Como os bancos portugueses destruíram 40 mil milhões de euros

Banksters

e como essa factura chegou, quase na íntegra, ao seu bolso, é o que explica este vídeo apresentado pelo Pedro Santos Guerreiro, no site do Expresso. Resumidamente, a coisa funciona assim: os bancos são gananciosos e querem lucros estratosféricos para distribuir pelos accionistas. Então, permitiram que fossem concedidos empréstimos a torto e a direito, em muitos casos aos próprios accionistas do banco, mas uma boa parte desses empréstimos, por algum motivo, acabaram por não ser pagos na sua totalidade, gerando as tais das imparidades. Essas imparidades foram-se acumulando, resultando em perdas, também elas estratosféricas, que puseram a nu as fragilidades dos bancos, que viram os seus resultados cair a pique. No total, desde 2008, os bancos portugueses registaram cerca de 40 mil milhões de euros em imparidades. Depois da festa de crédito fácil, patrocinada pela avidez dos dividendos e pela irresponsabilidade dos gestores bancários, vieram os aumentos de capital. E quem os patrocinou? Nós, os suspeitos do costume, através do Estado que apoiou os bancos em cerca de 21,25 mil milhões de euros, dos quais apenas 4,48 mil milhões foram devolvidos. Lembre-se disto da próxima vez que lhe disserem que viveu acima das suas possibilidades.

Comments

  1. Ernesto Martins Vaz Ribeiro says:

    Quem disse que vivemos muitos anos acima das nossas possibilidades foi o mesmo irresponsável que disse, na televisão, que 10.000 euros por mês não chegavam para governar a sua casa e o mesmo irresponsável que nos veio dizer há uns meses que temos de ter todo o cuidado sobre o que dizemos do nosso sistema financeiro. De irresponsabilidade em irresponsabilidade se vão pronunciando os nossos professores doutores …
    Que bom que seria para os portugueses se se enganasse algumas vezes e se fossem frequentes as suas dúvidas…

  2. Vou ali e já venho says:

    Eu fiz tudo, tudo bem feito…
    Disse a múmia paralítica…

Trackbacks

  1. […] sugar mais uns quantos milhares de milhões de euros aos cofres da nação. A banca dos biliões de imparidades e do crédito malparado, o tal que um certo ex-primeiro-ministro disse um dia não constituir […]

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