Carta muito franca e aberta às militantes anti-aborto

Cervatos erotico

Sexo é bom. Fazê-lo bem feitinho ainda é o melhor que levamos desta vida.

Compreendo que cada um é em boa parte a vida sexual que teve, ou no vosso caso não tem. Já não percebo como a ejaculação precoce, a frigidez, ou muito simplesmente a coisa mal feita pode levar alguém a militar numa causa de invejosas, sendo a inveja um pecado.

Sabeis, ó isildas, que o prazer obtido numa relação sexual não reprodutiva, vulgo queca, depende sobretudo dos vossos parceiros?

Homem que é homem tem cinco órgãos sexuais activos, por esta ordem: o cérebro, que trata dos outros, as mãos, que excitando nos excitam, a língua que opera milagres, a pele toda, excluindo talvez os calcanhares, e aquele que não sabeis denominar, seja ele pénis ou pila ou pixota, a tal parte que ejacula e reproduz a espécie. Falta um? falta: a alma, a paixão, o amor, ajudam, mas não são indispensáveis.

Também compreendo que quem nunca teve não sabe, logo inveja e persegue. A vida marital, o sexo reprodutivo, o compromisso assumido de quem mesmo não gostando é com quem casou que vai copular, mal e porcamente, o resto da vida, provoca distúrbios, e  toca de sublimar a frustração caindo em cima (salvo seja embora nalguns casos não vos falte vontade) de quem teve outra opção, e por alguma circunstância engravidou.

É aqui que abusais da paciência terrena, e nem aceito nem compreendo. Não tem uma mal fornicada qualquer direito de se meter com o corpo das outras. Já sei que ides falar do direito à vida, mas como não vos vi a caminho do Vaticano em fervoroso protesto quando o Catecismo legitimava a pena de morte, e ainda proclama uma aberração contra natura chamada castidade como virtude, ide pregar para outra freguesia.

É sexo que vos falta. Do bom. Tenho uma novidade para vos contar: nem é preciso procurar muito, há pela net fora muitas páginas que se dedicam ao encontro de amantes. Procurai o próximo, tende orgasmos, e não nos forniqueis mais o juízo.

PS – A quem achar este texto obsceno ou provocatório, tenho a dizer que foi inspirado pela peregrina ideia de obrigar uma mulher que quer abortar a assinar uma ecografia. Ao pé disto, sodomia forçada é brincadeira de crianças.

Fotografia: igreja de S. Pedro de Cervatos.

Comments

  1. joão lopes says:

    “as mãos, que excitando nos excitam,a lingua que opera milagres…” uau ,granda texto ,este texto é um desperdicio para as “santas ratinhas” mas é o maximo quem quer viver a vida como se a agua tivasse a acabar no rio tejo(depois de uma boa “transferencia de fluidos” nada como uma imperial e um pires da caracois):espalhem a palavra.Amen…

  2. Excelente texto. Subscrevo.

  3. Brites says:

    Que grande rabeta.

  4. “Sabeis, ó isildas, que o prazer obtido numa relação sexual não reprodutiva, vulgo queca, depende sobretudo dos vossos parceiros?”

    Soberbo

    • celia muniz santos says:

      O aborto aqui no Brasil so e qd ha casos de estrupo ou gravidez onde o feto tem uma má formacao .Eu li uma ma materia de uma criança cm apenas 10anos que o padrasto a estrupou recorreu aos tribunais para o aborto, mas com o passar dos meses nao conseguiu Cm sera a vida dessa criança gerando um ser,se nao houve respeito do autor So sente a dor quem passa pelo problema.

      • joão lopes says:

        os “envangelicos” do brasil estão a dar um pessimo espetaculo.apenas isto…ps.-aprenda a escrever…

  5. Pois eu e serei sempre contra o aborto.se sabes fazer tão bem sexo e eu tb sei devias saber que há métodos para se evitar uma gravidez indesejada. Sou contra o aborto e serei sempre

    • celia muniz santos says:

      O aborto aqui no Brasil so e qd ha casos de estrupo ou gravidez onde o feto tem uma má formacao .Eu li uma ma materia de uma criança cm apenas 10anos que o padrasto a estrupou recorreu aos tribunais para o aborto, mas com o passar dos meses nao conseguiu Cm sera a vida dessa criança gerando um ser,se nao houve respeito do autor So sente a dor quem passa pelo problema.

