é por medo que o rapaz näo se mexe. Há ali algo mais.

      Näo me surpreendeu quando a mäe do mesmo disse que sabia da coisa *há um ano* e que eram “coisas de namoros”.

  8. Anasir says:

    No vídeo, vêem-se-lhe as mãos amarradas à frente…

    • Manilo Heredia says:

      Falso, voltei a ver, não há cordas nem algemas, nem nada parecido. Não deixa de ser estranha e doentia toda a cena. mas a rapaziada agora diverte-se com cada coisa… São umas bestas!

      • Nascimento says:

        Á pois são! No “teu tempo” é que era bom…ganda Manilo! é tudo uma questão de DIVERTIMENTO!!! aI esta rapaziada…

  9. joao says:

    é um exemplo da nossa juventude.
    fomos todos, acho eu, vitimas de bulling, mas desta maneira!!!
    se eu fosse pai de uma das miudas, ela tinha muito para pagar
    desta asneira!!
    ou ficava “fina” ou dava em maluca, das duas uma, isso garanto.
    eu apelo a uma coisa:
    pais estais atentos, isto não é educação, puxam as orelhas aos vossos “meninos “.
    porque fechar os olhos a isto é ser pior do que eles!
    talvez sejam…..

  10. É mesmo não certar no alvo. Os jovens têm os seus codigos, Sempre foi assim e sempre será, com jovens ingleses, portugueses, chineses, malaios, arabes. Pena é que pais e escola andem permanentemente alheados das suas vidas.

  11. silence is sexy says:

    Como é que “a vítima” não esboça o mais pequeno sinal de resistência? Seria consentido? Só vemos um excerto do “episódio”, por isso parece-me difícil alguém entender verdadeiramente o que aconteceu. Estamos sempre à procura de “culpados”, ora é a escola, os pais, a televisão, os jogos, o tempo, o dinheiro…

    • Será medo? Será habituação? Ele tenta resistir quando o animal o tenta agredir nos genitais. Mas depois outro animal foi chamado para que a presa não se pudesse defender.

  12. J.V. says:

    Estranho, faz lembrar o Fight Club. Há parvoíces que deviam ficar só na tela.

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