© Elisabete Figueiredo (01/08/2015)
Um homem está sentado à porta com o seu cão. Passo. Digo boa tarde. E pergunto se o rio é longe. Longe? Isso são duas horas para ir e duas horas p’ra vir! Diz ele. Eia. Isso é mesmo longe! Digo eu. E ele: bem… enquanto vai e vem o caminho não está sozinho.
Não fui. Vou antes à estação abandonada.
Ainda bem que não foi lá…
http://fotos.sapo.pt/sYph3ojYQUShLFSRy40t/
a estação agora está recuperada. desactivada na mesma. mas recuperada.
Ainda bem.
Por esse Portugal fora é um mar de estações degradadas…
e porque não as recuperam?
ou o $$$$$$$ só serve para dar ao FMI?
pois deve ser…
Como velho (e reacionário) que sou, fico desolado quando vejo estas estações assim… ou pior, mas também me parece que seja só o abandono e a passagem do tempo que as degradou…
É preciso ser velho e reaccionário para ficar desolado ao ver as estações assim?
Reacionário: Relativo a reacção ou ao reaccionarismo. Entre aspas… Eu reajo à destruição desse e doutros patrimónios “menos nobres” entre aspas
UUUfff…
Apanhei um susto.
A questão aqui não será só recuperar esse património mas também zelar pela sua conservação, pois quer me parecer que as portas e janelas arrancadas, os grafittis, as fogueiras no interior, etc. tem mais a ver com vandalismo do que com o simples abandono. Viajando por algumas linhas e ramais desactivados podemos-nos deparar como o que resta de instalações ferroviárias completamente destruídas (por mais inacessíveis que possam parecer estar) edifícios com uma traça arquitetónica única, com belos e pequenos jardins que ainda não há muito tempo eram carinhosamente cuidados pelos velhos funcionários da CP. E afinal quem é que as anda a destruir e com que propósito? Com terminar com isso? Sem esta reflexão bem poderemos gastar milhões a reconstruí-las indefinidamente… pois continuarão a ser sucessivamente saqueadas, destruídas e vandalizadas, tal com outros edifícios semelhantes; casas de guardas florestais, postos da guarda fiscal, instalações fronteiriças, casas de cantoneiros etc etc etc