Isabel Jonet, um papagaio ideológico do regime

Jonet empobrecer

No rescaldo de mais uma campanha do Banco Alimentar Contra a Fome (BACF), a inenarrável Isabel Jonet fez uma declaração à Isabel Jonet admitindo que “apesar da recuperação económica, esta ainda não terá chegado às famílias que são apoiadas pelas instituições de solidariedade social” [via Expresso].

Nem vai chegar tão cedo, isto se algum dia chegar. É que essas são precisamente as famílias que perderam empregos, que foram alvo de cortes em pensões, salários e/ou prestações sociais e/ou que estão hoje sujeitas a cargas fiscais verdadeiramente brutais que as impedem de conseguir fazer face às suas despesas. Aquelas que os amigos de Jonet no governo – com os quais a presidente do BACF parece concordar – disseram que teriam que empobrecer.

De pouco serve às camadas mais desfavorecidas da população que o PSI-20 esteja a crescer, que as exportações das contribuintes holandesas estejam a aumentar e que a situação da balança comercial esteja a melhorar por via da redução drástica das importações, que acontece porque não existe dinheiro para as fazer e não porque os portugueses decidiram ser patriotas e passar a comprar o que é nosso. O fosso continua a aumentar, o desemprego – cujos maiores inimigos têm sido políticos corruptos, clientelistas e incompetentes e não as redes sociais – só desce por via da engenharia política do desemprego e do estratagema dos estágios profissionais, a emigração em massa de centenas de milhares de jovens reduz o número de cérebros e afecta a demografia e o SNS não consegue dar resposta à procura, ao mesmo tempo que os abutres do sector privado, apoiados pelos mercenários liberais que desgovernam o país, o tomam de assalto. Falar em “recuperação económica” poderá fazer sentido nos círculos de tias e de banquetes solidários, opulentos e hipócritas, onde Isabel Jonet ocasionalmente se move, mas pouco ou nada se aplica ao mundo real onde a fome e o desespero crescem e se multiplicam. Contudo, serve na perfeição a agenda pró-austeridade deste governo num período pré-eleitoral tão delicado.

Não é a primeira vez que a presidente do BACF nos presenteia com este alinhamento saloio com a narrativa governamental. Ou é o empobrecimento necessário, ou são os mandriões dos portugueses que vivem acima das suas possibilidades com os seus frigoríficos e ocasionais refeições de carne, ou são as crianças carenciadas que chegam à escola de barriga vazia, algo que segundo esta personagem se deve à “não responsabilização e falta de tempo dos pais” e não a “hipotéticas” dificuldades financeiras, ou são os portugueses irresponsáveis que desperdiçam, por oposição à grande distribuição que faz uma gestão rigorosíssima dos bens alimentares e às regras comunitárias que, para proteger a aristocracia dos supermercados, obrigam milhares de produtores e destruir alimentos que ultrapassem determinadas cotas de produção. Mas os verdadeiros “profissionais da pobreza” que existem neste país estão no governo a trabalhar em prol do nosso empobrecimento e nos corredores lobistas a proteger o lucro da grande distribuição em detrimento da sobrevivência dos pequenos produtores e das condições laborais dos trabalhadores. Para além de pessoas como a senhora Jonet, que não só funcionam como papagaios ideológicos deste e de outros governos como acabam por usar a sua influência para (tentar) legitimar manipulações repugnantes como o conto para crianças do português comum que viveu acima das suas possibilidades, contribuindo desta forma para a narrativa de desculpabilização da incompetência e irresponsabilidade de quem nos governa e nos trouxe até aqui.

Quero sinceramente acreditar que a mediocridade comunicativa e argumentativa de Isabel Jonet é a outra face de uma moeda que no seu reverso apresenta uma gestora capaz que está efectivamente a fazer um bom trabalho à frente do BACF. Mas ouvir/ler as alucinações que a senhora traz a público leva-me por vezes a acreditar na possibilidade de haver ali um qualquer problema do foro psicológico a que se junta um alinhamento ideológico com os fanáticos da austeridade que, esses sim, viveram e vivem acima das suas possibilidades enquanto governam este país e nos mandam empobrecer. Para esses não endereça Isabel Jonet os seus falsos moralismos. Porque será?

