Aparentemente, Pedro Passos Coelho não encontra motivos para celebrar o Dia do Trabalhador. Segundo o ex-primeiro-ministro que espezinhou direitos laborais e que se esforçou arduamente por precarizar e transformar o mercado laboral num oásis de mão-de-obra barata para abutres, a situação do emprego em Portugal é preocupante, isto apesar da tímida redução do desemprego registada em Março que, há uns meses atrás, seria motivo para fogo-de-artifício e bandas a tocar na São Caetano.
Claro que a situação é preocupante e o país não precisa que Passos Coelho lho venha dizer. Mas este teatro contraditório do líder do PSD, que alega defender os trabalhadores ao mesmo tempo que critica a reposição de parte dos seus rendimentos e direitos, isto depois de mais de quatro anos a mascarar os números do desemprego e a criar condições para facilitar despedimentos, chega a ser anedótico. Vai daí, Uma Página Numa Rede Social decidiu compilar uma séria de recortes de jornal que nos recordam aquilo que foram os anos dourados do mercado laboral durante o consulado Passos/Portas. Para memória futura.
Está tudo doido !!! a mania e o hábito da “batota”, agora chamam-lhe mercados,não vão conseguir resolver a situação económica mundial por ausa da “globalização” e da ambição e egoísmo natural da raça humana !!! Estaremos condenados a escravatura ???
Só o título do primeiro recorte (“Emprego só cresce para salários até 310€”), e na mesma edição, mais abaixo (“Presidente do BCP defende cortes nos ordenados para manter postos de trabalho”) — é todo um tratado sobre o que é a verdadeira e única ideologia do regime. A verdadeira e única “reforma estrutural” que esta gente defende. As duas notícias estão aliás interligadas: os donos disto tudo são essa malta fixe dos bancos, sempre prontos a dar a sua receita sábia para diminuir o défice, eles que foram e continuarão tendo palco na imprensa (que eles pagam e portanto controlam) como se fossem os maiores experts em gestão responsável. Sim, nós sabemos.
Sabemos que a mentalidade de ‘traficantes de negros’ continua tão viva hoje como era há vários séculos atrás.