Deixem-se de merdas e contem a verdade aos portugueses: a direita esteve em todas as intervenções do FMI

Soares Mota Pinto

Acabemos de uma vez por todas com o mito de ter sido SEMPRE o PS o responsável pelas intervenções do FMI em Portugal. Isso é pura e simplesmente falso e não se percebe como o próprio PS, talvez enterrado na vergonha absoluta de estar sempre ligado ao problema, não se preocupa em desmistificar este conto para crianças.

Quando acontece o primeiro resgate, em 1977, o governo português é efectivamente liderado por um socialista, Mário Soares. Mas o PSD também está neste governo. Carlos Mota Pinto estava lá. Até o oráculo dos moralistas, Henrique Medina Carreira lá estava. Era ministro das Finanças. Não teve também ele responsabilidades? Para além do mais, Portugal ainda recuperava de 40 anos de ditadura e a transição, conturbada e instável ainda se fazia sentir. Para além da crise petrolífera que atingiu a Europa com violência na década de 70. Não tenho qualquer interesse em fazer a defesa de Mário Soares, desprezo-o absolutamente. Tanto quanto desprezo este tipo de propaganda barata de alguma direita velha velha velha dos tempos da União Nacional.

O segundo resgate ridiculariza ainda mais os idiotas que enchem a boca para tentar responsabilizar o PS em regime de exclusividade. Principalmente os idiotas laranjas. O segundo resgate acontece em 1983, com um governo de bloco central que integrava PS e PSD. Mário Soares era primeiro-ministro? Era sim senhor. Mas isso não apaga da história que o PSD integrava este governo, governo esse que foi precedido por um governo integralmente de direita, com PPD, CDS e PPM e que terminou com a demissão do primeiro-ministro Pinto Balsemão. Não terá também este governo responsabilidades nesta intervenção? Enfim, os propagandistas da direita nacional, em particular os afectos ao PSD não têm um pingo de vergonha na cara. Canalhas, sempre a fugir com o cu à seringa.

A terceira intervenção do FMI é aquela que podemos colar ao PS, isto se excluirmos as variáveis com impacto directo no problema como a crise internacional, dizem os especialistas que a maior desde 1929, ou a herança de décadas de despesismo, incompetência, má gestão e corrupção com as chancelas de PS e PSD, ocasionalmente transportadas pelo táxi do Caldas. Afinal de contas, foram 6 anos de José Sócrates e companhia com PPP’s a surgir em cada esquina.

Mas é bom lembrar que o actual governo ajudou a precipitar aquilo que alguns hoje vêm como inevitável mas que nunca saberemos se o seria ou não. Até Durão Barroso e Angela Merkel aplaudiram o PEC IV e a própria chanceler não poupou nas criticas à oposição irresponsável de Passos Coelho/Portas por dificultar a hipotética solução. Sabemos hoje que, como de costume, o poder falou mais alto e ou havia eleições no país ou na São Caetano. Passos escolheu o partido e o poder. Também conhecemos o compromisso do actual governo de ir além da Troika e os resultados das suas opções: aumento contínuo do fosso entre ricos e pobres, emigração em massa, precariedade generalizada, aumento brutal da carga fiscal, degradação das condições laborais, deterioração do SNS, desinvestimento na Educação em paralelo com o aumento das transferências para o ensino privado, onde inúmeros governantes do PS e do PSD têm interesses, e uma agenda para os próximos quatro anos com uma prioridade: desmantelar o Estado Social. Se querem exterminar o que resta da social-democracia tudo bem, é uma decisão do partido e os militantes que não estiverem bem que se amanhem. Mas não aldrabem mais os portugueses. Porque não há intervenção do FMI neste país sem o dedo do lado direito do espectro. Aprendam a viver com isso.

Comments

  1. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    Não se trata de pôr o PS em regime de exclusividade nesta trapalhada toda que culmina com o FMI.
    Mário Soares e o “seu” PS, auto proclamados defensores únicos das liberdades, “socialistas” de gaveta que ora abre, ora fecha, conforme o “Carlucci” que os observa, têm o que merecem, ou seja, têm o escárnio da direita e o apontar da má governação.
    O ditado é bem claro: quem se põe ao lado dos (que deveriam ser) inimigos, nas mãos lhes morre.
    O PS não pode cometer os erros que politicamente cometeu, governar como se fosse um vulgar partido de direita e esperar que a direita e a ultra direita, sempre oportunista, lhes não aponte responsabilidades.
    A sua colagem à direita (não convirá esquecer que governou com o CDS e o PSD e só não governou mais à direita, porque os fascistas estavam todos naqueles dois partidos) foi durante anos e anos uma vergonha política para quem se diz socialista.
    E na prática, os anos de governação que levam, sós ou acompanhados sempre com os mesmos, serve para demonstrar que nunca os “socialistas” se pareceram tanto com a direita e ultra-direita: têm o mesmo género de corruptos, são co-responsáveis por 40 anos de desgovernação, são co-responsáveis pela “crise” (gestão danosa dos bens públicos), são co-responsáveis pela destruição de muitas conquistas de um povo saído do fascismo… e para terminar, até nos cartazes são como duas gotas de água. Têm exactamente os mesmos tiques e a mesma sede de poder.
    Por isso, não descolam nas sondagens, independentemente das cavaladas que a ultra-direita cometa porque, tal como diz o povo: “P’ra melhor, está bem, está bem. P’ra pior, já basta assim …”
    Já agora o grande problema dos Portugueses é claramente a análise. Muitos considerandos são e foram feitos sobre o PEC IV. Mas digam-me quantos procuraram as razões de fundo desta crise (repito: gestão danosa de bens públicos, fundamentalmente) e apontaram os culpados, em vez de passarem o seu tempo em protecções de classe e acusações, como vemos na Assembleia, enquanto continuam a gastar à tripa-forra e a fazer leis que servem directamente os interesses externos dos deputados?