Comments

  1. Nightwish says:

    Esta gaja anda-me a irritar tanto que ontem fui ao supermercado e não tive vontade nenhuma de fazer a habitual contribuição para o BACF.
    Porra para esta gente.

    • Eu fiz na mesma. Quem precisa não tem culpa que o organismo seja liderado por esta personagem.

    • joão paulo dos santos marques says:

      quem te mandou contribuir, eu desde que esta merda de mulher falou a primeira vez, que as pessoas estavam mal habituadas, que os tempo de comer bifes todos os dias já tinham acabado e estávamos mal habituados, a partir dai não faço mais doações a ninguém.

      • Nightwish says:

        Ainda por cima porque muitos dos que precisam insistem em votar em quem lhes rouba… às vezes também tira a vontade de querer saber.

      • Carlota says:

        acho que sim senhor João Paulo dos Santos. guarde para si e não partilhe nada. assim estará a fazer a diferença. continue com o seu excelente trabalho, o senhor e a maioria do povo português.

  2. Não há dúvida que este “AVENTAR” é do melhor que há cá no burgo …o resto é pasmaceira !!!

  3. Zeferino Lino Pinheiro says:

    Tenho muita pena mas já a algum tempo que não ajudo, 1º 30% é logo lucro para o Belmiro,23% iva para o Estado. E quanto a campanhas com chamadas de valor acrescentado também não embarco a cena é a mesma, quem ganha é as operadoras e o Estado. Também sou pobre ainda não passo fome, mas a continuar assim já não deve faltar muito!Ou vendo a casa que custou tanto a fazer, porque a reforma é de miséria. Mas estou solidário com quem tem menos do que eu, do que tenho dou não sou sovina!!!

    • Se não queres dar lucro ao Belmiro, agarra numa enxada e faz uma horta. Se não queres pagar impostos ao estado estás do lado dos neo liberais capitalistas que odeiam o estado social.

      • Nightwish says:

        Já pagamos impostos para ajudar os menos afortunados. Que o governo decida que os menos afortunados são os bancos estrangeiros é que nos tira a vontade de pagar (mais) enquanto não se muda de prioridades.

        • Nightwish says:

          Já para não falar em boys, advogados, monopólios que vivem à custa do estado.

      • joão paulo dos santos marques says:

        o que o Zeferino quis dizer é que não estar para dar a ganhar aos mesmo do costume, o estado ainda vai sacar 23% do iva , penso que não estar a dizer mentira nenhuma, afinal todos ganham com este tipo de iniciativas, comigo isso já acabou há muito.

    • e
      o resto é um litro de leite para crianças, um quilo de arroz para um velho… quando se tem fome ajuda muito!

    • Entendo o que diz Zeferino mas, apesar da Jonet, a causa continua a ser nobre.

  4. Konigvs says:

    Para essa gentalha burguesa que sempre viveu numa redoma, que nunca passaram dificuldades, e que aliviam a consciência rezando hipocritamente aos santinhos da igreja e travestindo-se de gente muito solidária, quando na verdade são uns grandes filhos da puta, nem um arrozeiro com gorgulho levam.

    “A fingida caridade do rico não passa, da sua parte de mais um luxo; ele alimenta os pobres como cães e cavalos.”

  5. É fácil. Se a Jonet irrita e não presta, ide à luta e mostrai-lhe como se há de cuidar dos pobres. Fazei a revolução se preciso for. Já precisei e sei a falta que faz gente como Jonet. A mulher é desbocada, é. Nasceu privilegiada, e então? Podia ter ficado em casa comentando e falando da vida dos outros. Mal estariam os pobres se tivessem de viver com o trabalho dos comentaristas. Felizmente para eles há jonet’s. Dou quando me pedem e valorizo o trabalho desta gente. Porque eu não saio do meu canto e não faço o que eles fazem.

    • tekapa23 says:

      Exactamente ! O Sr. João Mendes, bem como muitos outros, criticam mas não fazem coisa alguma no sentido de aliviar a pobreza dos necessitados.Ela fala mas dá de comer a muito milhares de desesperados.
      É que muitas vezes estas críticas são apenas o resultado de inveja do protagonismo do invejado.
      Trabalhem ! Façam alguma coisa pelos pobres e não fiquem, pasmados, sem acção válida alguma, a tentar destruir o que está feito por aqueles que ainda vão fazendo alguma coisa pelos necessitados.
      Deixem a Isabel Jonet falar, nem que seja como paga pelo serviço que está a prestar aos POBRES !

      • Você conhece-me de algum lado para saber se eu faço ou deixo de fazer alguma coisa para ajudar os mais necessitados? E já agora, fazendo ou não, o que raio tem isso a ver com o assunto? Mais um argumento de quem não tem argumentos. Ela não dá de comer a ninguém percebe tekapa23, NINGUÉM! Porque se de hoje para amanhã a senhora Jonet for chamada para trabalhar com os seus amigos do governo ou para outro emprego qualquer, o Banco Alimentar continuará a existir como se nada fosse e continuará a ajudar as mesmas pessoas. Interessante ver a claque da senhora a usar os mesmos argumentos: sentimentalismos idiotas, frases feitas, vitimização e manipulação de discurso. Cá para mim vocês não são apoiantes da Jonet, vocês são é tropa de choque do governo.

        • joão paulo dos santos marques says:

          tocas-te na ferida, eles são cobardes que nem se identificam pelo nome, eu fiz questão de colocar o nome por inteiro, estes tipos são desta cambada de ladrões, que tem esfolado o país até não ter mais nada para vender ou para mamar.

      • joão paulo dos santos marques says:

        tem aqui tipos que acodem pela Janet, como se ela fosse o salvador da pátria, se tivéssemos governantes menos gatunos e mais honestos, de certeza a Janet não fazia falta alguma, olhem para os países a norte da europa e etc, tem tipos aqui que acham que viver da caridade, em que estes senhores colocaram milhares de pessoas, estou a falar dos dois últimos governos de mentirosos claro.

    • A Jonet não lhe faz falta nenhuma Xico. Quem lhe poderá fazer falta é o Banco Alimentar que não é financiado pela Jonet. Ela apenas preside e, em invés de se manter neutra no que a guerras políticas diz respeito, faz questão de disseminar linhas ideológicas, aproveitando-se do cargo que ocupa em benefício de terceiros bem identificados. Não se confunda nem tente desviar o foco do assunto.

    • Nightwish says:

      Eu estou disposto a pagar alegremente impostos para que o estado trate do assunto com igualdade e dignidade para todos. Se o governo decide usá-los para os amigos não é falha minha.

    • joão paulo dos santos marques says:

      deves ser cá um lutador, só se for de capoeira, pelo nome és mais é um xico esperto.

  6. António Duarte says:

    Não, eu não “alimento esta ideia” da caridadezinha que de tempos a tempos ajuda os ricos e os remediados a ganhar o Céu ao mesmo tempo que esvazia as prateleiras dos hipermercados dos produtos quase a passar a validade.

    Acho que a pobreza se combate com políticas activas de emprego e de dignificação das pessoas, a quem devem ser dados os meios para ganhar dignamente o seu sustento, ou apoiadas quando estão incapacitadas de o fazer.

    Repugna-me o assistencialismo que faz depender da boa vontade de terceiros a satisfação de direitos e necessidades básicas dos cidadãos como ter alimento, agasalho ou abrigo.

    É que por detrás da modernidade dos “bancos alimentares” e das respectivas “gestoras” está a mesma moralidade hipócrita que já no século XIX mandava não dar dinheiro aos pobrezinhos, mas sim comida e outros bens de primeira necessidade, que o dinheiro logo o iriam esbanjar na “tasca”.

    Institucionaliza-se a pobreza como um estado natural de uma parte da nossa sociedade ao manter estruturas permanentes para a alimentar, ao estilo do velho fatalismo do “pobres sempre os tereis entre vós”. O que não tem de ser de todo verdade, pois uma pequena parte da riqueza acumulada pelos mais ricos daria, com uma menos injusta repartição de rendimentos, para acabar com a miséria que as jonetes ajudam a perpetuar.

    • tekapa23 says:

      Se não quiser contribuir, escusa de estar a dizer essas bacoradas, auto-desculpativas. Dexe a mulher trabalhar e em compartadida da grande obra a que preside, deixe-a dizer o que lhe apetece . Ela ‘pagou’ para isso.

