A máfia bancária e o fim do verde – código – verde

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Já tinha reparado nisso e agora confirmo que é geral.

Fazer um pagamento com cartão tornou-se ligeiramente mais complexo. Agora, antes de inserir o código, é preciso escolher o canal através do qual será feita a transacção. É indiferente para os clientes, mas há custos diferenciados para os comerciantes. [Jornal de Negócios]

O diabo está nos detalhes, tal como se constata neste caso. Agora, com os novos terminais de pagamento multibanco, antes de inserir o código passou a ser preciso escolher a rede de pagamento, se VISA (ou outra internacional), se MULTIBANCO. Por omissão, e aqui está o detalhe, a rede é a VISA (ou outra internacional). Para mudar, sabendo-se que se pode mudar, o que não é óbvio para quem está habituado ao verde – código – verde, é preciso carregar numa tecla de cursor e, só depois, é que começa a sequência verde – código – verde. Portanto, quem fizer como sempre, estará a pagar via rede VISA (ou outra internacional). Se bem que para quem paga não deverá haver diferença, já para o comerciante significará uma comissão bancária bem superior.

Se esta mudança tivesse sido desenhada para ter impacto nulo, então a opção pré-seleccionada seria o pagamento a rede MULTIBANCO. Como não é o caso, há a suspeita de se estar perante um truque para cobrar mais dinheiro aos comerciantes.

Vamos agora esperar, sentados, pela intervenção do Banco de Portugal para acabar com este novo truque para sacar dinheiro à conta do desconhecimento ou inércia dos consumidores. Até lá, já sabe, agora a sequência de pagamento passa a ser seta para baixo – verde – código – verde. Sempre que possa, use-a e, já agora, passe esta informação.

Adenda 1 (17/6/2016): Os cartões afectados são os que tenham modo “híbrido”, em que o cartão de débito passou a ter crédito associado. São uma inovação da banca que, há algum tempo, gerou polémica (ver estes artigos: 1, 2).

Adenda 2 (21/06/2016): Finalmente, a SIBS esclareceu a questão. O post foi actualizado para reflectir que em causa está a escolha do pagamento via rede VISA (ou por outra rede internacional) ou, como segunda opção, pela rede MULTIBANCO. A SIBS sublinha que a alteração não tem custo para o cliente, o que nunca esteve em causa, mas é omissa quanto aos custos para o comerciante.

Comments

  1. eu quero ir prá ilha... says:

    E a velhota QUINA lá no Norte é que é carteirista…

  2. Estamos para ver se o BdP atua. Não acredito muito que algo mais aconteça. A inação do BdP é notória, porque quem trabalha hoje lá, amanhã irá procurar emprego noutra entidade bancária, ou nos grandes grupos económicos que mandam no sistema bancário.

    • Rui Silva says:

      Por isso mesmo, em vez de clamarmos sempre por algum papá para que nos venha defender ( que nos vai trazer custos no futuro, como o Tayeb muito bem chama a atenção) , devemos nós mesmos actuar. Se alguém acha que esta situação é lesiva dos seus interesses deve abster-se de a usar. Só dessa forma o banco vai perceber que tem de mudar de estratégia.
      Se a maioria aceitar a decisão e nada fizer, é porque isso não é importante para a maioria. É a democracia a funcionar.

      Rui Silva

      • Não resulta Rui. Aqui o que falta é a supervisão e isenção. O BdP funciona de uma maneira restrita, e não clara.

        • Rui Silva says:

          Ok, mas tem a consciência que isso de clamar por mais Estado vem sempre com uma fatura a pagar …
          Cumps

          Rui Silva

          • j. manuel cordeiro says:

            Exercer a regulação não significa mais Estado. Aliás, é um mecanismo fundamental daqueles que defendem o conceito de menos Estado.