    • Ernesto, por mim o PS pode transformar-se em PASOK já nestas eleições. Não vejo qualquer diferença entre tê-los a eles no governo ou ter o PàF. O que eu não aceito é esse teatro do rigor que PSD e CDS encenam permanentemente como se não tivessem nada a ver com a ruína económica do país, nada mais.

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Eu percebi o seu artigoJoão Mendes.
        Mas sinto-o como alguém que ainda tem a esperança que este PS se modifique.
        Não modifica nem modificará.
        O aparelho está preso pelos suporters de Sócrates, pelos Soaristas e por aqueles grupelhos cheios de esclerose mental e política onde entram, os Almeida Santos, a Maria de Belém, os Ferros Rodrigues e os novos boys numa clara postura de ataque ao tacho, onde entra essa figura inenarrável de Galambas…
        Gente de bandeiras e não de bandeira. Gente que até a cor de base muda por manifesto complexo de inferioridade política.
        Se esta gentalha é socialista, eu sou o Imperador da China…
        Sobre o rigor da extrema direita … completamente de acordo consigo. Mas esperar que estes coveiros sejam rigorosos, é como esperar que o PS se modifique. São duas gotas de água, com discurso que muda apenas durante as eleições.

        • Esperança tenho em todos os partidos. Nada os impede de conseguirem renovar-se. Mal de mim se não mantivesse optimismo algum. E sabe de onde vem o meu optimismo? Da capacidade dos portugueses de, com cada vez mais informação ao seu dispor, conseguirem um dia colocar uma pressão tal em todos os partidos que estes se encontrem perante o dilema de mudar ou serem obliterados. Claro que neste PS em específico não tenho fé nenhuma.

          • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

            Não tenho esse optimismo.
            Tinha 25 anos quando se deu o 25 de Abril e nunca pensei ver a situação cair tão depressa para o vale de onde nos levantamos. E será de lágrimas, não tenho dúvidas.
            Para além disso, não me acredito na generalidade de um povo que depois de passar pelo que passa e passou, trata o seu voto – a sua arma política mais significativa – da forma que o vemos tratar: 50% de abstencionistas e cerca de 15% de indecisos, esse cancro social responsável por esta dança política em que andamos.
            Respeito o homem de direita convicto, tal como respeito o homem de esquerda convicto. Abstencionistas e indecisos, desprezo-os e assim sendo, já entende o que penso deste povo.
            E com esta gente, os partidos nunca se mudarão porque eles, estão bem.

          • A mudança é sempre um processo demorado. Quando aconteceu o 25 de Abril o meu pai nem sonhava fazer-me e no entanto acredito que existem ainda muitas sementes da revolução por germinar.

          • Ausente52 says:

            ……….Da capacidade dos portugueses de, com cada vez mais informação ao seu dispor, conseguirem um dia colocar uma pressão tal em todos os partidos que estes se encontrem perante o dilema de mudar ou serem obliterados.
            Caro J. Mendes este pequeno trecho (do qual fiz copy and past ) da sua resposta ao Ernesto merece também o meu aplauso.
            Mas vai levar o seu tempo para os portugueses aprenderem a não se deixarem marionetizar.

          • Nascimento says:

            100% com o que escreveu o Ernesto Ribeiro. Certeiro.

        • domingos oliveira salgado sousa says:

          modificar como com os cromos que estão há espera de poleiro para beneficio próprio deviam era terem vergonha na cara

      • Como a Esquerda se enganou e teve que engolir mais uma vez uns Sapo.

    • Ausente52 says:

      O meu aplauso !

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Caros Ausente 52 e João Mendes.
        Será com gente como vocês que o País pode avançar. mas infelizmente, mantenho-me muito negativo no que toca à evolução política da maioria do povo. É verdade que a mudança é um processo lento, mas estarão de acordo comigo que ela se tem dado, claramente no sentido inverso dos ideais que um dia saíram à rua.
        Temos uma matilha de políticos obscuros e maioritariamente desonestos que formaram partidos que nos vêm sugando nestes quarenta anos de democracia.
        O português insiste manter o status, abstendo-se ou continuando “indeciso”, uma palavra que me aterra, mas que põe em evidência uma coisa: para a maioria do povo a direita + a ultra direita é igual ao PS e portanto, não descolam. Vão antes saltando de um para os outro. Esta constatação é assustadora se pensarmos nos programas políticos em causa. Notem que não falo da Social democracia para mim, a vocação da Europa. Falo no retorno que vivemos, às políticas musculadas com ares democráticos, mas que alimentam “ballets-rose” constantes, como no tempo da outra senhora. Cumprimentos.

    • prestes says:

      Caro (fesculpe a ironia)Comentador,

      Suponho , pela forma como escreve e pelos factos que invoca ( embora distorcidamente) que V.é um saudosista do PREC e das amplas liberdades. Porventura actual “defensor” da Constituição que não conseguiu evitar ( esteve no cerco à Assembleia Constituinte ou só deu apoio moral?), V. faz parte de um grupo “O Partido” que nos últimos sessenta anos ajudou, objectivamente-utilizo o vosso argumentário- a direita a perpetuar – se no poder impedindo uma convergência táctica com a oposição republicana e, agora como antes , com o PS. O vosso Medo, escudado nas amplas liberdades stalinista mais uma vez vai ajudar o Povo que julguem vossa propriedade.
      É triste

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Claro que desculpo, porque o meu conceito de democracia não é abalado por atoardas verdadeiramente salazaristas.
        Para já refiro que o que escreve é insultuoso para uma pessoa que sabe o que é e pratica a democracia.
        Por isso, respondo-lhe da mesma forma.
        Compreendo que qualquer saudosista do regime passado, entre de pantufas e saia de chancas, que é exactamente aquilo que o caro Prestes faz.
        O caro Prestes exprime, tão só, os “tiques” da saudade…
        No tempo de Salazar, quem se manifestava levava o selo de comunista, stalinista, trotskista e outrs mais. Havia ainda os maoistas, mas isso são contas de outro rosário.
        Tinha 25 anos quando se deu o 25 de Abril mas desiluda-se, porque ao contrário de personagens como Pacheco Pereira e Durão Barroso (o camarada Abel), que provavelmente o caro Prestes admira, nunca fui revolucionário, nem nunca andei em manifs, como pretende.
        Atirou o barro à parece, mas enganou-se: não cola.
        Como Agostinho da Silva dizia, tenho as minhas ideias e não as de um qualquer partido ou ideologia.
        O meu “Medo” – e foco isto, porque absurdamente mo refere – é exactamente aquele grupelho de fulanos que lança atoardas sem se identificar. Faz parte, com certeza de uma “Nova Democracia” que lança a pedra e esconde a mão.
        Fique bem.

