Alex Tsipras resumiu numa frase, “a situação é má, mas a alternativa seria pior”. Isto é um aviso à navegação, o referendo acabou por ser uma vitória de Pirro que retirou qualquer margem negocial ao governo grego, após recusar as propostas da U.E., acabou por ser obrigado a apresentar propostas e ceder em toda a linha. Importa agora acompanhar os próximos dias em Atenas, havendo já quem avance com a possibilidade de antecipar eleições. A conclusão a retirar é que a melhor alternativa à austeridade é manter as contas em dia, evitando políticas economicamente expansionistas que levem ao endividamento excessivo.
O endividamento já é excessivo, graças aos responsáveis PASOK e ND. Cortar mais no PIB não vai resolver coisa nenhuma, muito pelo contrário, vai tornar as coisas muito piores na próxima crise já a chegar.
Dificilmente a alternativa me parece pior, porque o que resulta a seguir é a Aurora Dourada, a Frente Nacional e demais clones.
E alternativas? Impossível dar ao Syriza o objectivo pretendido, sejamos realistas. Pessoalmente não acredito que este acordo seja cumprido, isto se chegar a entrar em vigor… Mais cedo ou mais tarde a Grécia acabará por sair do Euro.
Tal como Portugal e mais uns quantos, já devia ter saído em 2010 quando tinha melhores condições. Assim, quando acontecer, vai ser cada vez pior, se for depois de rebentar a próxima bolha então ainda mais impressível será.
Errado Nightwish, quando Portugal sair do euro será o desgoverno total.
Se este seu palpite estivesse correto, não tínhamos falido 2 vezes nos 10 anos anteriores á entrada no euro ( uma bela média de uma falência cada 4,5 anos!).
cumps
Rui SIlva
Temos tido um défice da balança comercial médio de 10% ao ano, o que dá uma falência a cada 10 anos. Continuamos com elevado défice da balança comercial e a dívida disparou, não chegando o crescimento para pagaro os juros. É uma questão de anos até falirmos de novo.
Não. A média agora após euro é que será de 10 anos. Antes da entrada do euro a média era menor.
cps
Rui Silva
Será o desgoverno total porque não nos preparamos para fazer o que é racional, no mínimo, economicamente.
E estou-me a marimbar se falíamos a cada 10 anos, pelo menos não significava a destruição do país como significa a austeridade interminável do TO.
“…estou-me a marimbar se falíamos a cada 10 anos, pelo menos não significava a destruição do país…
Caro Nightwish,
” Falência do País” e D”estruição do País” são sinónimos.
Para si, já vi que o que interessa, “são as pessoas não é a economia”….Como agora andam para aí uns iluminados a dizer, como se os números não fossem o resultados das acções das pessoas.
cumps
Rui SIlva
Ai sim? Tinha havido alguma diáspora dos melhores nessas falências? Tinha-se vendido tudo ao desbarato? Ficamos com a educação, a saúde e a justiça completamente destroçadas?
Opah, fico muito mais calmo, afinal reconstrói-se o país em 10 anos! Ai, não, espere, a austeridade é até 2050… bem, se calhar não, então.
A austeridade actual deve-se ao endividamento passado desses tempos “aureos”.
Mas você tem um bom remédio. Nas próximas eleições vota p.e. no BE e eles acabam de imediato com a austeridade. Veja o que está a acontecer na Grécia,…
Cumps
Rui Silva
E se você quer austeridade enquanto metem ao bolso e asseguram tachos, já tem muito mais por onde escolher.
Se você pretende acabar com o “meter ao bolso” tem que “cortar as mãos” ao politicos.
cumps
Rui SIlva
Eu por mim cortava-lhes a cabeça ou enforcava-os, o que desse menos trabalho.
Já o Rui gosta de votar nas negociatas. Bom proveito.
“Nunca miais aprendem, que para distribuir , temos que primeiro criar…”
hahaha!
e a “austeridade expansionista” criou exactamente o quê?
mais dívida..
A austeridade é o resultado da distribuição sem a correspondente criação de riqueza, que como qualquer pessoa racionalmente percebe, deve ser anterior á distribuição.
cumps
Rui Silva
Errado. A austeridade é uma forma de desvalorização do trabalho como forma de equilíbrio das contas públicas. Nas duas anteriores falências isso foi feito pela desvalorização da moeda. Agora tal não sendo possível, foi feito com a desvalorização do trabalho.
Para transferir a riqueza e os meios de produção para o estrangeiro, diga-se.
Gostava de perceber o que é que o NightWish pretende dizer com esse comentário….
Dádivas de empresas estratégicas a estados estrangeiros, por exemplo.
Não é do meu conhecimento nenhuma doação …
Vivemos em paises diferentes ?
cps
Rui Silva
Se se vende por menos do que uma empresa faz no ano continuando a assumir todos os prejuízos, acho que posso chamar de oferta.
Caro Nithwish,
O valor de uma empresa não é o “que ela faz num ano”. Lamento informa-lo que a economia popular não ajuda muito. Apenas serve para mandar umas “bocas”.
Uma empresa pode “fazer muito num ano” e “dar muito prejuizo num ano”.
