A história dos sociais-democratas que passavam férias à custa dos contribuintes

AJJ férias

Durante décadas, Alberto João Jardim e alguns membros da sua corte passaram férias em casas luxuosas pertencentes ao Governo Regional, o que equivale a dizer que eram suas. A nova administração laranja, ciente do embaraço que tal situação configurava, tentou alienar as datchas (nome dado aos imóveis pela oposição madeirense, numa referência às casas de férias da cúpula do regime soviético) mas tal hipótese revelou-se impossível devido à inexistência de registos patrimoniais e pelo facto de estarem localizados em domínio marítimo público. Perante este cenário, o Governo Regional da Madeira prepara-se agora para concessionar os dois edifícios para turismo. E que edifícios: duas vivendas, com court de ténis e acesso directo à praia, amplos jardins e uma localização geográfica de excelência. Não faltarão interessados. O preço até então pago pela elite social-democrata da Madeira é que poderá sofrer uma ligeira alteração.

Casa de férias PSD Madeira

No entender de Alberto João Jardim, o usufruto de tais residências constituía uma poupança para os cofres do Governo Regional, na medida em que os 20 euros que Jardim e companhia pagavam por dia para delas usufruírem representava um custo inferior àquele que pagariam para se hospedar num hotel. Confuso? Não fique caro leitor: para o rei-sol da Madeira, a estadias em Porto Santo, normalmente durante todo o mês de Agosto, correspondiam a períodos de trabalho, apenas com ligeiras diferenças: o escritório destes indivíduos era temporariamente transferido para as belas praias de Porto Santo, o fato e a gravata substituídos por chinelos e calções e as reuniões maçudas transformadas em partidas de ténis, passeios à beira-mar e convívios animados regados a cerveja fresquinha.

Foram anos de férias de luxo pagas directamente pelo bolso do contribuinte. Um despesismo desenvergonhado que nunca pareceu incomodar as elites sociais-democratas, que sempre manifestaram sérias dificuldades em criticar o regabofe jardinista. Não fosse o homem saber saber demais…

Agora fechemos os olhos e imaginemos que Alberto João Jardim era socialista.

Fotos e Inspiração@Público/Márcio Berenguer

 

 

Comments

  1. Carvalho says:

    Esta associação mafiosa, chamada PSD-M do Jardim, foi eleita e reeleita década após década pelas gentes da Madeira.
    O que é que isto diz sobre a inteligência e o bom senso destas gentes?

  2. Miguel a gastar mais que o Jardim says:

    Era importante reflectir e ver quanto é que o Miguel Albuquerque gastou nas semanas que esteve no Porto Santo hospedado no Hotel do Pestana. Aquilo que ele fez na quinta vigia que tirou os carros e o Governo agora paga para estacionarem no Pestana (logo acima). Parece que as pessoas ainda não se aperceberam bem o que se está a passar.
    Quanto a férias, se não sabe, devia saber, essas ditas férias de Alberto João eram a trabalhar. Já as férias de Miguel Albuquerque pagas pelos contribuintes no Algarve foram a que propósito?

    • Duas perguntas:

      1. Como é que um político trabalha no court de ténis, na praia ou no café?

      2. Que férias do Miguel Albuquerque é que foram pagas pelos contribuintes? Pode-me dar algum detalhe que confira credibilidade às acusações formuladas?

    • Carvalho says:

      Como é que o Jardim estava a “trabalhar”, nas férias, se as passava perdido de bêbedo? Que tipo de trabalho fazia ele, exactamente?

    • Mas que invejosos…

  3. Luís Gonçalves says:

    Quando alguém vai de férias, não recebe o subsídio de férias? Porque que raio um governante ou político tem de ter as férias pagas pelo erário público? E a trabalho, os únicos que conheço que trabalham na praia, são os nadadores salvadores, o pessoal do bar de praia, policias, vendedores de bolos e gelados e mais ninguém. Esse senhor Alberto João Jardim e a sua equipa deveriam estar todos a fazer companhia ao recluso 44 do EPE. Quanto às sucessivas re-eleições do senhor Alberto João, concluiu-se três coisas: 1º A madeira é uma das regiões onde o clientelismo político e a administração pública é enorme, logo os votos são comprados. 2º O restante povo da Madeira é burro que nem uma porta porque nunca apostou numa alternativa, apesar de ser gente de bom coração. 3º A alternativa da oposição é fraca e ajudou ao perpetuar da sem vergonhice que existe na região em práticamente toda a vida democrática.
    Para terminar, toda a gente na Madeira sabe dos excessos do ex presidente em Porto Santo em Agosto…desde champanhe com cavacos, comitivas enormes, petisco e bebida e festa tudo “à moi” como dizem os franceses….”à moi” do contribuiente…e a curiosidade é que quem sempre pagou a maior parte da factura são os “malandros do continente”.

  4. Autonomia says:

    Deficiente mental este cubano de merda, inculto,de nome: Luis Gonçalves. Repete o que lhe contaram, nunca se informou para poder falar com conhecimento de causa, por isso deveria estar calado. e envergonhado de nada saber à cerca de uma Região Autónoma como a Madeira e das suas gentes principalmente. Que trabalharam 500 anos para dar de comer ao império e ao seus devaneios. o estudo publicada recentemente é a confirmação publica, para os que falam sem saber soube o deve e o haver entre o rectângulo e a Madeira por acho, que deve ser daqueles que julga que se vai a pé até há ilha vizinha de Porto Santo. As 2 casa em causa foram feitas antes do 25 de Abril de 74, uma para o director do aeroporto de Porto Santo, a outra para os directores dos restantes aeroportos existentes em território hostil, lá no rectângulo passarem férias. feita a regionalização de alguns serviços, não sei se o imbecil saberá o que isso quer dizer. o que foi o processo Autonómico. que infelizmente estagnou e estrangula os insulares, devidas as crises financeiras, que assolaram o rectângulo com a intervenção do FMI por 3 vezes depois do 25 de Abri de 74. será que este iluminado tem noção disso…???. As casas em causa que passarem a ser utilizadas e bem para férias e trabalho do membros do governo da Madeira neste 40 anos de autonomia, não são mais que normais e sem custos para os contribuintes com se diz, quem muito fez pela Madeira ser agora enxovalhado. pela utilização de uma simples casa. é não terem mais com que se entreter valha santa Engrácia salve a cabeça deste imbecis. assim não vão a lado nenhum. compara o Sócrates com o ex Presidente Alberto João Gonçalves Jardim é querer tapar o Sol com a peneira. querer comprar o incomparável.

    • É a melhor comparação possível. A diferença é que Alberto João Jardim é mais hábil à escapar à justiça do que José Sócrates. E compreende-se: com tanta gente como você a legitimar os abusos da casta laranja madeirense, é mais do que natural que os abusos se perpetuem. A menos que seja um enviado do regime para contra-argumentar as críticas legítimas aqui feitas. Nesse caso sugiro umas aulas em Lisboa com os fabricantes de Marias Luz.

  5. Bution says:

    Igual no Brasil ….todos Salafrários????

Trackbacks

  1. […] Cavaco fez-se acompanhar pelo novo regime mas não perdeu a oportunidade de se encontrar com os valorosos sociais-democratas que passavam férias à custa dos contribuintes. Numa das suas visitas, quiçá inspirado pela traquinice jardinista, Cavaco aproveitou o […]

  2. […] Em meados de 2014, Tolentino de Nóbrga, no jornal Público, dava conta da situação de falência técnica do PSD Madeira, fruto da gestão danosa de regime jardinista, que não contente com a destruição das contas públicas do arquipélago, fez questão de arrasar as contas do partido também. Despesismo e viver acima das possibilidades sempre foram a regra na ilha do Alberto. Férias por conta dos contribuintes incluídas. […]

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