Não confundir canalhas com Vila Flor

O meu companheiro de blogue João Mendes já escreveu sobre o tema aqui em baixo. Além de subscrever, não posso deixar de acrescentar.

Quem são estes filhos da puta (pedindo desculpa às ditas pela ofensa de os apontar como seus filhos) que se dedicam a semelhante? Tradição? Não brinquem comigo. Isto é selvajaria e é crime. E não confundir esta meia dúzia de selvagens com a população de Vila Flor.

Isto é um bando de rasteiros. Isto é tropa do mesmo calibre daquela outra que se embebeda e termina a noite a espancar as mulheres e os filhos. São os mesmos que abandonam os cães no meio do monte depois de um dia de caça. O  problema é mais fundo e grave. Existe um número, nada pequeno, de “pessoas” que gostam e retiram prazer de todo o tipo de selvajaria contra os animais. Aqueles que carregam no acelerador quando um gato atravessa uma estrada, que pegam numa pedra quando vislumbram um gato num muro, que se dedicam a fazer pontaria a cães e gatos com a sua arma de chumbos ou a enfiar a cabeça de uma galinha num buraco de terra. Normalmente são os mesmos que gozam e batem nos mais pequenos, humilham as namoradas ou mulheres e no auge da sua cobardia praticam todo o tipo de selvajarias aos mais idosos e indefesos. São escumalha que anda no meio de nós, a maioria das vezes sendo nós cúmplices pelo silêncio, pelo “deixa andar” ou pelo tradicional “entre homem e mulher, ninguém meta a colher”.

Desta vez, a coisa foi filmada. Desta vez, é possível identificar autores. Desta vez, a justiça terá de ser feita. De forma civilizada. Mesmo que a nossa vontade primitiva fosse atar um pano encharcado em álcool aos tomates destes cabrões e chegar um fósforo. Como não somos iguais, nem queremos ser, vamos aguardar que as autoridades façam o seu trabalho. Rapidamente.

Comments

  1. Obrigado pelo toque. A revolta levou-me a fazer uam generalização grosseira…

  2. Aventanias says:

    É hediondo. Estes novos inquisidores mereciam que lhes regassem os pentelhos com álcool e lhes chegassem um fósforo ( estou a ser brando) .

  3. Júlio trindade says:

    Claro que há excepções honrosas e humanas, pessoas boas e civilizadas, mas que a grande maioria e pelos vistos a população é de cento e picos habitantes, e pelas imagens estariam lá esses ou mais, a regozijaren se, deviam ir todos eles para uma fogueira para sentirem o que o animal sofreu, esse inocente que não faz mal a ninguém, só quer viver a sua curta vida.

  4. J.Luis says:

    pois… mas quem cala consente — era uma festa popular, havia lá certamente muita gente a assistir, mas quem presenciou não teve “tomates”, ou pelo menos cultura cívica para se opor… cobardes…
    BOICOTE TOTAL a essa aldeia de idiotas!

  5. Fica bem tanta “humanidade que também comungo. Mas para os defensores de causas nobres ajuda a clareza de ideias escutar o que disse a dona de alguns dos gatos usado na celebração. E o que pensam as pessoas que querem manter as tradições, sem negarem que se possa retirar o que seja deslocado nos dias que correm.
    Peguem na maioria das religiões e usem o mesmo rigor e escrupulo e tragam para o debate assuntos realmente importantes. para quem não ouviu disse a dona : “o gato fui eu que dei e nem chamuscado ficou; já tenho dados gatos que ficam com o pelo ligeiramente chamuscado quando andam a correr na praça, mas todos gostam dos meus gatos e não lje fazem mal nenhum.”

  6. Ausente says:

    Eu acho que a tradicao se deve manter, que diabo Portugal e’ um pais democratico.
    Sugiro que num ano seja um gato e no ano seguinte um habitante.

  7. Estão passadas quase 24h quando tomei conhecimento do post. Não vou tecer opinião sobre o gato; tal é consensual.
    Apenas quero dizer ao autor do post que vi um comentário apagado de alguém que utilizou apenas e só, um termo igual ao utilizado no post.
    “Termos desses escritos num post e por extenso…”

  8. niko says:

    aposto que é pessoal que vai á missa todos os domingos .

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