Eu até diria mais. Uma empresa que dá prejuízo quanto mais “fizer num ano” pior será, um vez que o prejuízo será maior.
cps
Rui SIlva
Tem razão, Rui, as privatizações correram lindamente e os serviços estão todos melhores e o dinheiro que o estado recebia está muito melhor a ir para o estrangeiro.
É como os transportes, vai tudo ficar super contente quando não houver greves e só houver metade do serviço ao dobro do preço. Ai, espere, o preço fica o mesmo, o estado é que fica a pagar o resto (ver Fertagus).
“A conclusão a retirar é que a melhor alternativa à austeridade é manter as contas em dia”
mas a austeridade não só não reduziu a dívida, como aumentou a dívida exponencialmente!
o rei vai nú..
Caro Alfredo Silva,
A dívida só diminui quando em vez de défice tivermos superavit Perceba isto por favor.
A austeridade não serve para pagar dívidas. Veja o nosso caso.
A austeridade é apenas o efeito secundário da cura do vício da empréstimo-dependência em que vivemos,e que mais tarde ou mais cedo teria de acabar.
Não compreender isto só lhe trás sofrimento, na medida em que esse raciocínio o leva a pensar que existem “uns homens” maus e sádicos que apenas nos querem ver sofrer. O que o faz tornar-se num revoltado contra fantasmas que não existem (a lá D.Quixote).
cumps
Rui SIlva
“A austeridade não serve para pagar dívidas”
pois, isso já todos percebemos!
a austeridade serve apenas para os teus companheiros de gangue desmantelarem a coisa pública e a comprarem a preço de saldo.
mas continua, sff, que é curioso ver-te agitado que nem um peixe fora d’água.
!?
Pois não, a austeridade só serve para os estrangeiros levarem tudo e deixarem-nos umas migalhas.
Tenho pena que os Rui Silvas não passem todos por aquilo que advogam.
Eu também gostaria de enfatizar que o acompanhamento das preferências acarreta um processo de reformulação e modernização das direções preferenciais no sentido do progresso.
cumps
Rui SIlva
O problema é que para haver progresso é preciso estar no primeiro mundo, não a regredir para o terceiro.
O progresso pode ser alcançado em qualquer estágio. Portugal está numa posição privilegiada para alcançar o progresso (etar na Europa). Está nas nossas mãos.
cmps
Rui Silva
Pode? Sem investir? Com uma diáspora cada vez maior de pessoas qualificadas? Com empresas a fechar e a despedir todos os dias?
Isso é que me fazia acreditar em Deus…
Caro Nightwish,
As pessoas imigram porque não tem emprego.
Não há emprego porque não há investimento.
Não há investimento porque não há poupança ou investimento estrangeiro.
Não há poupança porque temos uma montanha de juros para pagar ( endividamento).
Temos uma montanha de juros para pagar porque nós portugueses pensamos que o estado deve arranjar empregos para que as pessoas não imigrem, e por isso apoiamos que mais de 50% da economia nacional tenha “origem” no estado. Damos assim carta branca para que o estado invista ( quase sempre mal) para criar os tais empregos. Como para isso tem que se endividar, dá origem á montanha de juros, que por sua vez faz com que as pessoas não tenham empregos e tenham que imigrar.
Cumps
Rui SIlva
Não há volta a dar-lhe. Tsipras foi um balão…..Vai ter de andar bem espaldado.
Veremos mais para a frente quem teve uma vitoria de Pirro. O nacionalismo veio ao de cima e o anti-germanismo parece ter vindo para ficar. Aqui em França, temos os dois casos.
Porque digo isto? Bem, agora foi a Grecia, e tudo não passa de uma tentativa (conseguida por agora ) de assustar os eleitores europeus. Vejamos se funciona nos proximos. Se sim, bom… entao bem vindos a 1984.
Os povo grego, como o povo português de resto, ficaram com todas estas tramoias na Grécia muito mais perto de perceber que a solução passará necessariamente pela nacionalização dos bancos (e não só dos seus prejuízos como tem acontecido em Portugal e um pouco por toda a europa) e sair do Euro que mais não é (nunca foi) que o marco mascarado.
Concordo sobretudo com a conclusão, embora seja uma herança que Tsipras herdou sabendo ao que ia, enquanto em Portugal os que construíram uma herança semelhante sacudam todos as culpas de cima de si e ainda alguns destes falam de expansionismo económico como se fosse um milagre fácil.
Até aqui, o Siriza na oposição criticava as medidas de austeridade.
Agora que tinha a possibilidade de mostrar que sabia fazer diferente, vai também aplicar austeridade.
O Tsipras afinal é como o Passos Coelho, promete uma coisa e faz outra.
Andava-se a mandar tantos foguetes para o ar para isto?
Já com O Holland foi a mesma coisa.
Nunca miais aprendem, que para distribuir , temos que primeiro criar…
O Keynesianismo foi deturpado pela esquerda.
cumps
Rui Silva
Presumo pelo que leio e ouço que acreditam mais na capacidade do governo grego de fazer algo de competenet pelo povo, os nossos trolls e tudologos nacionais do que os gregos. Tanto assim que nem o Tsipras acredita neste acordo , mas a outra solução ainda acha ele que é pior.
Não acredita no acordo que assinou nem os outros 18, nisso estão todos com ele.