            Aqui, realisticamente, não existe a possibilidade de não usar, a não ser que prefira trazer a carteira cheia de dinheiro. E se todos o fizerem, a banca lançará uma comissão sobre os levantamentos, como, aliás, já tentou fazer. Há a possibilidade, sim, de escolher pagamento a débito, mas haverá muita gente, aposto, que não se aperceberá dela.

      • ricardo cordeiro says:

        Simpático argumento de, por abstenção ao serviço, obrigar a banca a emendar estratégia, não fora o caso de a BANCA ter criado necessidades na vida corrente dos cidadãos e o Estado, por conveniência ou inação ou submissão, ter acedido a tudo o que a BANCA quis. Veja-se que até fizeram o FAVOR de criar um tipo de conta para os pobrezinhos, mas onde até os mesmo muito pobres não podem aceder. Quanto a esperar por um ESTADO paizinho que nos defenda…então porque é que pagamos : secretaria de estado da defesa do consumidor, BdP, Autoridade da concorrência etc etc….afinal pagamos impostos para sustentar o nosso PADRASTO, no pior que asserção ainda comporta. Obrigar, por abstenção de uso de serviços, neste caso bancários, seria praticável num verdadeiro ESTADO DE DIREITO devidamente FISCALIZADOR e REPRESSOR dos faltosos e onde a população tivesse um elevado nível de PRODUÇÃO/RENDIMENTOS que lhes permitisse dispensar as “GENEROSAS” ofertas Bancárias e das “?sociedades financeiras?” de fácil aceso ao consumo. Não reconhecer que o CAPITAL está em roda livre e detém o poder sobre os Estados e as Politicas é tapar o sol com a peneira e ignorar a progressão desmedida do cancro social a que a selvajaria especulativa e usurária está a levar o PLANETA. Há que :
        DENUNCIAR E OBRIGAR OS ESTADOS A CUMPRIR AS FUNÇÕES PELAS QUAIS SE FAZ COBRAR EM IMPOSTOS. há QUE denunciar e punir SEVERAMENTE os agentes POLITICOS e ECONÓMICOS que dão cobertura aos novos esclavagistas e agiotas.

        • Rui Silva says:

          Meu caro e como chegamos até aqui ?
          Foi sempre à conta dos “crentes” como você. Você acredita no “Pai Natal”. Dizem-lhe que os impostos aumentam para lhe fornecerem melhores serviços. E ao fim de todos estes anos você continua a acreditar.
          As regulações são para o proteger… Veja o caso da Uber, tanto barulho e ainda não vi ninguém preocupado com o utente dos táxis…
          Ainda recentemente o imposto sobre combustíveis aumentou absurdamente acima do já absurdo valor, e numa entrevista televisiva uma senhora na bomba de gasolina disse que isso não a afectava muito! Bendito sistema de ensino que assim “prepara” o cidadão para “comer o que lhe colocam no prato !
          Mas voltando à questão inicial, de quem é a culpa da submissão do Estado ao Capital ? Os políticos não é ? E a solução é pedir mais Estado! A mim parece-me masoquismo.
          A nossa protecção parte de nós mesmos, mas claro que isso trás mais responsabilidade e dá trabalho, seria muito mais confortável a tal existência do Papá, mas está à frente dos nossos olhos o resultado -> Capitalismo de Estado ou de Compadrio como queira. E porquê ? Porque o Socialismo precisa de dinheiro e vende-se por tudo e por nada ou melhor pela sua própria sobrevivência.

          cumps

          Rui Silva

          • j. manuel cordeiro says:

            Aproveitando para me meter na conversa… 🙂

            Ó Rui, e é por causa de “crentes” como você que temos a electricidade mais barata. Não é assim, desde que saiu do Estado para o milagre do mercado?

          • Rui Silva says:

            Otimo exemplo !

