Carlos Abreu Amorim chama “Pasionaria revisitada” a Catarina Martins

Assim titula o Expresso, citando o liberal arrependido. Carlitos, como “católico praticante“,  não te esqueças que chamar nomes também é pecado.

Delegado comercial

“Quem não tem seguro, aprende em primeiro lugar que é bom reservar sempre um bocadinho para no futuro ter seguro”, disse o novo ministro da administração interna, João Calvão da Silva, a propósito das inundações em Albufeira.

Acontece que as seguradoras não pagam prejuízos com calamidade pública declarada, será que o ministro não o sabe? Relendo as declarações do ministro, percebe-se que na base do que ele afirma está uma convicção ideológica. “As pessoas estão conscientes que há outros mecanismos para além dos auxílios estatais”, disse Calvão da Silva, esquecendo-se de referir as letras miudinhas dos contratos das seguradoras. “Cada um tem um pequeno pé-de-meia. Em vez de o gastar a mais aqui ou além, paga um prémio de seguro.” Para este ministro, os pés-de-meia servem fazer seguros. Deixem-me dizer-vos uma coisa sobre os seguros. São negócios e, como tal, servem para dar lucro. Podem pagar, e pagam, prejuízos pontuais, mas dificilmente têm capacidade para pagar um prejuízo generalizado. Neste sentido, é uma fraude pretender que um seguro poderá resolver situações de catástrofe. Mas foi isso que João Calvão da Silva fez.

Um exemplo prático? Que seguro pagaria isto?

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Bolsas em queda e desta vez a culpa é mesmo do papão comunista

Cavaco Comuna

As bolsas europeias abriram hoje no vermelho, com excepção da robusta praça de Atenas. A bolsa portuguesa começou mal mas terá entretanto recuperado, situação que se poderá inverter a qualquer momento porque, como é sabido, os mercados são aquilo que os especuladores quiserem e os especuladores podem querer sodomizar-nos à bruta. Outra vez. [Read more…]

Mais uma do sr. deputado Miguel Santos…

miguel_santos

Hoje o Correio da Manhã, no seu website, noticia que, ontem, o deputado do PSD, Miguel Santos, recusou submeter-se ao teste de alcoolemia depois de ter sido parado pela PSP quando seguia de moto, às 5 horas e 5 minutos da madrugada, na Avenida do Brasil, no Porto. O argumento do deputado Miguel Santos para se recusar a fazer o teste do álcool foi segundo o agente da PSP a “ imunidade parlamentar “.

Mas qual é o cidadão português que se pode recusar a fazer um teste de alcoolemia refugiando-se na “ imunidade parlamentar “? Então os deputados, governantes, conselheiros de estado, presidentes da república porque possuem imunidade parlamentar podem andar nas estradas portuguesas alcoolizados, livres de fazer testes de alcoolemia, correndo o elevado risco de matarem cidadãos portugueses que vão tranquilos e sossegados na estrada ou na via pública? E já agora estes indivíduos que ocupam estes diversos cargos públicos podem desobedecer às autoridades tendo por base a “ imunidade parlamentar “?

Mas o mais curioso é que o deputado Miguel Santos na mesma notícia disse “ Eu não tinha bebido álcool, aliás, nem bebo”. Então qual era o problema para fazer o teste da alcoolemia? Este senhor só pode estar a tentar fazer de todos os portugueses parvos.

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Cavaco insiste em governo com maioria parlamentar

«O Presidente da República considera que o próximo executivo deve ter um apoio maioritário no Parlamento.»
[RTP, Maio de 2015]

Inspiração não

Tendo perdido a maioria absoluta nas eleições legislativas de Junho passado, o AKP, partido conservador do presidente turco Erdogan, teria sido forçado a formar um governo de coligação. Ora o presidente deixou claro que essa não seria uma opção, referindo-se depois ao resultado como um erro, que os eleitores teriam de corrigir em novas eleições. E eis senão quando, nas eleições ontem realizadas, o AKP obteve a maioria absoluta que lhe permite formar um governo de partido único, tal como nos anos anteriores. Felizmente para Portugal, a situação e os métodos não são, de todo, comparáveis. Menos seguro seria porém que Cavaco Silva, se tivesse essa possibilidade, não se sentisse inspirado pela ideia de corrigir resultados eleitorais através de uma nova ida às urnas… Esperemos que o seu sucessor não se incline tanto para julgamentos próprios quanto a erros do eleitorado…

A ciência da austeridade

Sempre bom recordar: