Marcelo, o coerente

Se há personagem lusa que sempre mostrou ao que vinha, essa pessoa foi Marcelo.

Diz o candidato-que-faz-de-conta-que-está-morto: “Privilegiar a Escola Pública é um erro.”

Acrescenta ainda a suprema inteligência do candidato-que-faz-de-conta-que-está-morto que a FENPROF manda no MEC.

Diz que a Liberdade de Escolha é fundamental e subscreveu a aposta de Nuno Crato no ensino Privado.

Agora quer ser Presidente da República. martelo

Ora, não podia ser mais coerente. Há quem o acuse de ser incoerente. Eu discordo. Este senhor é a coerência em pessoa, com direito a foto e tudo, no dicionário ilustrado, algures ali pela letra c.

Ele defende que o dinheiro do povo seja colocado nas escolas privadas. Eu defendo que o dinheiro seja usado para valorizar a Escola Pública.

Ele defende que a Escola Pública, estando maior, está pior. Eu escrevo que a Escola Pública, atendendo à forma como o PSD a tratou, até está muito bem.

Coerências à parte, quando eu for candidato a Presidente irei continuar a defender a Escola Pública. Ele, sendo um não-candidato, mantém a coerência e defende quem o financia.

Por isso, caro leitor, já sabe: se defende o desinvestimento na Escola Pública, seja coerente, vote Marcelo

Comments

  1. joaovieira1 says:

    Passados quase 42 anos da nossa democracia pós-Abrll/74, democracia bem à portuguesa que, apesar da Constituição inovadora que possui e deveria ser, intransigentemente, aplicada na luta contra as desigualdades e injustiças que sempre grassaram no nosso país, fez tudo, mas mesmo tudo para continuar a reproduzir e a manter no poder as elites que, verdadeiramente, contam, bancária, financeira e empresarial, em “sábio e permanente conluio” com os partidos e o Estado sob o olhar dúbio e complacente do parlamento, cada eleitor e eleitora terá de se compenetrar que, a 5/10 anos, não haverá melhor oportunidade que a actual para decidir pelo voto, quem, em breve, virá marcar e pautar, na presidência da república, a nossa vida colectiva, que, incluindo, obviamente, aquelas elites, dirão, sobretudo, respeito, aos que menos têm, mais trabalham por menos retribuição e mais sofrem, no início, meio e fim das suas vidas atribuladas. Será que estarei a pensar em algum candidato ou candidata apropriados a uma tão oportuna, consciente, elevada e responsável missão cívica? Certamente, sem menosprezo de ninguém, em Sampaio da Nóvoa.

    • Tenhamos maturidade suficiente para a melhor escolha!

    • Rui Moringa says:

      Sampaio da Nóvoa é do sistema (elites.. ) que acaba de criticar.
      Fora do sistema temos o:
      – Tino de Rans,
      – Paulo Morais,
      – Henrique Neto,
      – O Sr. Psicólogo.
      Os restantes estão comprometidos com quem está a capturar Estado.

  2. Antero Seguro says:

    Este candidato é uma espécie de Cavaco Silva muito mais hábil esperto, manipulador e culto. Mas que só vai ser uma surpresa, para quem nele votar.

  3. Será que alguém acredita que o problema da escola publica “nossa” depois de tantos anos de investimento e ter decido tantos nos rankings é mesmo de dinheiro? Ou é a coversa da treta de quem se insurge com razão contra as mentiras e não consegue ver o agulho no próprio olho
    Eu conheço dois colégios privados, que têm conquistado ano após ano mais alunos e onde o estado não meteu nem um centimo; e classificação nos rankings tem subido muito de ano para ano, apesar dos alunos serem penalizados injustamente por ao contrario de todos os alunos da escola publica “nossa” e “gratuita” não beneficiarem do apoio dos dinheiros de todos, que como é lógico deve ser universal , já que resultou dos impostos de todos.Mas a justiça de alguns entende que são mais merecedores do que os outros, mesmo que os resultados sejam bem inferiores.

    • Quer dizer, o dinheiro não é a resposta para tudo. De qualquer forma, está a comparar o incomparável. Quanto custa a propina nesse colégio? Quem a pode pagar? Que condições têm essas famílias? E as que não podem pagar? Como vivem? Onde vivem?

    • martinhopm says:

      Cristof9, colégios privados não devem receber quaisquer subsídios do Estado, ponto! Sobre a bondade e posições cimeiras nos ‘rankings’ dos mesmos até pode ser bem verdade, mas só no que a alguns diz respeito. Agora deveria era analisar-se os motivos por que tal acontece, quer quanto à ‘excelência’ do ensino quer quanto aos primeiros lugares nos rankings (deve saber que variados factores aqui interferem e que, por não os atenderem, estes ‘rankings’ são tudo menos fiáveis).
      E deve também saber que muitos destes colégios não passam de negociatas ‘outorgadas’ a barões do PS e do PSD. Pode ver, se estiver interessado, no blog ‘apodrecetuga’ ‘o negócio dos colégios privados faz políticos milionários’ e o que se passa com o grupo GPS. Penso que estará também disponível no facebook um ou mais programas sobre esta problemática transmitidos pela TVI já há algum tempo. Posso ser mais preciso, se estiver interessado.
      Já agora diga-me o que é ‘agulho’. É um provincianismo? De que província?
      Poderia continuar a argumentar. É que já venho do tempo da outra senhora. Conheci duas realidades diferentes. E por acaso trata-se de assunto (o ensino) em que poderei falar com conhecimento de causa.

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