O capitalismo é o pior dos sistemas, à excepção de todos os outros…

Nem vou aprofundar a discussão sobre apoios governamentais ao sistema financeiro, desde 2008 que publicamente discordo de tal medida, por mim qualquer Banco ou Seguradora se economicamente inviável deve falir como a mercearia da esquina. Aos que defendem a nacionalização do sistema financeiro, respondo que antes guardar o dinheiro no colchão a ser atendido por meia dúzia de antipáticos e mal encarados que acham que me prestam um favor, quando sou eu e todos os clientes que lhes pagam o salário. Vade retro, ainda me lembro do tempo em que os Bancos encerravam à hora do almoço e chegavam a fazer greve causando prejuízos incalculáveis aos clientes, impossibilitados de dispor do seu próprio dinheiro. A morte de um familiar próximo obrigou alguém ainda mais próximo a pedir dinheiro emprestado ao vizinho para conseguir assistir ao funeral a 200 kms de distância, tudo em nome dos direitos e conquistas de Abril. Óbvio que esse inenarrável episódio aconteceu antes do advento do Multibanco e privatização da Banca.

Posso ainda acrescentar numa época em que muitos questionam a independência e existência de televisões privadas, um pedido para recordarem a RTP pré 1992, “pedimos desculpa por esta interrupção, o programa segue dentro de momentos”. Curioso, desde que começaram as emissões da SIC primeiro e TVI depois, que acabaram “os problemas técnicos alheios à nossa vontade”… Poderia ainda referir os sucessivos cortes nos abastecimentos de água e energia eléctrica nos tempos das EP…

Temos agora o escândalo Volkswagen. Alguns consumidores já reclamam indemnizações e até automóveis novos, o que poderá atirar a gigante construtora para a falência, a não ser que o poder político intervenha. Mas nesse caso poderemos ficar perante um grave problema de distorção da concorrência. E caso o governo alemão nacionalizasse a construtora? Poderia obrigar o consumidor a preferir um VW a BMW ou Mercedes? Seria justo cobrar uma taxa em todos os automóveis para subsidiar a sobrevivência dos que ninguém quer comprar em nome da manutenção de postos de trabalho? Ou será preferível que o mercado funcione e que seja o grupo VW a fazer pela vida? Todos eles, da administração ao funcionário da limpeza…

Levando a teoria um pouco mais longe, quando matérias primas descem a cotação nos mercados internacionais, como o petróleo, algodão, café e outras, deve existir algum mecanismo que obrigue os consumidores a pagar mais por algo que vale menos? Estarão os consumidores portugueses preparados para pagar mais por um litro de combustível em nome das políticas sociais na Arábia Saudita, India, Venezuela, Angola ou China?…

Nuvens negras se avizinham em Portugal, longe de mim defender o incompetente governo de Passos Coelho que falhou praticamente todas as promessas e objectivos, mas no horizonte perfila-se o trafulha Costa assessorado por Galamba boy’s e quejandos, apoiado na sra. Martins & camarada Sousa, que nada de bom prometem excepto um novo descontrolo das contas públicas. Quando cheira a poder os partidos, em especial os do centrão ficam alienados, ainda recordo em 2004 um PSD a entronizar e aclamar Santana Lopes, apesar de alguns avisos à navegação. Como agora e bem, Assis, única voz que parece manter lucidez no PS… Mas não será ouvido, até que a catástrofe se abata sobre o partido e restante choldra. A zona Euro e U.E. não irão pagar os desmandos e desvarios dos que prometem tudo a todos. O socialismo é caro e normalmente termina quando se acaba o dinheiro nos bolsos do contribuinte, porque as rotativas, que felizmente já nem se encontram no rectângulo, não podem ser colocada ad eternum a imprimir papel-moeda e não se conseguem empréstimos em condições favoráveis afrontando quem financia, ou seja os mercados…

Comments

  1. Cláudio Silva says:

    Um texto cheio de banalidades e lugares comuns sem uma única ideia digna de apreciação.

  2. Nightwish says:

    Deviam era dar-te com um mercado na cabeça até perceberes de economia. O socialismo fica caro, mas ter toda a gente a endividar-se para pagar educação e saúde privada fica muito mais caro.

    • luis barreiro says:

      Concordo camarada, todos que não pensam como nós deviam de levar na cabeça forte e feio. Só quem defende o socialismo é que não deve de ser violentado.