  2. AntónioF says:

    Caro João Mendes,
    sobre os dois primeiros resgates do FMI, permita-me um pequeno texto de contextualização:

    «Ao abrigo da constituição de 1976, o regime democrático assistiu à evolução de uma experiência de alternância de poder de governos da sucessiva responsabilidade do PS, do presidente Eanes, da Aliança Democrática (AD) e do chamado «bloco central» (PS – PSD) para uma experiência de governos PSD como partido dominante. A peocupação de vencer a crise económica e financeira dominou os primeiros governos Soares (1976 – 1978). Depois de ano e meio de governos de iniciativa presidencial, Sá Carneiro chega ao poder. Após a sua morte e a derrota do seu candidato presidencial por Eanes em 1980, a AD entra em crise. Soares volta ao poder em 1983, à frente de um governo de coligação com o PSD de Mota Pinto, vendo-se obrigado a uma terapia de choque para vencer a nova crise financeira. O PS pagará sozinho a factura da austeridade em eleições antecipadas para 1985, em consequência da ruptura do acordo com o PSD, operada pelo novo líder deste partido, Cavaco Silva [ministro da finanças do 1º governo AD], que Eanes empossa à frente de um executivo minoritário. Soares é, entretanto eleito presidente e em 1987 dissolve a Assembleia [da República] que derrubara o governo do PSD. Colhendo os frutos da adesão à CEE em 1986 e do reequilíbrios financeiros obtidos em 1985, o PSD conquista a maioria absoluta, que repete quatro anos depois.»

    In: Portugal contemporâneo – dir. António Reis. Lisboa : Selecções do Reader’s Digest, 1996. 3º vol. : p. 447

  3. Ahhh! finalmente ouço alguém que sabe e comprova que o PS é de direita e nem sequer disfarça muito bem…

    • Nem tenho porque disfarçar, Apesar de concordar com essa premissa, que se aplica também à década de 70 – Soares conseguia ser mais próximo de Washington que a direita convencional – a ideia aqui é passar a mensagem à malta dessa mesma direita convencional de que os assaltos do FMI não são da exclusiva responsabilidade do PS.

    • Mas ha algum partido de esquerda.
      muitos falam em nome do povo.povo esse que não deu autorização para falarem em seu nome, pois se fosse o caso em eleições. eles teriam a maioria. ou será que em Portugal o povo e uma muniria.os políticos deveriam ser julgados pelos seu actos.

  4. João, estás equivocado. O PSD entra pela 1ª vez no governo após vencer as intercalares de 1979. Não contabilizo governos provisórios onde PCP e MDP/CDE participaram. Henrique Medina Carreira foi ministro do I governo constitucional e abandonou o partido em 1978 por divergências com a política económica de Mário Soares. O ministro das Finanças do II governo foi Vítor Constâncio. O CDS estabeleceu com o PS um acordo parlamentar que lhe permitiu nomear 3 ministros (Rui Pena, Luís Saias e Basílio Horta), mas não envolveu Freitas do Amaral ou Amaro da Costa. Tens aqui a composição do governo http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo/arquivo-historico/governos-constitucionais/gc02/composicao.aspx (se explorares a página podes consultar todos os governos). Mota Pinto haveria de ser investido no IV governo constitucional, após Nobre da Costa e antes de Maria de Lurdes Pintassilgo (Ramalho Eanes tomou a iniciativa de nomear 3 governos).
    Após a queda da AD liderada por Pinto Balsemão que sucedera a Sá Carneiro, Mota Pinto haveria de liderar o PSD e formar com o PS o impopular bloco central. Cavaco Silva que havia sido ministro das finanças do I governo da AD de Sá Carneiro, virou o rumo ao célebre congresso do partido na Figueira da Foz “onde tinha ido apenas fazer rodagem ao carro” (ele que nem era político, faz de conta que acreditamos…), para com Eurico de Melo virar o congresso, que se preparava para dar a liderança a João Salgueiro, sair do governo, provocando eleições antecipadas. O resto é História…

    • António,

      O resgate foi em 1977, durante o I Governo Constitucional. Mota Pinto está lá e Medina Carreira também. De qualquer forma repara que eu falei em “direita” e não em PSD. O próprio título do texto diz isso mesmo.

    • Nascimento says:

      “Henrique Medina Carreira foi ministro do I governo constitucional e abandonou o partido em 1978 por divergências com a política económica de Mário Soares”
      Á pois foi António. E depois? AI já sei, foi fazer de” tesoureiro” na FUNDAÇÃO DO ORIENTE!
      AGUENTA QUE É DE AVENTAL !!! MAS NÃO É DE COZINHA ,TÓPAS Ó ANTÓNIO?Claro ,aquilo com o Monjardino ( Macau) foi só para “entreter”, lá prós lados da ARRÁBIDA!
      É ra do tipo Bildeberg á la tuga!! O problema é que há quem “adore” o avô cantigas…diz sempre GRANDES VERDADES!Não é?

      • E que tal esclarecer em vez de desconversar? Conheço pouco desse período, lembro a contestação a António Barreto mais que a Maldonado Gonelha. O João com este post obrigou-me a pesquisar… Mas pouco sei de H. Medina Carreira nesse tempo. É que nem me lembro dele à época…

  5. Em primeiro lugar, o resgate de 1977 resulta do PREC, onde se esbanjou como se não houvesse amanhã… Sim, quanto ao resgate tens razão. Mas estás equivocado quanto a Mota Pinto, que esteve, mas num papel secundário. Convém lembrar que saíra do PSD em ruptura com Sá Carneiro em Dezembro de 1975. Os pesos pesados deste governo foram Mário Soares (que foi primeiro-ministro e ministro dos estrangeiros, António Barreto, muito polémico à época, Henrique de Barros, Medina Carreira, Almeida Santos, Maldonado Gonelha também muito polémico e também Sotomayor Cardia. O PSD só tem a ver com o 2º resgate, embora renegasse tal herança…

    • Claro que o PREC teve influência. Tal como a crise de 2008 teve no resgate de 2011, só um tolo não vê isso. Mota Pinto esteve num papel secundário mas Medina Carreira não, era ministro das Finanças.

    • xana lopes says:

      Foi no PREC que se gastou como se não houvesse amanhã? Quanto a mim parece-me que foram uns bons anos mais tarde quando se começam a dar os “ajustes” Anuais nos Salários dos Políticos em Funções, atribuição de Pensões vitalícias, Subsídios,Regalias e afins bem como, nas nomeações directas aos Cargos de gestão das Empresas Públicas com autonomia Administrativa e orçamental derrapando em todos os OE. Quanto á abstenção, o seu “disparo” em absoluto acontece depois da revisão da validade expressa dos votos brancos e nulos em 2005, retirando o poder de anular eleições ou mesmo inviabilizar os mandatos a deputados. Também, por esta via se torna impossível REJEITAR partidos ou políticos nas Eleições através do voto. O PS funcionou como um bom projecto para “refundar” Portugal enquanto Democracia, posteriormente a isso…seja o Diabo a escolher quem for.

  6. Perguntador says:

    Caro João Mendes,
    Pode fazer o favor de me esclarecer porque, no seu texto, cola a direita ao primeiro resgate?
    É um facto que Mota Pinto foi ministro do Comércio e do Turismo (de 25 de março de 1977 a 30 de janeiro de 1978) , substituindo António Barreto, no primeiro governo Constitucional, que viveu de 23 de julho de 1976 a 30 de Janeiro de 1978.
    Posso concluir que, para si, 10 meses de Mota Pinto como Ministro do Comércio são suficientes para colar a direita (e o PSD) ao primeiro resgate do FMI, em 1977?
    Assim como concluo do seu texto que rejeitar o PEC IV implica logo a direita no terceiro resgate, mesmo depois de ter deixado passar os três PECs anteriores.
    Estou a concluir bem? A direita também é culpada porque O Mota Pinto foi ministro 10 meses e porque chumbou o PEC IV?
    Grato por se fizer o favor de esclarecer.
    Cumprimentos,
    X
    PS. Sou de direita sim, sem filiação poitica e nem sequer voto. Neste país é melhor ser-se anónimo quando se pensa que o Estado só deve servir para regular.

    • Porque estava lá, simples. Não disse que tinha mais ou menos responsabilidade. Apenas que estava lá. E Medina Carreira não era um ministro qualquer. Era ministro das Finanças. A narrativa fala numa exclusividade do partido socialista e eu vim cá para contrariar a narrativa.

      Quanto ao PEC IV acho que precipitou o resgate. Provavelmente seria inevitável (nunca o saberemos, tal como escrevi no meu texto) mas a verdade é que o movimento aconteceu, a agora deusa europeia Angela Merkel criticou o PSD/CDS e apoiou Sócrates até á última e sabe o pior? Só aconteceu por tacticismo, nada mais.

    • Nightwish says:

      O Syriza consegue, segundo a direita, destruir um país em 5 meses, mas o Mota Pinto não teve influência. E coerência, há?

      • Mota Pinto não pode colar o PSD ao 1º resgate, pela simples razão que estava fora do PSD (à época PPD). Mais tarde Mota Pinto reconciliou-se com Sá Carneiro, voltou ao partido que chegando mesmo à liderança e voltando ao governo. O 2º resgate teve a ver com a necessidade de cumprir condições que permitissem a adesão à então CEE. A passagem de Mota Pinto pelos governos PS como independente, deveu-se a questões de luta política por um lado, incluindo uma figura conotada com o principal partido da oposição, ainda que estando fora (se militasse provavelmente acabaria expulso) e por outro com uma tentativa de alargamento ao centro do espaço político do PS. Para os mais esquecidos, a mesma lógica viria mais tarde a ser utilizada com o recrutamento da ASDI de Magalhães Mota (co-fundador do PPD), embora tal projecto político nunca tenha conseguido grande adesão popular.
        O seu a seu dono e não misturem factos históricos com questões políticas actuais.

        • Nightwish says:

          Isso não sei e não foi ao que aludi. Tinha que ir estudar.

          O que questionei foi a coerência de dizer que 5 meses chegam para destruir a economia (segundo a direita), quando 10 já não chegam.

        • Não deixa de ser um homem de direita. tal como o Medina Carreira. E foi a isso que aludi, ao facto da direita estar representada nesse governo. A referência ao PSD foi meramente uma referência ao partido do Mota Pinto. Talvez não me tenha exprimido da melhor forma.

          • Não concordo João, seria a mesma coisa que considerar que Sócrates coligou com o CDS ao integrar Freitas do Amaral. Foi sim uma provocação do PS e de Mário Soares ao então PPD. Quanto a Medina Carreira era militante do PS, que mais tarde saiu e foi mudando de posição política. Não foi o único. Mas se queres falar em polémicas da época, esquece estes 2 ministros e pesquisa Maldonado Gonelha e António Barreto, que devem ter sido os mais polémicos e contestados pela esquerda, à época.

      • Ora aí está um belo ponto de vista. E atenção que no caso da primeira intervenção eu falei também em Medina Carreira, que ocupava a poderosa pasta das Finanças. Se Varoufakis foi tão catastrófico para o planeta terra em tão pouco tempo, imagine-se os danos que esse senador poderia ter causado.

        • Perguntador says:

          Caro João Mendes,
          Obrigado pelos seus esclarecimentos. Compreendo o seu ponto de vista e o que quer demonstrar, mas de todo me parece possível, pelas razões já aludidas pelo António de Almeida, colar a direita ao primeiro resgate. Nem via Mota Pinto e muito menos via Medina Carreira, militante do PS à época. De todo compreendo a comparação com a Grécia actual.
          A mim dá-me igual que a direita tenha estado envolvida ou não (o segundo resgate é da exclusiva responsabilidade da direita), mas acho que se deve ser mais rigoroso quando se quer expôr uma ideia tão forte, mais ainda como se a dicotomia esquerda/direita fosse a dicotomia bom/mau.
          Com um abraço amigo,
          X

    • Nascimento says:

      “É um facto que Mota Pinto foi ministro do Comércio e do Turismo (de 25 de março de 1977 a 30 de janeiro de 1978) , substituindo António Barreto, no primeiro governo Constitucional, que viveu de 23 de julho de 1976 a 30 de Janeiro de 1978.
      Posso concluir que, para si, 10 meses de Mota Pinto como Ministro do Comércio são suficientes para colar a direita (e o PSD) ao primeiro resgate do FMI, em 1977?”
      Ops, contrariado mas,esteve lá! Só pode.
      Bem,que eu saiba, ainda conta no “curriculum” do Santana Lopes a ” brevissima” passagem deste pela GOVERNÃNÇA! Foi menos de 10 meses,não foi? Pois.Atão conta.

      • Perguntador says:

        Compreendo. Segundo Vossas Excelências, o facto de um senhor do PSD, apesar de desavindo com o líder do partido FSC, ter lá estado 10 meses permite colar a direita (toda a direita, milhares de pessoas portanto) à primeira falência democrática portuguesa, em 1977. Peço desculpa por o meu intelecto não conseguir alcançar este brilhante raciocínio e fantástica dedução.
        Extrapolo: deve ter sido o liberalismo que nos fez falir 3 vezes em 37 anos democráticos. Ele há coisas que vão mesmo muito para além do meu racional. Eu desisto…
        Cumprimentos a todos.

  7. Os resgates anteriores, é só perguntar ao maior traidor e vendilhão da Pátria M. Soares, k ele já disse tudo! Quanto ao Resgate de Sócrates, nem havia outra solução! Isto já estava tão mal, k não havia papel para pagar ao funcionalismo! Só estou admirado, pela posição do Zé Melo, considerando-o uma pessoa pensante e séria, e sendo ele funcionário do Estado, como vem com estes argumentos fragilizados, pelo contexto vivido, sabendo de antemão, k poderia correr o risco, sem receber salário, por meses indeterminados. Ó amigo Léguas, tem juízo pá! Mas também fico admirado, como defendes e votas num partido, k foi o principal causador, da desgraça da tua e centenas de milhar de famílias, k tiveram k fugir e deixar todos os seu haveres, pela inércia dos representantes do partido k defendes! Santa ignotância…

    • Nightwish says:

      Quem andou a vender a pátria aos pedaços foi o Passos, pá. E não é por continuarem a repetir que não havia dinheiro para salários que eventualmente passa a verdade. Nem que a crise tenha muito a ver com os governos de Sócrates.
      Mas economia aprende quem quer, os outros funcionam como papagaios do clube.

  8. Só vou dizer mais uma coisinha! Se Costinha-Chamuça ganhar as legislativas, vai ser uma correria, para levantar o papel dos bancos e fugir de Portugal…

    • Nightwish says:

      Só nos teus sonhos húmidos.

    • Longe de querer o Costa no Governo, essa da corrida aos bancos é pura e simplesmente a coisa mais estúpida que li esta semana. Obrigado Fabiano, rir faz bem!

    • Nascimento says:

      Vou já fugir pró,pró,pró,pró….olha nã sei. Mas vou pra longe do burgesso do k….

  9. Nightwish says:

    Só discordo de uma coisa, a crise em Portugal não tem nada a ver com o mau aproveitamento dos fundos, que é enorme, mas advém pura e simplesmente do Euro.

    • Concordo Nightwish. E o euro, como sabemos, foi sempre uma daquelas questões em que o bloco central andou, desde o primeiro minuto, de mãos dadas.

  10. José Ribeiro says:

    Estou farto de explicar isso em blogues e no FB à malta que inventou e àquela que se limita a divulgar esta “mentira urbana”. Mas considero que este texto do Aventar poderia ser um pouco mais explícito na explicação da vinda do FMI em 1983. Com efeito, o governo de coligação PS-PSD, liderado por Soares, tomou posse em meados de junho e em julho estava a negociar com o FMI, concluindo o acordo em setembro. Só uma anormalidade extrema pode levar alguém a pensar que é possível um governo tomar posse em junho e em julho ter cá o FMI, A herança foi da AD, obviamente. E fazerem-se esquecidos de que o governo de Soares era uma coligação com o PSD também não demonstra a existência de qualquer neurónio em atividade. Curiosa é a negligência total e completa do PS ao não desmontar por todos os meios esta “mentira urbana”. Enfim, mais do mesmo.

  11. Octavio says:

    Pois… mas e o ouro que o “malandro” deixou no Banco de Portugal??? Quem é que deu cabo dele? Todos!!!

    • Nascimento says:

      Ora deixa cá ver. Placa giratoria na Suissa. Ouro roubado aos bancos centrais da Belgica, Holanda, Grécia,etc. Ouro de minhôes de mortos para pagar volframio por exemplo…olha ,mete o teu ouro e o do “malandro”, na peida.

  12. Carlos Gomes da Costa says:

    Nao tem que ver se foi o PS, o PSD, o CDS ou qualquer outro partido. O que passou depois do 25 de Abril foi uma salada Russa, para ver quem roubava mais. Repartiram-se postos em tudo o que é governo, fizeram todos os acordos que lhes apeteceu e enganaram a gente até este momento que está na bacarrota. NAO HÁ CULPADOS, NAO HÁ PRESOS. A culpa paga o Zé povinho com salários, educaçao, saúde e reformas de miséria, Toda essa gentuça tem bons salários, boas reformas sem o tempo regulamentar de serviço ao Estado. Que maravilha. As leis foram feitas para o Zé povinho eles nao tem lei fazem o que querem “TODOS BUSCAM BENEFÍCIOS PRÓPRIOS”

  13. Acho que o mais relevante é mesmo notar que a intervenção do FMI em 1983 (fosse o governo PS ou PS/PSD) ocorreu 1 mês e 9 dias depois do governo tomar posse – é absurdo responsabilizar esse governo por isso

  14. “Em primeiro lugar, o resgate de 1977 resulta do PREC, onde se esbanjou como se não houvesse amanhã”

    Este comentário é um slogan que os direitolas trauliteiros usaram em tempos idos. Alguns nem existiam e outros andavam de cueiros . Eu sei, há sempre a história onde se pode recorrer, mas, esta ciência tem muitos estoriadores..
    Gostava de ver desenvolvido qual foi o esbanjamento e se foi só este que levou o governo de então a recorrer ao dito empréstimo. Dizer o que está em cima entre comas sem a respectiva análise ao referido esbanjamento é um exercício de ignorância ou má fé.

  15. Caro João Mendes,

    idiotas são aqueles que tratam os outros por idiotas simplesmente porque não partilham das suas ideias políticas. Um pouco de boa educação não lhe fazia mal nenhum.

  16. Ainda mais idiota é uma pessoa completamente louca que não sabe nada de historia da politica, este seu artigo é uma aberração.Uma afronta para os seus netos

  17. Antonio Santos says:

    Nunca deviam ter feito o 25 de Abril. Viva Salazar.

  18. artur says:

    …. São todos os mesmos,,, os culpados e continuarão ….. a serem estes … e outros destas que pra lá vão……por estarem contaminados com o Espírito da Mentira e leva muito tempo que do Sistema caduco se RETIRA ……. bem-dito…

  19. pSalaberth says:

    Criar um novo partido (talvez de cor salmão e azul-turquesa), juntando os partidos em governação desde a revolução de Abril, fazer passar toda uma geração (e seguintes) por uma jota, unificada e obrigatória, destes mesmos partidos, e sermos todos nós clientes e amigos da nova coligação… O atirar de culpas desapareceria, o lugar garantido aos filhos estaria lá.
    Mesmo que um ou outro pecadilho fosse cometido, haveria sempre lugar a passar (no máximo) uma temporada de pousio em casa, devidamente e electronicamente anilhado.
    Ah… para quando esta utopia?

  20. Manuel Costa says:

    Por favor, não percam tempo a brincar com coisas muito sérias.O Nosso País, passou de: orgulhosamente só, a orgulhosamente depenado. Quem se propõe dizer que foi preciso recuperar pós 25 de Abril/74 de crise, está a esconder o Sol, com uma peneira. Os abutres, é que foram mais que muitos. Boa noite.

  21. jose micaelo says:

    estes tipos que votam ainda não viram k são os únicos que acreditam neste lixo de políticos….ou então comem do taxo também.

    • e a alternativa seria?

      • Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

        Caro João Mendes.
        Trabalho na Indústria, há já muitos anos e há algo que sempre fazemos quando queremos evoluir.
        Deixo-lhe a frase em inglês, mas não veja nisto qualquer pedantismo. É mesmo assim que se anuncia :
        “Think out of the box” …

  22. Helena says:

    “Para além do mais, Portugal ainda recuperava de 40 anos de ditadura e a transição, conturbada e instável ainda se fazia sentir.” – Só falta dizer que a primeira chamada do FMI se deveu ao terrível período de ditadura que deixou Portugal na miséria financeira/económica!

  23. umumdois says:

    esquece lá os partidos, a direita e a esquerda. são lobbies travestidos de partidos.

  24. mithus64 says:

    Então meus senhores…e que este artigo conta são… factos e contra estes não há argumento. A propósito desta ultima vez foi da exclusiva responsabilidade do PSD/CDS (os amigos das agencias de rating, com um empurrão de toda a banca nacional que precisava com pão para a boca de dinheirinho vivo para pagar as suas gordas comissões). Sem uma leitura politica honesta sempre viveremos na M$5&/ ,neste pais.