      • Pagou??? Ahahahahahah então não pagou! Se calhar pagam-lhe é a ela para fazer de soldadinho de chumbo governamental na acção social. Enfim…

    • e deixe-mo-los morrer de fome, não é? não queremos Jonets, nem “caridadezinhas”, nem as ”
      bacoradas”, mas como não há políticas e ninguém faz melhor… os pobres que morram de fome! hipócritas estes artigos da treta de quem está sentado de braços cruzados a ver os outros com fome.

      • Hipócrita é a sua lata de falar de alguém que não conhece e apelidar essa pessoa de hipócrita para defender a seu ídolo. Mas não vale a pena porque o seu argumento é igual a todos os argumentos “do contra” que aqui li: ai e tal vocês são contra a caridade e contra as instituições. OK, fique lá com a bicicleta que eu tenho pouco tempo para falar com paredes. E não se esqueça de rezar 10 avé-marias pela Jonet, por Paulo Portas e Pedro Passos Coelho.

        • Meu ídolo a Jonet,??? onde foi buscar tal ideia peregrina se também não me conhece? nem rezo avé-marias, nem gosto dos trastes que menciona, nem a Jonet me interessa para nada. Dei apenas uma opinião e de facto chamei o seu artigo de hipócrita, já vi que não gosta, só lhe apraz a concordância absoluta, claro… enfim, há Jonets de muitos tipos, acha-se no direito de insultar uma mulher que, com certeza, também não conhece de lado nenhum, nem respectiva vida, mas acha depois muita lata se alguém criticar o seu artigo porque esse alguém não o conhece!!! pode ficar com a sua bicicleta e até pode espetar-se com ela nas tais paredes que refere porque com a sua resposta já explicou tudo.

          • não quero concordância absoluta porra nenhuma Isabel. mas gostava que fizesse o obséquio de se justificar quando me chama hipócrita. e se a sua justificação esfarrapada é afirmar que “ai e tal que tu também insultaste a Jonet” eu relembro-lhe que você não é a Jonet e que um sustentei no texto o porquê de a acusar de ser um papagaio do regime. você limitou-se a chamar-me hipócrita apenas porque lhe apeteceu e porque aparentemente sente as dores da sua amada Isabel Jonet.

  7. SIDONIO says:

    Fala muito bem????mas quem ganha com as campanhas ???
    as grandes superfícies que vendem mais as televisões a pt com as chamadas etc..ela está de borla a trabalhar ???QUE FAÇA UM DONATIVO TAMBÉM
    ?????

    • tekapa23 says:

      Gostaria de ver no seu texto : ‘mandem-me convite que tambem quero ajudar, voluntáriamente’. O resto é conversa de comunista ressabiado…

      • Compreendo tekapa amigo faxo: para si, ajudar implica anunciar a sua intenção aos 4 ventos. Eu tenho uma visão diferente: não preciso que me mandem convites.

      • Nightwish says:

        Pois, o problema é que não ajuda, alivia, e é a alguns e nem sempre dentro do prazo.

      • joão paulo dos santos marques says:

        não sou comunista, mas parece que o meu amigo tem algum problema com os comunistas, ou algum deles algum dia lhe foi ao bolso? eu vi logo pelo que escrevia, que vc era da praga de gafanhotos, que vive a conta dos partidos da governação, vá trabalhar que esse se ressentimento passa-lhe, essa do ressabiado aprendeu com o castelo branco de certeza.

    • não sei quem ganha com as campanhas, se calhar imensos e muito, mas se algumas crianças beberem leite e comerem papa ou bolachas vindas delas, se alguns velhos reformados tiverem uma refeição melhorada… já se salvou o acto… melhor que irem dormir com fome.

      • E para que tudo isso aconteça, tanto vale termos Isabel Jonet a presidir á associação como termos a Isabel Alves ou o João Mendes. Até porque não é ela que anda a pedir nos supermercados nem a armazenar produtos na Logística do BACF e muito menos a dar cabazes a quem precisa. Tirando nos dias em que a TV passa por lá.

  8. António Duarte says:

    Desconfiai destas “fazedeiras do bem” que fazem política pura e dura mas fogem do debate político como o diabo da cruz.
    A caridadezinha é o meu trabalho, e nisto não difere das outras esposas de empresários e figurões do regime do tempo da ditadura.