  3. Vila do Conde says:

    Bom…achar o Assis lúcido é obra…mas, sendo eu democrta acho que o disparate é loivre como diria o Salgado Zenha. Mas essa de que foi a privatização da banca é que truxe o multibanco…é absolutamente insuperável

  4. Como agora e bem, Assis, única voz que parece manter lucidez no PS…

    É um chatice… Agora no PS + BE +PCP tá tudo maluco !!

    No PáF são todos pelos superiores interesses de Portugal…

    Ora PORRA !

  5. AA, um jovem de nome Luaty Beirão em greve de fome 36 dias e nem uma posta?! Ou fui eu andei distraído?

  6. “Levando a teoria um pouco mais longe, quando matérias primas descem a cotação nos mercados internacionais, como o petróleo, algodão, café e outras, deve existir algum mecanismo que obrigue os consumidores a pagar mais por algo que vale menos? Estarão os consumidores portugueses preparados para pagar mais por um litro de combustível em nome das políticas sociais na Arábia Saudita, India, Venezuela, Angola ou China?”

    O petróleo está barato. Os combustíveis nem por isso e o seu preço atual não é propriamente para beneficio de políticas sociais.

    • Nightwish says:

      O António gostava mais quando os escravizávamos e ficávamos com a riqueza para nós. Esquece-se é que mesmo nesses tempos dourados quem ganhava eram os mesmos.

    • luis barreiro says:

      Este EMS qual fascista liberal queria que os impostos sobre os combustíveis voltassem aos valores de à 10 anos atrás. Os impostos têm de ser altos para que se possa redistribuir o dinheiro de melhor forma.

  7. “A zona Euro e U.E. não irão pagar os desmandos e desvarios dos que prometem tudo a todos”

    1- Não há muitos anos, diziam para se investir e gastar.
    2- Com o descontrolo dos mercados e da banca veio a conversa dos que “viveram acima das suas possibilidades, dos preguiçosos e mandriões que trabalham menos horas e têm imensos feriados”
    3- O “espólio” da zona euro é , assim, pago por mim e por todos os cidadãos, especialmente os supracitados.

  8. Antonio Santos says:

    Só gostava de saber qual o país que vive melhor que nós aplicando políticas de esquerda do tipo PCP ou BE( não falo do PS porque esse é de esquerda-capitalista).
    É que eu não conheço nenhum

    • Caledonia says:

      António, com todo o respeito, pelo comentário você nem o país em que vive conhece…

      • luis barreiro says:

        Grande resposta Caledónia, deixou o António sem palavras.

      • antonio santos says:

        Menina. Por conhecer bem o país de norte a sul, de este a oeste, é que sei aquilo que digo. São muitas décadas a viver em Portugal.

    • Para ai a Islândia. Com politicas do género: “não pagamos” e “o nosso pais fora do euro”.

  9. FilipeMP says:

    Privatiza-se os lucros e “socializa-se” os prejuízos, é esta a definição de capitalismo em Portugal.

    • luis barreiro says:

      Quanto mais se nacionalizar, mais empregos garantidos e com direitos adquiridos temos. Viva as empresas públicas, abaixo o fascismo e o capitalismo.

  10. Rui Moringa says:

    Já não há capitalismo, digno desse nome.
    Agora há favoritismo comandado pelas empresas, corporações que intervêm nas decisões políticas de Bruxelas. As eleições são a fazer de conta. Quando o resultado não interessa ao modelo de favoritismo instalado, repetem-se, até dar o resultado conveniente.
    A formação dos preços…é uma longa hitória.
    Pessoalmente estou-me burrifando para o wisky. Prefiro vinho.
    Agora falem-me da formação do preço do vinho.
    A teoria económica é uma linda fantasia. É sempre contada pelos que ganham e mandam.
    Sei que um Povo digno desse nome, sem território, sem capacidade para se alimentar sem energia barata e sem capacidade para se defender, vai desaparecer.
    A identidade constroi-se a partir desses valores e da educação.
    Fico com urticária por causa do “alou-in”. Festejarei essa “coisa”, quando os “amaricados” festejarem o São João.
    Viva Portugal.

  11. antonio santos says:

    Ena… só conseguiram falar de um país e mesmo assim falharam. Claro que politicas anti-capitalistas não têm futuro. Ninguém quer viver numa economia fechada.

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