Missa e escola

O presidente da Confederação de Pais e Encarregados de Educação defendeu a realização de missas na Escola Pública. Há mesmo escolas no Norte que já o fazem, e em horário lectivo, relegando os alunos que não participam para salas de espera. Tal é ilegal, inconstitucional. A liberdade de culto só pode ser garantida por um Estado laico. Forçar as situações nesta questão é abusivo, provocador e imprudente. Não faltam os templos – grande parte deles propriedade do Estado, que os cede benevolamente – onde os cultos naturalmente ocorrem. Forçar o culto religioso nas Escolas Públicas é ostentar um abuso de posição, saudade de uma hegemonia há muito e em boa hora perdida. Não forcem, pois, não joguem em conflitos há muito ultrapassados e que nada trazem de bom Já basta o que basta.

Comments

  1. Konigvs says:

    Isso é muito mau. Eu, que já nasci no pós 25 de Abril, ainda me lembro de ter crucifixo na sala de aula e de nos obrigarem a benzer e a rezar o pai nosso.
    Mas pior ainda, e não vejo ninguém a insurgir-se contra isso, é termos feriados católicos (ou cristãos). E eu estou à vontade para falar pois não sou religioso.
    E ou assumimos que verdadeiramente vivemos num Estado Laico, que há separação entre Estado e Religião, ou não, e o que acontece é que, à semelhança dos 100% de católicos deste país, vivermos num “Estado Laico Não Praticante”. E isso é vergonhoso.

  2. MJoão says:

    Esta forma, insidiosa, de entrar na escola pública e laica já se nota há uns tempos. Da generalização de EMRC da pré aos últimos anos do secundário e a benção de pastas de alunos “finalistas” da pré e primeiro ciclo, tem-se visto de tudo um pouco.

  3. Socorro ! says:

    Este país é pior que a América Latrina…

  4. Nascimento says:

    Mas afinal de escolas estamos a falar? Quais? têm nome? Ou é uma atoarda,e naõ se mete nome aos bois???É que assim não vale. Se há ESCOLAS PUBLICAS que fazem isso devem de ser denunciadas PUBLICAMENTE ! Ou não? Não basta dizer que HÁ, E DEPOIS FICA-SE NO “NIM.”…

    ps. Filho meu ,que fosse colocado de parte, por causa de uma missa em horário escolar,o professor ou o diretor, ou o raio que os parta haviam de se haver comigo.

  5. Carvalho says:

    Essa gente religiosa são como os ratos: propagam-se na sombra, põem a pata em cima de tudo e de todos, de modo prepotente e arrogante, são maléficos e transmitem doenças; sim, doenças do espírito, muito mais graves que as do corpo. Acreditar nessas superstições e pactuar com as suas práticas medievais é aceitar a imbecilização da sociedade.
    E os bandalhos atacam logo nas escolas, porque sabem que os mais pequenos têm reduzida capacidade de defesa. Que escumalha!

Discover more from Aventar

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading