Assunção Cristas e a vida quotidiana das famílias

ACPP

Moralista como boa “democrata-cristã” que é, a mais recente imperatriz do táxi afirmou aos jornalistas que

O PS, com o apoio das esquerdas, não quer saber da vida quotidiana das famílias portuguesas, não quer encontrar uma solução para a natalidade e entende que tudo se resolve com o crescimento económico.

Temos, portanto, uma moralista a dar lições de moral. Uma moralista que lidera um partido de causas aleatórias, consoante os apetites da sua pequena mas influente elite, que um dia diz defender os pensionistas e no outro aprova cortes violentos nos rendimentos dos anteriores como se nada fosse. A culpa é sempre da esquerda.

A causa de ontem foi a natalidade. Sim, a natalidade, essa que caiu ano após ano durante o período em que governou com sob as batutas do aldrabão amnésico e do ambicioso irrevogável. Porque como é sabido, o CDS-PP esteve sempre muito preocupado com a vida quotidiana das famílias, nomeadamente quando participou activamente na implementação de cortes cegos, sucessivos aumentos de impostos e na degradação das leis e direitos laborais. Só ao alcance  daqueles que se preocupam mesmo muito com a vida quotidiana das famílias.

Sim, eles estavam mesmo muito preocupados com as famílias. Tão preocupados que Portas se chegou mesmo a demitir porque Maria Luís Albuquerque havia sido escolhida para ocupar a cadeira de Vítor Gaspar. Maria Luís Albuquerque que, como se sabe, foi um verdadeiro atentado à vida quotidiana das famílias. Claro que quase tudo tem um preço e o de Portas até foi baratucho: uma promoção e o ministério da Economia para o CDS-PP. Tudo em nome das famílias e do seu bem-estar.

Por falar em famílias com as quais Assunção Cristas se preocupa, será que os parentes partidários que nomeou para a administração da Parque Expo, empresa que até era para liquidar, continuam a derreter milhares de euros em ajustes directos em família? O PS até pode não querer saber da vida quotidiana das famílias portuguesas mas as famílias do CDS-PP continuam bem orientadas. Em cada esquina um Jacinto Leite Capelo Rego.

Foto@Sapo

Comments

  1. tekapa23 says:

    Mas que disparate ! Do escrevinhador, claro…

  2. Excelente João.

  3. Portuga endividado says:

    Os faxistas nunca dizem disparates… claro!
    Muito gostei eu da faxaria a 26/4/74… tudo a embrulhar a baixela e a cavar para Spain and Brazil…

  4. Tristeza de artigo.Bem se esforçam mas …Cristas deu provas enriquecedoras durante o período governativo ao passo que a pequena «sryza» além de palavras nem exemplos nem provas dadas,só discursos.Deus nos ajude pois o afundamento é bem evidente e só as ceguinhas não querem vêr.

    • Ooooooooh, tadinha. Não chores. Tens que ser mais acutilante para receberes a tua mesadinha. Reza, pode ser que ajude.

    • Pois deu provas, lá isso deu. Provas de estupidez e de incompetência. A começar pela Lei das Rendas, um dos diplomas mais atamancados e absurdos que já foram publicados em Portugal, não tendo obtido o acordo nem de proprietários, nem de arrendatários; continuando com a política de “eucaliptização” do país a todo o vapor (esta agradou aos industriais do papel, vá-se lá saber porquê…) e com um imenso estendal de medidas erradas nas pescas e na agricultura. De provas, estamos conversados. Aliás, ficou provado que era mulher de muita fé, embora pouco crente na ciência e na política de prevenção : ante uma seca severa em 2012, seca previsível e prevista pelos técnicos e cientistas, não arranjou melhor do que umas rezas à N. Senhora de Fátima. A entidade divina fez orelhas moucas e a ministerial criatura nem uma ajudazita obteve de Bruxelas. De qualquer modo, reconheça-se a sua honestidade e modéstia: aqui há uns tempos comparou-se a Jesus Cristo, também ele rodeado de gente pouco recomendável (estaria a pensar no portas, no relvas e no coelho ?) para alcançar os seus objectivos. Só que, enquanto Jesus procurava a salvação das almas, a pobre cristas apenas quer salvar aquilo que resta do táxi em plena corrida para o abismo.

    • Renato says:

      jo, eu sou pai e percebo alguma coisa de natalidade. Um pai ou uma mãe precisam é de dinheiro no bolso para alimentar, vestir e educar um filho. Menos dinheiro, menos filhos. Simples. O resto, teletrabalho, licenças para avós, etc, é treta. Confie em mim. Se ainda não é pai (ou mãe?), vai descobrir quando for.

  5. Ana A. says:

    Discursos sobre a natalidade vindos de certas elites, são uma afronta para as pessoas que se debatem com o desemprego, baixos salários, trabalho precário que os impossibilita de fazer um simples contrato de arrendamento, horários de trabalho “anti-família”…
    Criem-se condições sociais para uma vida “normal” e depois questione-se!

  6. Daniela says:

    Tem piada que o diário de noticias publica uma noticia em que diz o seguinte “O número de bebés que nasceram em Portugal aumentou pela primeira vez em cinco anos. No ano passado analisaram-se 85 058 testes do pezinho, mais 1958 do que em 2014, segundo dados do Instituto Ricardo Jorge. Um sinal de que os portugueses estão a olhar para o presente e futuro com mais confiança, mas também o reflexo de que há muitas mulheres que não podem adiar mais a maternidade. ” Presumo que isto sejam dados de 2015 e que eu saiba o governo na altura era PSD-CDS….

  7. Anti-pafioso says:

    Tão querida que ela é .

Trackbacks

  1. […] uma sombra mal-amanhada da sombra de Portas. Repete os mesmos chavões, usa os mesmos soundbites, mete frequentemente os pés pelas mãos, prima por um discurso no mínimo infantil e é muito, muito chata. O oposto de Portas, que nunca […]

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