  9. Rui Manuel de Carvalho Pereira Cabral says:

    juro que fica tão confuso que acho que é brincadeira. por estar afastado, a trabalhar noutro pais. o quê? banco alimentar contra a fome? com presidente e evidentemente deputados e acessores. bem pagos, bem vestidos, bem transportados e bem comidos. esta gente enerva-me. por depreender que a fome é estatistica. não é. existe. por ter sido criada. cada vez odeio mais estas distribuições de cargos por se ser a sobrinha da tia da mulher do cunhado do ministro. querem distribuir tacho? comida! ponham uma dessas pessoas que distribuem voluntáriamente à noite sem ter nada, sem querer nada e a dar tudo a mandar. aposto que chegava para muitos mais.

    • tekapa23 says:

      Ó Rui ! Vc que vive no estrangeiro, certamente não está a par da composição da hierarquia deste banco solidário. Não fale sem saber. Não diga bacoradas. Esteja calado !!!

      • antonio marques says:

        A Senhora Jonet é uma pessoa arrogante e que vive e brilha com a miséria alheia.A Senhora Jonet faz caridade e não solidariedade como ela já frizou.Existe um Banco alimentar, porque existe miséria, promovida pelos mesmos governantes que a senhora Jonet tanto aprecia.A Senhora Jonet esta nesta instituição só por altruismo??Gostaria de ver a sua folha de Ordenado e os meios com que se desloca.Em Portugal os Presidentes da IPSS gozam de ordenados escandalosos e a senhora Jonet não deve ser um caso a parte.

        • tekapa23 says:

          Ela pode apreciar essa gente de que fala mas pode não concordar com os resultados da politica deles e tentar menorizar os efeitos colaterais . O que é um facto é que AJUDA OS POBRES. Porquê ? … Não interessa. E pergunte aos ajudados se se importam. Senhora Jonet : Não deixe de ajudar os pobres, seja a que título for. Eles agradecerão da mesma maneira.

          • Se não concordasse não passava a vida armada em caixa de ressonância dessas pessoas. Mas em vez da isenção que se exige para o cargo, Isabel Jonet acaba por ser uma espécie de assessora do governo.

  10. João says:

    Durante alguns anos participei nas Campanhas do BACF doando alimentos e sobretudo trabalhando nos FDS das campanhas na sede do Banco separando os bens doados e carregando caixas e mais caixas. Posso dizer que é uma experiência incrivel. Neste trabalho despendia com gosto cerca de 20 hora por cada FDS
    Continuo a acreditar no trabalho que BACF desenvolve.
    Porém depois das declarações há 2 ou 3 anos atrás de IJ deixei de participar com trabalho, pois não me revejo de forma nenhuma nas palavras proferidas pela Presidente do BACF

    • João,
      de acordo com os comentadores e autor do post, o problema está na caridadezinha. O senhor ao participar nesse trabalho, não passa, na opinião dos comentadores, de um burguês a brincar à caridade. A Jonet não prestar e dizer disparates é uma coisa. Outra é não alimentar a ideia do BACF porque as políticas do país estão erradas. E enquanto se espera que se emendam, morrem as pessoas à fome, enquanto os comentadores enchem a barriga a falar mal da Jonet, que goste-se ou não, faz um pouco mais do que falar bem ou mal. É que falar bem temos o governo e toda a oposição. Quanto ao fazer, ninguém nos salva.
      Por isso prefiro Jonet’s mal intencionadas, a políticos bem intencionados. Lá diz o refrão: de boas intenções está o Inferno cheio.

      • de acordo com o autor do post? só podes estar com o cérebro alagado em diarreia oh Xico! onde é que está escrito no post que o problema é a caridadezinha? Queres explicar ou és mais um tipo aqueles clones do Passos Coelho cuja única função era armar a bandalheira nas redes sociais e blogosfera?

        P.S. Eu momento algum o BACF é atacado neste post. Isabel Jonet, por muito que a sua seita de seguidores tente desvirtuar o conteúdo deste post, é o único alvo destas linhas.

        • Não sou nem seguidor nem clone de ninguém e estou perfeitamente identificado. Penso pela minha cabeça e se concordar consigo não o escondo e se concordar com o Coelho, idem. Não sou dos que sou contra ou a favor porque sim. Julgo que nos meus comentários não há nada que possa assumir como bandalheira, nem tenho por costume misturar diarreias com a opinião dos outros. Se não ataca o BACF peço imensa desculpa por ter assim julgado. Quanto ao resto tenho direito, como qualquer outro, à minha opinião e se a hipocrisia de quem faz caridade (palavra tão mal interpretada) é muita, maior é a de quem critica sem nada fazer. Se precisasse (como já aconteceu) preferiria a hipocrisia daqueles. É tão simples como isso.

          • Tem Xico, tem direito a expressar todas as suas opiniões. só não tem é o direito de mentir sobre o que está escrito no texto, algo que fez quando me acusou de colocar a tónica do problema na caridadezinha quando o único problema que referi se chama Isabel Jonet.

            De resto, como pode o Xico apontar o dedo a “quem critica sem nada fazer”? Por acaso conhece as pessoas que aqui fizeram os seus comentários? Sabe se eles ajudam pessoas ou instituições? Pois, é fácil lançar anátemas para o ar…

          • João Mendes
            Como é evidente não o conheço a si nem aos restantes comentadores e por isso, como muito bem disse, não devo fazer juízos de intenções sobre os outros. Acontece que toda esta discussão é fútil e foi isso que quis criticar. Falar mal de uma pessoa que dispõe do seu tempo para se dedicar aos outros, foi desporto que sempre me tirou do sério. Não conheço Isabel Jonet, mas ela é uma figura pública sujeita ao escrutínio público ao contrário da maioria de nós. Não faço ideia da sua orientação política, mas suponho que tem todo o direito de ter uma e de não ter de ser insultada por isso. Sei, por experiência própria, que para quem não está habituado aos jogos retóricos se torna muito difícil estar constantemente a autocensurar as palavras que diz com medo que saia algo politicamente menos correto. Que direito tem o João Mendes de pensar que Jonet se aproveita do trabalho que faz para fazer a agenda do governo? Só porque foi infeliz nas palavras que usou e disse: apesar da recuperação económica? E se a senhora estiver a usar de ironia? E se houver recuperação económica?
            O problema é que muito do que Jonet diz, é o que se diz em conversas de café, quando vemos pessoas subsidiadas e desempregadas tomando diariamente o pequeno almoço na pastelaria. E turva-se-nos o discernimento quando no meio da miséria de crianças com fome na escola vemos outras que diariamente desprezam a cantina e almoçam no restaurante que prospera junto à escola, enquanto os pais vão de lancheira para o emprego. E não se pode acusar isto porque somos logo acusados de alinhar ideologicamente com o governo. Foi Mário Soares quem negou que havia fome em Setúbal. Foi Mário Soares que disse que nem no tempo de Salazar houve tanta fome. Nem Mário Soares consegue controlar bem o que pretende dizer, porque o haveria de fazer Jonet? Que programa ideológico se esconde neste ataque a Jonet?

      • Não é fútil Xico. E sabe porquê? Porque uma pessoa que ocupa a posição que Isabel Jonet ocupa e que em vez de uma posição de neutralidade face ao panorama político opta por fazer o papel de caixa de ressonância do governo é uma afronta a quem verdadeiramente passa dificuldades. Isabel Jonet teve facilidade em apontar o dedo aos portugueses por terem vivido acima das suas possibilidades mas se fosse uma pessoa mais honesta teria substituído essas declarações idiotas por outras mais ajustadas à realidade. Diria que os bancos viveram acima das suas possibilidades. Diria que os políticos viveram e governaram acima das possibilidades. Diria que as fundações e outros esquemas (atenção que não quero com isto dizer que todas as fundações são esquemas, acho que tem inteligência para chegar lá) viveram acima das suas possibilidades. Mas não, Isabel Jonet é incapaz de apontar o dedo ao regime, optando antes por culpar o português comum de ser um despesista porque comprava bifes e frigoríficos. A diferença é que este tipo de discurso entra enviesadamente nos ouvidos dos menos atentos, contribuindo para a proliferação da narrativa da culpa pela crise. Uma narrativa falsa que alguém que lidera uma instituição da importância do BACF não devia alimentar. Mas Jonet alimenta e não é a primeira nem a segunda e com certeza não será a última vez. A ver se mantém o mesmo tipo de discurso se este governo cair. Sabe quem fazia muita caridade no passado? O BES. E Ricardo Salgado não melhor ser humano por isso. É um carrasco.

        Mais: poupe-me dessa construção patética que é centrar a crítica no trabalho desenvolvido pela pessoa no âmbito do BACF. Você sabe perfeitamente que não é esse o seu alcance por isso não perca tempo com subterfúgios. A crítica aqui é muito clara por isso faça-me um favor e resuma-se a ela. Não quer falar sobre ela? OK, há outros tópicos noutros posts onde pode falar sobre uma multiplicidade de temas. E também pode falar sobre outros temas aqui, não vai é falar comigo com certeza.

        Ironia? Não me faça rir. Já são muitas situações, muitas ironias. Recuperação económica? Pois claro, as contribuintes holandesas do PSI-20 sentem essa recuperação, os banqueiros mafiosos com as suas isenções fiscais também. Eu não sinto. E sabe que mais? Farto-me de trabalhar e descontar para manter uma série de parasitas a caviar em Lisboa. E sim, também existem parasitas a viver de subsídios. Mas para isso existe um remédio: apertem-se as leis e o controlo da forma como esses subsídios são concedidos. Faz falta que a casta trabalhe sabe?

        Quanto a Mário Soares, é provável que o despreze bem mais que o Xico. Nem sei para que o trouxe para a conversa. Ah! Acho que já sei: como não alinho com o discurso do governo devo ser socialista. Ou comuna. Ou do Bloco. Não sou de nenhum mas não me importava nada de ter mais Marianas Mortáguas no Parlamento a “rebentar” com os boys do bloco central. Programa ideológico? Não tenho particular interesse por qualquer partido mas estou na luta pela pasokização do PS e do PSD. Quanto mais rápido isso acontecer mais rápido estes partidos começam a renovar-se e a limpar a escumalha. E quanto mais rápido fizerem isso maior a possibilidade de começarem a ter o foco no interesse nacional e não na sobrevivência da casta. E se isso acontecer, já é um avanço grande para o meu tempo de vida. É essa a minha agenda. Se acha que veio bater à porta do blogue com ligações terroristas a partidos políticos, que janta com candidatos a primeiro-ministro e que veicula propaganda cirúrgica enganou-se na porta. E estou certo que saberá em qual bater.

  11. tekapa23 says:

    E Vc., João Mendes, tem feito alguma coisa pelos mais necessitados, além de tentar deitar abaixo, com argumentos políticos, (despropositados, neste contexto e bastante afastados da realidade) as instituições que DESINTERESSADAMENTE tentam ajudar aqueles que mais precisam ?
    Diga lá à gente se já hoje ajudou alguém…

    • Dispenso exibições de altruísmo porque o verdadeiro altruísmo não pede nada em troca. A si tenho apenas a dizer-lhe que o seu argumento é reduzido a nada quando, à falta de um verdadeiro argumento, tenta colar a crítica presente neste texto às instituições quando NADA do que aqui está escrito configura tal coisa. A minha crítica é para Isabel Jonet não para o BACF ou para qualquer outra instituição. Boa tentativa, pode tentar outra vez!

    • joão lopes says:

      o texto critica a sociedade da caridade e o que está por tras disso.E tem muita razão:os provedores da misericordia ganham muito dinheiro e andam sempre de mercedes preto.Realmente a jonet faz caridade para que tudo fique na mesma.já agora os trabalhadores das grandes superficies ganham 505 euros…se calhar tambem precisam de…caridade.

      • Esses, como os restantes pobres, precisam de uma revolução de mentalidades em primeiro lugar, para uma mais justa distribuição da riqueza. Precisam que deixemos de frequentar as grandes superfícies aos domingos e feriados para que os trabalhadores possam gozar esses dias com a família. Precisam que ninguém fuja aos impostos. Precisam que haja coragem para acabar com offshores. Entretanto precisam de comer. Enquanto os revolucionários se preparam em frente do monitor para as batalhas futuras, as jonet’s têm de andar a pedir prá sopa dos outros. A Ucrânia, um paraíso de trigo, não teve essa sorte nos idos dos anos 30 do século passado. Não havia “burgueses” caridosos para os socorrer. Morreram esfaimados vendo a revolução passar com a sua economia devidamente planificada. Era mais importante obedecer aos planos do que matar a fome dos pobres.