    • Já temos duas coisas em comum: também sou contra o aborto como método contraceptivo. Mas claro que o defendo se falhou a contracepção.

  6. Ricardo Lopes says:

    O texto está um mimo. Quase gemia a ler as partes mais sórdidas e, confesso, não desconhecendo em mim tendências de invertido, senti parte da minha pele ganhar vida “autónoma”. Porém, fiquei um pouco frustrado, quase como nos acontece quando acordamos no dia seguinte a uma grande bebedeira com uma desconhecida ao lado que, suspiraria eu, “ontem parecia-me tão boa!”. Ou seja, o estilo da mensagem é muito imberbe, fazendo-me recuar no tempo e às bocas que nós, então alunos adolescentes cheios de hormonas no cérebro a despontar a cada instante, face a uma repreensão da “stôra”, diziamos que a noite tinha sido má (e falávamos da suposta ausência de sexo para lhe compreender, mesmo antes de termos lido Freud, o mau humor). A IVG é outra coisa. Não é o direito à vida que está em discussão, para mim, “hic et nunc”. Acho inconcebível que nos tenham enganado. Não era nada do que se passa agora que nos tinham dito nas campanhas pró-escolha, em 2007, e nos tenham levado a votar SIM à legalização. Quando adoecemos e temos de ir ao centro de saúde e pagar pelos exames e pelas taxas moderadoras, ou quando ouvimos testemunhos de familiares e amigos a atravessarem periodos complicados, em que não conseguem pagar certas intervenções médicas, questionamo-nos como é que há dinheiro para abortos e não há para certos medicamentos? E todos estes amantes e amadores do sexo em modo “estação de comboios” engravidam ou deixam-se engravidar de forma infantil. O aborto não deve ser um método contraceptivo. Não concordo com isso. Sou a favor da despenalização do aborto. Quero e desejo que todos fodam bem e à grande e se chafurdem na foda da vida, mas que não me venham desviar os dinheiros dos impostos para isso. Eu se me quero redimir de uma dieta abundante em sal, que me tenha feito disparar a tensão arterial, não vou exigir que o Estado me pague os medicamentos, certo? Fodam mas deixem de estar fodidinhos da cabeça, right?

    • Tanta conversa para acabar com a paneleirice do costume.
      Os impostos servem para o bem comum, não para dar satisfazer crenças religiosas. E já agora, levar a gravidez até ao fim fica muito mais caro ao estado que um aborto.

      • Ricardo Lopes says:

        1. Usando os seus argumentos, chamar à colação a “paneleirice” pode ser um sinal de que o senhor é um Isildo que anda a viver a privação da sodomia.
        2. Se ler o meu comentário com atenção e despojado da retórica pseudo-freudiana, não verá nada de religioso. Já ultrapassei essa diminuição intelectual – i.e. a de analisar questões éticas a partir da religião.
        3. Ok! Vou aceitar que o meu comentário se assemelha a um coito interrompido. Desta feita, até aceito o desafio de pôr de parte a questão dos impostos e o blá blá blá dos consumidores de pornografia e do onanismo intelectual. 🙂 E até vou ajustar-me à sua retórica para que seja compreendido, sem tabus nem receios. (Passar ao ponto 4)
        4. Se quer falar do errado que é fazer chantagem psicológica e submeter às futuras mulheres que recorrem à IVG à tortura da culpa, então pergunto-lhe: poderá uma mulher, totalmente consciente de que a IVG nada tem de errado, sentir-se culpada ao ver uma ecografia? Vejo muita gente a fazer ecografias ao coração, talvez Putin já tenha feito bastantes, e estou longe de considerar que ele tenha coração. Portanto, que está lá qualquer coisa, lá isso está; se essa coisa é uma mera coisa, cabe à mulher decidir se pretende desembaraçar-se dela ou não. Restringir o problema etico do aborto a uma queca bem dada a uma mal dada é digno de um sketch, mas impróprio para quem quer analisar este assunto de forma séria, racional e lógica.
        P.S. (I mindfucked you): Se o seu texto foi apenas uma experiência humorística, parabéns, teve muita piada.