  25. Lyonstar says:

    Após de ler e analisar todos os comentários, chego à triste conclusão: Somos um país de corruptos, onde a classe política encabeça essa lista. A papadeira está para aqueles que se colam a esses senhores, tais como: Oliveira e Costa; Ricardo Salgado; Lima Duarte; Sócrates; Mário Soares e filho; Manuel Dias Loureiro; Luís Filipe Menezes; Marco António; Nuno Melo, etc., etc., Vejam o arrombo que deram ao país, mas para agravar toda esta situação temos o desgoverno (o seu 2 governo) do Sr. Prof. Aníbal Cavaco Silva, vieram rios, rios e rios de dinheiro de Bruxelas foi distribuído sem fiscalização (sem lei nem roque, como se costuma dizer), dez acordos para que não produzir-mos nada (a famosa PAC), incentivou as famílias portuguesas a endividar-se facilitando-lhes o acesso para tudo e mais alguma coisa (vivendo para além das suas possessibilidades) depois veio a medida do rendimento mínimo garantido (a medida é boa) só que os agentes que fizeram e fazem a avaliação aproveitam-se dela para tirar dividendos (caça aos votos) muitos a quem foi atribuída nunca fizeram nada para sair dessa situação, é mais fácil receber do que trabalhar, outra medida a da reinserção social esta ainda é pior nunca fizeram nada pelo País e estão a usufruir dividendos (caso real da Beira Interior – muitas pessoas, melhor dizendo, casais de etnia cigana estão a receber em Portugal, e estão a trabalhar em Espanha, só vêem a Portugal quando são notificados e a votar porque são obrigados, digo eu como é possível….), agora digam-me se assim a Segurança Social tem sustentabilidade!
    Quantos elefantes brancos e sacos azuis apareceram em ambos os governos, onde uma grande parte da verba da Segurança Social era utilizada provisoriamente e nunca foi restituída.
    Quantos esquemas apareceram a publico de receitas falsas? Onde médicos, farmácias e delegados de propaganda médica assim como laboratórios estiveram envolvidos? Com estes arrombos (atentados), o SNS está aonde está.
    Quantas e quantas pessoas entraram e continuam a entrar para a Função Pública através de cunhas, compadrios sem estarem para tal? Aqueles reuniram competências ficaram para trás.
    Acham que há País que aguente?
    Não me venham dizer que a culpa é só do PS, culpa é de todos os partidos do arco da governação que são: PS, PPD/PSD e CDS/PP os senhores que integraram e os que actualmente integram estes partidos deveriam estar todos presos, tal como aconteceu na Islândia, deixaram o país na ruína foram chamados à barra do Tribunal e aqueles que tiveram culpa foram castigados, isso sim, é ter tomates.

  26. Luis says:

    Este artigo não serve mais do que tentar desculpar o Partido Socialista de toda a vergonha e da roubalheira no nosso Pais e não só, para quem tem boa memoria todos sabemos os truques todos do sr. Mário Soares e a sua escumalha. O FMI veio sempre com o PS no governo e por isso e conhecido com o partido dos 3 s, se alguém sabe o seu significado…e de nada valem estes artigos para tentar lubridiar a opinião publica a favor dos salafrarios do costume.Fica a Dica

    • Desculpar o PS? Está enganado. Serve apenas para desmontar mais uma manipulação da direita nacional. Já o seu comentário vai de encontro à intenção do Luís: reescrever a história e tentar desculpar o PSD pelas suas responsabilidades nas intervenções do FMI. De pouco lhe adiantará. Fica a dica.

  27. Pergunto-me onde estão os que queriam, clamavam, desejavam a troika, que seria bom, que finalmente iamos ser bem governados, as contas iam ficar certas, que seria o fim do caos, a ordem seria restabelecida, as contas acertadas, onde estão os que diziam que viviamos acima das nossas possibilidades, que ganhavamos demais, que o ordenados minimo até teria de descer ou desaparecer porque iria criar postos de trabalho, onde está esa gente, onde está Passos/Portas que defendiam e impuseram esses ideais, onde estão PORRA!

  28. hehehehe pois, isso de referi que o PREC é que levou ao problema, que os governos transitórios p´so revolução eram sempre mandados abaixo pelo pcp…que aliás é o partido com ias património imobiliário perceba-se lá como…depois no resgate de 83 isto de falar das fp25, da instabilidade, toda não convém…mas o ponto é que são todos orientados pelo ps…o que mostra que sozinhos ou coligados o ps nºao arranja soluções…só agrava…mas o problema é transveral…

  29. João Abelha Silva says:

    Nada deste artigo é verdade comecando logo por Mota Pinto.
    Mota Pinto Nunca esteve no governo em 1977 só Mario Soares era governo.
    Mas o pior de tudo é chamar o P.S.D.de direita porque o P.S.D.passou a ser direita quando uma mentira muitas vezes repetida por Álvaro Cunhal se tranformou numa verdade e algumas pessoas de direita resolveram escolher o P.S.D.e assim deste modo Cunhal devidiu a direita.
    P.S.D.eP.S.são irmãos gemeos.
    Só espero que a direita acorde e se afaste dessa mentira que sempre tem servido os comunistas.
    DIVIDIR PARA GOVERNAR ATRAVÉS DE UMA CONTITUICAO QUE CONTINUA A SER COMUNISTA APEZAR DAS REVISOES JÁ FEITAS.

  30. Joaquim Pechem says:

    A verdade nua e crua é que Marcelo Caetano é que começou a dar pensões a quem nunca tinha descontado; Portugal em 1973 tinha uma crise económica e de estado (provocada pela crise do petróleo) e o ouro não comprava batatas. Não haviam divisas para comprar bens essenciais. Em 1975 uma troika de economistas da OCDE constituída por três reputados economistas do MIT (Massachusetts Institute for Technology): Rudiger Dornbusch, Richard S. Eckhaus e Lance Taylor analisou a situação da economia portuguesa e no seu relatório pode ler-se “apesar de uma economia deprimida, “o consumo privado aumentou e [aumentou] também a parte do trabalho no rendimento nacional”. Quanto às tendências internacionais de baixa de produção e investimento, défices de pagamentos e inflação, elas não surgem agravadas em Portugal por qualquer circunstância excepcional, e parecem “até sob certos aspectos menos graves em Portugal do que em alguns outros países da Europa ocidental”. Na verdade, “para um país que passou recentemente por uma reforma social profunda, por uma mudança de maré na posição do seu comércio externo e por seis governos revolucionários nos últimos dezanove meses, Portugal goza de uma saúde económica inesperadamente boa”.
    http://www.rtp.pt/noticias/economia/quando-uma-outra-troika-elogiava-a-economia-portuguesa_n496890
    Quanto aos 10 meses de Mota Pinto, não esquecer que Vasco Gonçalves esteve 14 meses….. Quanto à ponte Salazar também o Largo do Caldas se chama hoje Largo Adelino Amaro da Costa e o aeroporto de Pedras Rubras se chama Francisco Sá Carneiro. Quanto aos orçamentos dos governos nestes anos todos, foram sempre votados pelo PS, CDS e PSD, ou viabilizados pela abstenção, portanto quem vota a favor ou se abstem dá a sua concordancia e sabe que os orçamentos que votou ou deixou passar têm como destino final a vinda do FMI.
    Em 1975 foram pedidos 400 milhões de contos que o Banco Mundial recusou, mesmo tendo o ouro do Banco de Portugal como garantia, e o relatório favorável da OCDE. (Ver relatórios de José da Silva Lopes/Banco de Portugal). Quanto ao ouro que o Dr Antonio deixou, perguntem aos senhores Bagão Félix e Miguel Cadilhe, alem de que por causa do acordo europeu tambem venderam algumas toneladas. Agora que em 1974/75 não foi vendido ouro é verdade. Se perdessem algum tempo a pesquisar os assuntos em vez de falar de cor, era bem bom e não se via por aqui tanto disparate.