        • Das comparações mais idiotas que poderia arranjar Xico, os meus parabéns, o prémio é seu.

        • joão lopes says:

          quem trabalha 12horas e não lhe pagam nem em dinheiro nem em tempo gozado,a não ser 505 euros,não quer estar,nem com a familia,nem com ninguem…

      • A malta do contra percebe isso João. A diferença é que a agenda por trás dos seus comentários não lhes permite ver essa versão. Claques são claques.

  12. José Seabra says:

    Convém não confundir alhos com bugalhos. A Jonet diz umas barbaridades, é verdade, outra coisa é o trabalho que faz, gratuitamente (isto é para os labregos ali em cima). O texto é completamente populista e afasta-se do objetivo para chegar a lado nenhum, mas o último parágrafo é corretíssimo e salva o dia.
    Já os comentadores são abaixo de cão. O que interessa neste momento é ajudar a COMER quem não tem, o resto são fanatismos ideológicos.

    • Não são. Uma pessoa que usa da sua posição privilegiada na sociedade para veicular ideologias políticas, ainda por cima à frente de uma organização de solidariedade, deve ser denunciada.

      O trabalho que faz não foi colocado em causa pelo texto. O que está a ser colocado em causa é este “estranho” alinhamento com o governo, que de resto não começou esta semana. A ela compete-lhe fazer o seu trabalho e, por uma questão de bom senso pela posição que ocupa, abster-se de tomadas de posições politico-ideológicas. Simples. Agora explique-me lá onde está o populismo neste texto. Ou foi só uma palavra que lhe veio à cabeça?

      • José Seabra says:

        Leia melhor o que escrevi.
        Ó meu caro, no fundo você tem razão, só é pena baralhar-se todo mais uma vez. E também lhe digo que não percebo que democracia é essa que defende que há pessoas que não podem dizer as asneiras que quiserem. Podem, e o exemplo é o seu texto..

  13. Mario Madeira says:

    era bom que explicassem a quem chega as ajudas porque aos mais pobres não é.
    uns a pedir para dar a outros , fica sempre alguma coisa no caminho.

    • Rui Silva says:

      Sobretudo quando é o estado a tratar do assunto.

      cumps

      Rui SIlva

      • Nascimento says:

        Olha o Ruizinho….eu não era para me meter na ” douta” discussão,mas, quando se trata do Ruizinho, é pá, nã resisto porra!!! Ai o “malandro” do ESTADO. Ó Ruizinho então os bolos?Tão bons? Vê lá , olha que ficas com os dentes podres…

  14. NIKO says:

    porque é que a senhora jonet não aconselha os banqueiros a roubarem menos e a descontarem mais sobre os lucros que têm .mas a caridade não pode acabar não é,depois o que faziam todos os que enriquecemá conta da miséria ,e olhem que não são poucos .

  15. Rui Silva says:

    A tática é :
    Não pratiquem caridade ( um dos mais belos gestos do género humano) , na esperança que as pessoas que necessitam de ajuda desesperem e votem nas “esquerdas”, que uma vez no poder vão diminuir o horário de trabalho da função pública.

    cumps

    Rui Silva

    • Isso saiu do conto para crianças passista que tem em cima da mesinha de cabeceira Rui?

      • Rui Silva says:

        Saiu do velho aforismo:
        “Pede o guloso pro desejoso”.

        Cumps

        Rui Silva

      • Nascimento says:

        Na mesinha de cabeceira? Quem? O Ruizinho? É pá, o gajo só tem lá bolinhos doces….é por comer tantos, que tem o cerebro assim….tadito, é uma cassete,até faz ” impressão”, nê?

  16. Quando é que esta MERDA desta srª se enxerga? Em vez de oferecerem massa, arroz, enlatados e azeite, ofereçam-lhe um espelho, c*ar*lh*! Só para omitir as vogais…

  17. Pronto! Escapo-me 1 vogal…

  18. Joana says:

    Medíocres são as pessoas que não ajudam quem mais precisa devido à presidente do BACF. Quem quer realmente ajudar não está preocupado com a presidente. Para além disso convido todos vocês que falam de cor, a fazerem voluntariado num dos muitos bancos alimentares com a fome. Criticar é muito fácil, mas tirarem o rabo do sofá e ajudarem nesta causa.

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