        • Vou-lhe explicar muito devagarinho o que penso da canalha que quer obrigar uma mulher, que atravessa o enorme sofrimento de ter de fazer um aborto, a assinar a ecografia.
          Miseráveis como você ficavam de plantão no consultório. Feita e impressa a ecografia, levavam com ela pelo recto acima, sem vaselina.
          Depois tirava-se, lavava-se, e a mulher assinava. Talvez aí percebessem o que significa dor, e onde está o problema.

          • Ricardo Lopes says:

            Achtung, klein Junge! A primeira regra da argumentação é não diminuir o adversário e, em vez disso, discutir o tema e não quem o defende. Quem infringe esta regra, comete a falácia de ataque à pessoa. Mas o jovem aspirante a blogger preferiu a piada entediante a ideias que possam ser discutidas. Assim sendo, desisto de perder o meu tempo consigo.

            Só para finalizar: o aborto é passível de ser objecto de sofrimento psíquico para a mulher. Acha mesmo que muitas das jovens que (não deve conhecer nenhuma!), menores de idade, chegam a fazer 2 abortos por ano (e isto não é demagogia, consulte os dados disponíveis nos hospitais), sentem culpa, remorso, arrependimento? Essas ditas jamais se arrependerão, mesmo que vejam a ecografia. Em suma, quem solicita a IVG de ânimo leve deve ser orientada de modo a que a sua decisão seja “irrevogável”. Deve saber que há mulheres que se arrependem e interrompem a sua vida em depressões. Deve saber que outras há que não têm remorso nenhum. E, “achtung!”, se me diz que não têm remorso é porque me vai de seguida tentar provar que o hominídas são bonzinhos, castos e puros, por natureza… brrrrr! Não engulo esse comprimido.

            Enfim! Desculpe estar a incomodá-lo com as minhas dúvidas, mas foi a certeza com que escreveu que me fez tentar embriagar-me com a verdade. Porém, constato, que não estamos assim tão distantes em termos de ignorância nesta matéria.
            Bons textos!

          • Pois eu conheço 2 mulheres que após terem feito IVG sem o minímo de reflexão, consumiram-se em remorsos pela ligeireza com que decidiram. Não se está a proibir ninguém de decidir. Pede-se simplesmente que haja a ponderação que esta escolha exige.

          • Argumentações trocam-se entre pessoas racionais, e com um mínimo de sensatez. Com quem se borrifa para o sofrimento de uma mulher, mistura excepções com a regra, e não para de repetir a cartilha do costume, não há troca possível. Com canalhas não se discute.

          • Susana, você acha que alguma mulher aborta sem ponderar? e pensa que alguém acredita na sua peta? pois se acha é uma rematada idiota. Uma besta insensível. Vá fornicar, pode ser que melhore.

          • O mal desta sociedade é que haja quem, em nome da liberdade, não admitam opiniões que, ainda que respeitadoras das liberdades do outro, sejam diferentes da sua. Como “pluralista” que se diz devia entender a dúvida e a reflexão como algo positivo.

          • Ricardo Lopes says:

            Susana, não vale a pena! Estou a tentar perceber isto de ser “blogger” e acho que é só para passar o tempo e mandar uns “bitaites” porreirolas para acompanhar a “jolas” e os olhares libidinosos às pernas da miúda que vai a passar.

            A acne mental, cara Susana, não se cura com a idade. 🙁

          • Nem sei porque ainda lhe dei mais uma vez o benefício da dúvida, que talvez agora soubesse ser minimamente educado. Já tinha dado anteriormente provas de uma arrogância que envergonha qualquer causa ou blog.

          • Fale do que sabe e do que conhece. Que arrogância a sua que nem admite que haja mais mundo além do seu e dos seus amiguinhos!! Pelos vistos é um círculo onde qualquer dúvida, qualquer opinião divergente é corrida a insulto e pontapé. Vá aprender a ser democrático antes de falar em liberdade.

        • Limite-se ao seu pequeno mundo. Quando lhe digo que conheço estes 2 casos, é porque conheço. A sua arrogância intelectual é que acha que conhece o mundo todo. De resto seja ordinário com a sua mãezinha ou para quem lhe der ouvidos. Ignorante que não sabe distinguir liberdade de abuso sobre os outros. Tudo consonante com o teor do seu texto.

          • E pronto, o puritanismo moralista dos cruzados de serviço veio à tona.
            Chegam, insultam milhares de mulheres, ainda choramingam sobre a liberdade (ora quem) e terminam por confessar que o texto lhes passou pelas orelhas e qual barrete o enfiaram até aos pés. Na mouche.

    • Ricardo Lopes says:

      Caro, JJC,
      Está a esquecer-se de um pormenor. Reconheço que as mulheres (nem todas!) sofrem. E viva à liberdade sexual, pim!

      Sofrem aquelas que ao lado, em vez de terem um homem que lhes desse segurança, as convenceu a abortar, pam!

      Sofrem mais as que querem ser mães, mas só arranjam quem as penetre, e viva ao sexo livre. Pum!

      • Saiste um bom Dantas. Ainda acabas na Ceia dos Cardeais.

      • Ricardo Lopes says:

        E agora, permita-me, como leitor compulsivo, um conselho para se esmerar enquanto “blogger”. Se quiser ser o pipoco-mais-doce da WWW, não precisa de penar mais. No entanto, se aspira a ser alguém que escreve com a cabeça de cima sobre temas criados pela cabeça de baixo, talvez seja melhor colocar um preservativo no seu teclado. O que escreveu, sobre um dos temas mais desafiantes para a consciência moral, merecia ser “ecografado” só para não se esquecer que IVG não é o mesmo que uma partida entre o SLB e o Paços de Ferreira.

        • Obrigado pelo conselho. Será devidamente utilizado na casa de banho, num dia que o papel falte.
          E agora vá combater o amor livre para outro lado, que já dei para o peditório, e a casa é minha.

          • Ricardo Lopes says:

            O amor livre, nunca o combaterei.
            Enganei-me na porta, porque pensava que estava a combater o sexo livre (no sentido de irracional, compulsivo e inconsequente).

          • É a mesma coisa, idiota. O sexo que os outros fazem não te diz respeito, ó metediço.
            Trata da tua vida, que os outros tratam da sua.

          • Ricardo Lopes says:

            [Gargalhada mastodôntica]

            1. Meu jovem! Ainda estás na fase “homo erectus”, daí não podermos comunicar. Aguardarei pacientemente pela tua evolução e metamorfose em “Homo sapiens sapiens”.

            2. “(…) ó metediço. Trata da tua vida, que os outros tratam da sua.” Que bela sentença extraída da “ágora” mais vil. JJC, tu é que levantaste um assunto ético, e limitei-me a usar as ferramentas para o tratar (argumentos!). Estás já a puxar demasiado pelo prepúcio e mesmo assim não sai nada! Pobre rapaz! É que, ouve lá, andaste na escola? Não aprendeste que ética e moral não são a mesma coisa. A moral não discuto e até me dizem que a esse respeito sou um iconoclasta. Ética, sim, essa discute-se. Talvez quando acordares do teu sono castrador e limitador da liberdade cívica dos outros, possas compreender que viver em sociedade implica tratarmos de assuntos que nos interessam a todos, e ao nosso “bem-estar” (como há pouco disseste, lembras-te?).

            3. Só se apregoa o que não se tem.
            3.1. Apregoas a liberdade, logo não a tens.
            3.2. A liberdade é a fronteira que separa a selva da civilização. Os não-livres estarão na selva, os livres não.
            3.3. A liberdade é arma perigosa para os incautos. Se lha derem, eles destroem-na com a sua arrogância e despotismo.

            Pensa nisto, jovem aspirante a “blogger”! 🙂

        • maria says:

          Sexo livre, irracional e inconsequente é mau, Ricardo? Por isso é que a Susana anda tão irritada.

          • Ricardo Lopes says:

            Não, claro que não maria. Passe-me o seu número que ando a precisar desse sexo livre, irracional e inconsequente. Mas ao longo dos anos as mulheres mostraram-me que não me era permitido permitir a mim mesmo esse tipo de sexo. Ora, parece que as suas congéneres me efeminizaram e espero que seja a maria a devolver-me a masculinidade de um momento selvagem, livre, irracional e primitivamente inconsequente. ‘Bora lá?

          • Este discurso de liberal bacoca e um monte de doenças venéreas só lhe ficam bem numa inconsequente troca de comentários sobre um artigo com umas bujardas que dá em todos que não professem a sua ditadura. Espere mais um pouco que há-de ter o seu coro de aplausos e pode dormir feliz. Depois partilhe no facebook para que todos vejam como é cool.
            Quando tiver coragem para reflectir como pessoa e sobre pessoas com outros orgãos além dos sexuais, pode ser que consigamos chegar a um diálogo saudável. Mas se tudo se limita a uma discussão da escala das revistas tipo Happy, com títulos bombásticos para mulheres pseudo-emancipadas, desculpem lá que estou aqui por engano.

        • maria says:

          Lamento, kleine Junge. Pelo que li de ambos, o autor do post parece-me muito mais prometedor.

          • Ricardo Lopes says:

            Nem podia esperar outra coisa. 🙂 Pelo menos é coerente.

  7. Não percebi se quem escreve é a favor do aborto a favor da queca! Aquela coisa que os animais fazem por instinto ou necessidade fisiológica… Com tanta forma de não engravidar, usar-se o aborto como desculpa duma foda mal dada, além de medíocre é estupidez. E já agora caro senhor, a vida dos que não dão umas quecas, é uma opção, assim como o inverso. Nada neste mundo lhe atribui a autoridade de criticar os outros. Quem é contra o aborto, é quem não é que não seja. Afinal cada um vive e tem da vida aquilo que quer e escolhe, por isso remeta-se às suas e não diga asneiras!

    • Pois não percebeu. É outra coisa que falta a muita vida sexual e que se reflecte depois nos opinares: capacidade de perceber os outros. Seja o que escrevem, seja o que gemem.

      • O autor deve andar com problemas na sua vida sexual para haver necessidade de tal alarido sobre as suas proezas, só pode.
        Eu cá não vinha ao Aventar na expectativa de encontrar aqui uma revista Maria mas está visto que este Zézinho usa este espaço para mandar bitaites sobre a sexualidade dos outros com base na sua própria pobre e limitada vivência.

  8. João Barreto Faria says:

    Há muito tempo que não lia nada que me irritasse tanto! Será que não conseguem dar uma queca como deve ser sem terem que matar alguém depois??. .. Não é assim tão difícil, porra!…

  9. A. Arroba says:

    excelente post.
    excelente.
    a excitação destes Susana VCs e Ricardo Lopes assim o comprovam.

  10. Se um aborto é de graça, porque raio tenho de pagar os preservativos?

  11. Carta muito fraca… argumentos inexistentes.

  12. João também há, como fica demonstrado pelos comentários, militantes anti-aborto do sexo masculino, pelo que podias mudar o título do post. Quanto ao resto, eu não apresentaria a questão assim (não sei se há uma relação direta – e desconfio que não haja – entre pessoas ‘mal fodidas’ e militância anti-aborto)… o que sei, os dados estão disponíveis, é que desde 2007 o número de mulheres que abortam tem vindo a diminuir, o daquelas que morrem (ou morriam) em consequência de um aborto realizado em más condições também diminuiu…. o que sei é que nenhuma mulher faz um aborto de ânimo leve e que raras serão as que o usam ‘como método contraceptivo’ (ideia muito estúpida dos/as militantes anti-aborto, esta, porque conhecem um caso ou outro de mulheres que fizeram mais que um aborto e, sabemos todos, que isso fura e se sobrepõe a todas as estatísticas e estudos a demonstrar o contrário). Obrigar uma pessoa que faz um aborto (e repito que nenhuma mulher o faz levianamente) a assinar uma ecografia é bárbaro e nem sequer é pedagógico, como é evidente… não sei se quem engendra estas ideias é ‘mal fodido/a’, mas é estúpido e profundamente desumano, isso é certo.

