Wolfgang Herles, antigo director da televisão pública alemã ZDF, acusou esta semana o executivo de Angela Merkel de dar orientações muito específicas sobre a linha editorial que a estação deve seguir, nomeadamente a forma como alguns assuntos devem ser abordados ou o próprio alinhamento dos noticiários, decidindo sobre o que pode e não pode ser alvo de cobertura informativa. Herles acrescentou ainda que o comentário político segue a linha da coligação no poder (CDU/SPD).
Nada de novo. Por cá as coisas não são muito diferentes. José Rodrigues dos Santos, a escola liberal com assento permanente no Prós e Contras ou a presença assídua dos principais opinion makers da Fox News da direita nacional do Observador nos programas de debate político, algo que contrasta com a habitual ausência de comentadores afectos ao BE e ao PCP são indicadores disso mesmo. Pena que a Comissão Europeia não mostre noutros casos o músculo que mostrou contra a Polónia.
A sério?
Aprenderam connosco…
Um exemplo do fenómeno da globalização.
Terá sido pela via das exportações?
O bom mestre é aquele que transforma uma cópia em novo modelo. Nós copiámos via importação e depois, exportámos com um “toque de classe”…
lá como cá. vive-se um sufoco na comunicação social portuguesa – e já sem disfarçar sequer.
A informação é em primeiro lugar um bem comercial, depois um meio de traficar influências, e por fim um palco de conflitos e interesses cujo funcionameto utrapassa a compreensão imediata. além disso, os apresentadores são assalariados (ainda que demasiado bem pagos, e com demasiado protagonismo), de empresas que dependem antes de mais dessa troca comercial, dessas influências e desses interesses.