A intervenção de Passos Coelho no debate de ontem não foi brilhante, ou, para ser um pouco mais rigoroso, esteve mais próxima do desastre do que o regresso de Relvas à antena. Confirma-se a velha teoria: ninguém ganha eleições, porque, só quem tem o poder é que as pode perder. Ontem, voltou a ser assim. António Costa esmagou e agora corre, de forma clara, para ser o próximo Primeiro-ministro.
Com o que sabemos hoje, parece-me impossível uma maioria absoluta e por isso teremos o PS com um governo minoritário ou será que haverá uma coligação? Coligação com a coligação, parece-me uma impossibilidade. Coligação à esquerda? Em função do que vamos vendo, também não estou a ver como.
Alguém tem a resposta?
Sem a renegociação da divida e alteração do tratado orçamental, não há possibilidade de acabar com a austeridade que nos tem infernizado a vida. Costa não disse uma palavra sobre estas questões, de onde se depreende que se prepara para governar num registo de “austeridade inteligente”, seja lá isso a filha da putice que for, que os seus “economistas” inventem.
Com aquela saraivada de perguntas e tão caninamente cronometradas pelos perguntadeiros, dificilmente se torna acusar alguém do ” nem sequer falou de…” Mais uma vez a batuta nas mãos dos media: elegem e derrubam governos.
Vamos ter uma governação a conta gotas, talvez a esquerda dê um emporrão.
Sempre é uma melhoria ter um governo que faz pouco…
Agora? Será um pouco mais do mesmo ou seja, o PS ligar-se-á à direita (preferencialmente) e, de vez em quando, à esquerda, até para justificar os atributos que lhe apontam (ser de esquerda).
Mas nada mudará: direita é direita e esquerda é esquerda. O PS ocupou o lugar do centro porque o PSD e o CDS são, claramente, partidos de direita e de extrema direita.
Eu não acredito em coligações, mas lá que as há, há.
Se o PS ganhar, vai depender mais da esquerda PC e Bloco com quem o PS se vai aliar. Será que vão alinhar pelo mais vale umas quantas políticas chave na mão (ensino, estado social, sector público) do que todas a voar ?
Não é necessário ser iluminado, basta não ter deixado que a propaganda da corrupção nos tenha formatado a mentalidade, como quase só se vê por cá. Como eu disse e repito, só em países sem democracia se vêm tantos debates e só se fala em democracia, uma táctica de marketing, precisamente por ela não existir. Não se ouve essa palavra senão raramente nos países verdadeiramente democráticos, tão poucos.
Se acha que isto é ser iluminado, então tem a sua luz apagada. Até porque os seus vaticínios no que escreveu falharam quase por completo. Só acertou no PS ganhar sem maioria
O P”S2 não se irá nunca aliar ao PC e ao Bloco porque não é socialista…
Uma perda de tempo com idiotices que afastam Portugal da democracia e o amarram ao regime da corrupção e do roubo impunes.
Nos países democráticos não há debates destes, mas a ignorância dos portugas impede-os de compreender a razão.
Olhe que não, olhe que não, como dizia o outro. Não se julgue mais iluminado que os outros, até porque não é.
Caro João Paulo,
Olhe que o anuncio da morte de Passos parece claramente exagerada.
Eu ainda apostaria o meu dinheiro no vitória do PaF.
Se alguma coisa esta ultimas semanas têm mostrado é que os eleitores estão a dar mais valor à segurança do que conhecem ao invés de correr riscos.
A ver o que diz a próxima sondagem.
Mas o PS,como não deve ter maioria, devia fazer acordos à esquerda
Se calhar a minha TV estava desnivelada com que queria ouvir e não ouvi. Passos Coelho esteve nervoso com a explicações que queria dar mas não lha permitiram. Costa apenas se limitou a contra-atacar. Passos foi mentiroso? Foi. Costa não irá pelo mesmo camnho? Que o confirmem os Lisboetas aquando a passagem pela CML. Se os 40% de redução da dívida da Câmara não fosse uma oposição errisória, estávamos perante um PM que sem palmadinhas na UE iria tirar Portugal da Cepa- torta, mas não. Costa, reduziu a sua dívida, melhor a divida da CML, graças aos contribuintes e não pelo seu esforço. Porquanto, os 30 000 000 de aumento da dívida de PPC é só passar uma calculadora ao AC para que ele adicione o valor da dívida em 2011 ao valor do juro de empréstimos em 2015 e depois questione a governação da CML com a governação do GP para retirar dúvidas daquele que mais tem feito pelos portugueses.
Para o resultado do debate é PPC -1: AC -1
Porquê um valor negativo?
Mantiveram-se isentos para os interesses dos portugueses e daquilo que necessitamos para Portugal no futuro.