  13. Eh lá, João José Cardoso! Completamente… “sem papas na língua”!
    Um magnífico e ousado recado às “militantes anti-aborto”!
    Mas olhe que o problema delas pode ser tão somente a falta de VISÃO, de percepção e de sensibilidade… defendem a preservação dos valores ditos tradicionais e não pecaminosos, e, por isso mesmo, tampouco valorizam aquilo que classificam como modernices; apontam o dedo, lançam pedras, estigmatizam, segregam, quiçá, até num fundo de maléfica hipocrisia (?!) só para fazerem denotar que são conservadoras e exímias defensoras da moral e dos bons costumes!
    Por conseguinte, citando-o epsis verbis, essa teoria do: “É sexo que vos falta. Do Bom (…)”. pode não ser bem assim; ainda que, concorde, quando afirma: “não tem uma mal fornicada qualquer direito de se meter com o corpo das outras”.
    Para colmatar, eis senão que, apresenta-nos, a meu ver, o ex libris do seu texto, uma soberba frase, quase em sátira poética:
    “Sabeis, ó isildas, que o prazer obtido numa relação sexual não reprodutiva, vulgo queca, depende sobretudo dos vossos parceiros?”
    É caso para se dizer:”Hip-hip-hurra! Hip-hip-hurra”!
    Coloquemos então mais umas achas na fogueira recordando:

    Madonna – Like A Virgin (Truth or Dare) Blu-ray
    https://youtu.be/BCm-L62FEbk

    Parabéns pelo artigo! 🙂

    Beijinhos

    Paula Pedro

    • josé costa says:

      Não fosse o devasso comentário desta interveniente, irremediavelmente perdida nesta estrada da vida, erguendo em triunfo as cuecas da Madonna, sem prejuízo de o seu cérebro transbordar de esperma, implicitamente fazendo apelo às tais quecas descompromissadas, estaríamos aqui num fórum interessante, mesmo temperado com molhos picantes e porque não dizer, com laivos de devassidão, atentando contra todos os princípios estruturantes de uma sociedade humana… Não sou misógino, mas devo dizer que me repugnam mulheres assim.

  14. Jorge Matias says:

    Quem pode defender a sua liberdade com o assassinato de alguém que é fruto da sua mesma liberdade ? Não coloco neste pacote aquelas mulheres vitimas de violação. Como pode um país, uma democracia, patrocinar o assassínio de alguém que não lhe é conhecido qualquer crime ? Quem tem a desplante de defender um crime em troca da queca que deu na sua perfeita liberdade ?

    • Criminoso é você. Tenta assassinar os que têm uma vida sexual diferente da sua, uma moral diferente da dos seus preconceitos, quer impor aos outros os seus usos e costumes. Não passa de um polícia de costumes.
      É um perfeito herdeiro do Tribunal do Santo Ofício. E não tem vergonha na cara.

  15. josé costa says:

    Sodomia
    Conjugação sexual anal entre homem e mulher, ou entre homossexuais masculinos
    – Amorzinho, quero sodomizá-la hoje…
    Não! Positivamente, não soa bem. Frio, distante, erudito demais.
    – Meu bem, quero comer a tua bunda.
    Também não. Rude, vulgar, grosso! Talvez a melhor abordagem seja a de manifestar o interesse mediante apalpadelas. A resposta não tarda:
    – Tira esta mão daí! Podes ir tirando essa ideia da cabeça!
    Que mistérios guardam este ato? O que não deveria ir além de uma preferência anatómica, ou de variações sobre um tema, é, na verdade, um assunto extremamente polêmico. Prostitutas cobram mais para oferecer tais serviços aos clientes. Muitas mulheres casadas não aceitam sequer tocar no assunto com os respetivos maridos.
    Solteiras ou casadas, as mulheres são, em geral, refratárias à ideia de “tocar a música do lado B”. Compreende-se que algumas mais idosas ainda se atenham à crença de que se trata de uma imundície, herança dos padrões vitorianos que condenaram Óscar Wilde por praticar “o amor que não ousa dizer o próprio nome”. Princípios religiosos também apoiam esta resistência para aquelas que fingem que só fazem sexo para procriar, muito embora cercadas de cuidados como preservativos, pílulas e outros contracetivos. Há, também, as que acusam o coito anal de ser uma prática bestial, pois a mulher submete-se sem o direito de olhar o parceiro nos olhos, precisando virar a cabeça para beijar. Estas são claramente carentes de experiências com parceiros mais inventivos.
    Faltou-lhes a oportunidade de oferecer a retaguarda ao parceiro mantendo-se em posição de frango assado frontal. A leitora deve estar-se excluindo de todas estas categorias, pois julga-se experiente e sem preconceitos. Uma mulher liberal, moderna, portanto. Seu tipo, então, alinha-se numa última trincheira: a das que alegam causas físicas bastante simples e que se tornam argumentos convincentes: Dói! Mas como? Em plena era de lubrificantes sexuais eficientes, sem cheiro, Dói?
    Considerem-se as relações que envolvem prazer, afeto e amor entre dois indivíduos do sexo masculino. Se a penetração fosse, de fato, algo tão doloroso e desprovido de satisfação para a parte passiva, como querem atribuir-lhe as mulheres, teríamos que considerar que as distinções entre os corpos masculino e feminino vão além do que a medicina trata como carateres sexuais. Como sou espada, não estou aqui para experiências comparativas. E não sendo médico, não posso emitir qualquer juízo sobre esta questão.
    Falando francamente, prefiro crer numa causa mais voluntária e menos natural para a rejeição ao coito anal. Algo de maquiavélico, de mefistofélico. Uma conspiração feminina universal e tácita para reduzir os homens à mera condição de procriadores. Com a disseminação da técnica da fertilização in vitro, os bancos de sêmen serão a solução para um mundo dominado por mulheres cada vez mais executivas, cada vez mais auto- suficientes. Os homens seriam guardados em currais e apenas os melhores espécimes seriam bem cuidados para prover generosas quantidades de sêmen de modo a perpetuar a civilização de novas amazonas. É preciso que os homens se mobilizem para impedir esta tragédia. Não queremos o poder. Ele corrompe e preferimos manter-nos moralmente íntegros. Não queremos a chefia da família. Contas para pagar dão muita dor de cabeça. Atender às convocações de reuniões de condomínio não é uma responsabilidade gratificante. Aceitamos tranquilamente que as mulheres passem a cuidar das finanças domésticas, que consertem o carro, que troquem lâmpadas, que removam sifões das pias, desde, é claro, que não se omitam com as tarefas básicas como lavar e passar roupa, cuidar das crianças, preparar nossa comida.(ideia machista) Queremos, sim, o direito a sodomizar regularmente nossas queridas esposas, namoradas, amantes e amigas. Queremos sentir as nádegas acolchoadas amortecendo os impactos de nossa virilhas em seus corpos. Queremos ter direito a entretenimento sadio mesmo naqueles dias. Queremos o livre acesso da porta dos fundos, por onde nenhum bebê vai nascer e interditar a área de lazer. Queremos o direito de penetrar por trás para poder ver o jogo de futebol na TV ao mesmo tempo.
    Leiam Marquês de Sade…

    • Oh criatura, desculpe(!), sr. José Costa, explique-me, como dizem os anciãos da aldeia das minhas raízes: “o que é que o cu tem a ver com as calças”? Que é como quem diz, explique-me como se eu fosse muito burra, qual é a correlação entre a “carta às militantes antí-aborto” e as suas preferências sexuais, sobejamente orientadas para a prática do sexo anal (?!), a avaliar pelo que reitera na sua argumentação: ” Queremos o livre acesso da porta dos fundos, por onde nenhum bebê vai nascer e interditar a área de lazer. Queremos o direito de penetrar por trás para poder ver o jogo de futebol na TV ao mesmo tempo.”
      Ponto 1 – Marquês de Sade, nada tem a ver com a temática em enfoque.
      Ponto 2 – Vossemecê mais parece obcecado com o livre arbítrio das práticas sexuais, do género banalize-se a “coisa”, o que em nada, mas absolutamente nada, interessa ao assunto que se está a abordar.
      Veja lá isso amigo!… Há terapias de todo recomendáveis!…

  16. josé costa says:

    Jovem, tem tudo a ver, senão, atente no que a seguir é dito pelo autor da carta:

    “Sexo é bom. Fazê-lo bem feitinho ainda é o melhor que levamos desta vida.

    Compreendo que cada um é em boa parte a vida sexual que teve, ou no vosso caso não tem. Já não percebo como a ejaculação precoce, a frigidez, ou muito simplesmente a coisa mal feita pode levar alguém a militar numa causa de invejosas, sendo a inveja um pecado.

    Sabeis, ó isildas, que o prazer obtido numa relação sexual não reprodutiva, vulgo queca, depende sobretudo dos vossos parceiros?

    Homem que é homem tem cinco órgãos sexuais activos, por esta ordem: o cérebro, que trata dos outros, as mãos, que excitando nos excitam, a língua que opera milagres, a pele toda, excluindo talvez os calcanhares, e aquele que não sabeis denominar, seja ele pénis ou pila ou pixota, a tal parte que ejacula e reproduz a espécie. Falta um? falta: a alma, a paixão, o amor, ajudam, mas não são indispensáveis”.

    Depois, atente naquilo que eu escrevo, que é justamente, para incrementar os vossos prazeres sexuais, sem o compromisso de emprenhar, logo, afastar o fantasma do aborto.
    Há para aí muitas “Isildas”.
    Por fim, este texto está carregado de sodomia e nada tem de pedagógico para as mulheres sejam elas militantes do movimento anti aborto, ou pro aborto. O aborto deve ser permitido como exceção e não como regra. E a partir desta frase, dissecando-a, então o autor tinha campo para fazer jus à sua escabrosa opinião que respeito.
    Depois, não faça afirmações, tais como, imputar que gosto de sexo anal.Está exatamente a interpretar ao contrario. Gosto de tudo o que a mulher bela tem para oferecer, mas por aí sei que não vou. Isso é para as “Isildas”
    Termino solicitando-lhe uma terapia…

    • Ó Costa, eu nem estava para lhe explicar o óbvio, mas já que insiste, é muito simples: a sua obsessão com a sodomia é um problema seu e de quem consigo a pratica. Fique bem claro que não tenho nada contra os homossexuais, cada um sabe de si. Escusa é de dar conselhos aos outros.

    • – Ai sim?… Solicita-me uma terapia?
      Olhe amigo, tão simples quanto isto: aquela e apenas aquela que o fizer mais FELIZ, sem tampouco se importar com o que os outros pensam ou falam a respeito das suas escolhas.
      Agora, não chateie a “moleirinha” a quem tiver uma opinião divergente da sua, no que diz respeito à interpretação do artigo publicado.
      – Fiz.me entender, agora?

      • josé costa says:

        Meu caro amigo Cardoso. Tens aqui uma claque de alto gabarito.Teve uma atitude reprovável , desancou-me não sei bem porquê! O artigo também tem a sua assinatura? Mulher de baixo nível, arruaçeira.

      • josé costa says:

        Não fosse o devasso comentário desta interveniente, irremediavelmente perdida nesta estrada da vida, erguendo em triunfo as cuecas da Madonna, sem prejuízo de o seu cérebro transbordar de esperma, implicitamente fazendo apelo às tais quecas descompromissadas, estaríamos aqui num fórum interessante, mesmo temperado com molhos picantes e porque não dizer, com laivos de devassidão, atentando contra todos os princípios estruturantes de uma sociedade humana… Não sou misógino, mas devo dizer que me repugnam mulheres assim.

  17. josé costa says:

    Meu caro amigo. Devo dizer-lhe que sou homofóbico, para o contrariar mais uma vez. Gosto muito de uma boa ratinha, com um triângulo peludo e o papo altinho. Depois, não dei conselhos, apenas meti a colherada, opinando. Dos prós e contra o aborto disse nada, percecionando eu uma preocupação latente que tem mais a ver com o “modus operandi” de exercitar o ato sexual, o prazer da carne. Reitero que não dou conselhos seja a quem for e fique ciente que gostei das suas “Isildas”.
    Continue a escrever…

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