  31. Luissalgado Fernandes. says:

    Eu em 1977 Votava e Simpatizava com o PS.porque era um Operário e queria que o País fosse um País Socialista e Democrata. E apoiava tudo que o Dr.Mário Soares fazia e dizia e porisso sinto-me culpado por muita coisa que foi feito logo após o 25 de Novembro por ter acreditado nas palavras de Mário Soares e não tomar nota dos actos dele, quando se juntou à Direita contra a Esquerda em especial contra o PCP onde já tinha sido Militante alguns anos antes do 25 de Abril. Porisso quero lembrar que o PS.foi e ainda é muito responsável por tudo que o Povo Português têm passado até hoje. Bom dia. Cumprimentos. Fiquem bem.

  32. António Leirão says:

    Para mim, independentemente dos factos relatados, a maior corja de bandidos pertence ao PS. Qualquer estatística o prova e qualquer cego vê.

    • Em que medida é que a corja do PS é pior que a do PSD?

      • Sergio Parreira says:

        Levou sempre tudo à ruina por motivos eleitoralistas que alem de gerarem prejuixos nao deram mais nada a ninguem???

  33. Paulo says:

    Até quando os portugueses deixam-se manipular por estes políticos sem vergonha

  34. José Artur Jácome Correa says:

    Aguardemos pelo contraditório da Direita.

  35. XanaLopes says:

    Gosto mesmo quando leio a frio o que deve ser dito crú!
    E..sabiam que a explosão das origens e conversões de empresas e banca “extraordinárias e sólidas” de hoje em Portugal, se deu precisamente durante estes anos de.soares primeiro ministro da AD “para” (digo eu) se prepararem mesmo para a CEE ? Que coincidência..infeliz…resgates? Hummmm, já me tinham dito!

  36. Sergio Parreira says:

    Essa do recuperar de 40 anos é para rir.

    durante o estado novo o crescimento da economia foi de 2 digitos ao ano … com o 25/4 andou pata tras(prec) e so esse maldito resgate do FMI salvou a bancarrota.

    Problema de portugal … cegueira colectiva … se veem o dom sebastiao no meio do nevoeiro dao-lhe um tiro.

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  2. […] Fonte: Deixem-se de merdas e contem a verdade aos portugueses: a direita esteve em todas as intervenções … […]

  3. […] Já agora, sobre o argumento de quem chamou o FMI/etc. é de ler isto: Deixem-se de merdas e contem a verdade aos portugueses: a direita esteve em todas as intervenções … […]

  4. […] Redes de clientelas, deputados, secretários de Estado e ministros em cargos-chave nos grandes escritórios de advogados que desenham legislação para os governos que integram, o monopólio das nomeações públicas, empresários-militantes que injectam milhões através dos Jacintos Leite Capelo Rego desta vida a troco de favores e outras corrupções, batalhões de jotas dispostos a tudo na esperança de virem a ser a próxima pop star no Parlamento e terrorismo virtual, tudo isto controlado ao melhor estilo siciliano. Orwell poderá ter exagerado em algumas coisas mas a frase que abre estas linhas é tão actual como o era em 1948. Quem controla o passado controla o futuro, quem controla o presente controla o passado. E consegue inclusive reescrevê-lo. […]

  5. […] do vice-primeiro-ministro Mota Pinto no governo de bloco central liderado por Mário Soares, o tal que, segundo os fanáticos, foi responsável pela intervenção externa de 1983, apesar da sua vigência de semanas quando o pedido de resgate foi feito, o que faz dele, segundo a […]

  6. […] A manipulação dos factos que levaram as intervenções externas em 77 e 83 é um clássico da prop…, que procura lavar as mãos das suas responsabilidades nos dois primeiros resgates. O resgate de 1983 tem a particularidade de acontecer poucas semanas após a tomada de posse de um governo composto por PS e PSD, precedido de três anos e meio de governos de direita que incluíam o PSD, o CDS-PP e o PPM. E ainda que o governo eleito a 9 de Junho de 1983 fosse integralmente PS, seria estúpido ser-lhe atribuída a responsabilidade de um resgate que começou a ser negociado um mês e nove dias depois. Nem Sócrates conseguia arruinar um país em tão pouco tempo. Infelizmente, há quem ainda se preste a este papel. Vale tudo para subir a escada do partido e ser jota tem destas coisas. […]

  7. […] o acusam de ter levado o país à bancarrota por duas vezes. E, no entanto, escondem que a direita fazia parte de ambos os governos. No primeiro resgate, em 1977, o governo era liderado por Mário Soares e contava com Carlos Mota […]

  8. […] fartote: Francisco Pinto Balsemão, o tal que certa história (e, por motivos óbvios, a imprensa) insiste em não referir quando o tema é o resgate de 83, Cavaco, Guterres (recentemente canonizado), Durão e meio, Sócrates, Passos Coelho e a actual e […]

  9. […] cheia) a outra é uma emissária do FMI, que liderou a equipa de abutres que por cá andou em 83, depois dos Sócrates de direita terem enterrado as contas públicas do país. E para abutres, como para boys com tachos, já não existem mais vagas. Está tudo preenchido e […]

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