            A electricidade é um o exemplo acabado da desastrada intervenção estatal no mercado.
            No glorioso ano de 1976 o estado nacionalizou mais de uma dezena de empresas que operavam o sector ( para o bem geral , claro está!).
            Andamos desde aí a intervir no mercado impedindo a livre concorrência. O PS privatização a empresa entre 1997 e 2000.
            O anterior governo e em desespero de causa (era preciso dinheiro para o sorvedouro da dívida / juros colossais ) vendeu a ultima parte da empresa.
            Você não consegue ver a maravilhosa obra que o seu querido Estado fez no sector ,pois não!
            Pagamos a energia a um preço que eu diria médio alto e junto com a fatura da electricidade pagamos todos os devaneios que foram feitos nestes anos todos que duplica o valor da factura.
            Mas há uma coisa boa, ainda há menos de um mês foi feito o fantástico anuncio que nesse dia Portugal tinha sido abastecido apenas por energia renovável . O pagode ficou orgulhoso . Mas ninguém disse que devido à intermitência das renováveis as nossas centrais termoeléctricas tem que estar a funcionar. E para onde foi essa energia nesse dia ? Já sei, foi exportada. E isso é bom. Mas a que preço foi exportada ? A cerca de um terço do preço que por cá o pagode paga ( a energia “limpa”).
            Mais um fantástico resultado da intervenção estatal, fornecer energia ao exterior barata e consumir a cara !
            O que é que teria acontecido se em vez da gloriosa nacionalização de 76 , as empresas existentes tivessem concorrido no mercado ? Para mim a resposta é óbvia: teríamos a energia ao preço mais barato possivel.
            Um “Crente” após tudo isto ainda acha e achará que o problema é dos privados.
            Enfim…

            Cumps

            Rui silva

  3. Não percebo! Devo estar a leste de alguma tecnologia nova. No que me toca, tenho 2 cartões: um de débito, que só dá para débito, e outro de crédito, que só dá para crédito. Pagar a débito ou a crédito não depende de nenhuma tecla, mas do cartão que eu uso. Será que agora há cartões que dão para as duas coisas e o meu banco não me avisou?

    • j. manuel cordeiro says:

      Caso tenha um Visa electron, que é um cartão de débito, não tem a ver com o cartão, mas sim com o terminal de pagamento. Nos novos terminais, antes de pagar precisará de escolher se será pagamento a débito ou a crédito. Se não alterar a escolha será a crédito. Repare que, possivelmente, tem um cartão Visa electron, o qual poderá ter associado uma vertente de cartão de crédito, apesar disso não lhe trazer vantagens. Este artigo explica: https://www.publico.pt/economia/noticia/banco-de-portugal-proibe-uma-das-versoes-dos-novos-cartoes-de-credito-diferido-1561288

      • Obrigada pela informação. É isso mesmo: tenho um “Visa electron”, a que o Público chama “cartão híbrido”. Ainda no Público, “Para Carla Varela, jurista da associação de defesa do consumidor Deco, a alteração dos cartões de débito directo para um sistema misto revela “uma preocupante falta de transparência”. Penso que é isso mesmo, pois não me informaram de nada. Mas irei ao Banco (CGD) ver se é possível darem-me um cartão que seja só de débito, para não ter que me preocupar com as teclas…

      • Uma noticia de 2012? Uau!

        • j. manuel cordeiro says:

          Veja melhor. O post não é sobre o artigo do Público.

      • Paulo Gonçalves says:

        Isto é ótimo pah!!

        vou usar o meu cartao de debito para fazer pagamentos a credito.

        depois podem vir bater a minha porta que nao tenho bens para penhorar…

        rica vida que ai vem!

    • Rui Silva says:

      Trata-se do seguinte:
      Os bancos, e provavelmente bem, decidiram dotar cada cartão das duas utilizações possíveis (movimentos a crédito e a débito). Deverão estar a reduzir custos como é seu dever ( o cliente agradece!).
      Para isso o utilizador, no acto da movimento, deverá decidir a que tipo de movimento quer recorrer. Mas para quem vê no capitalismo um papão , e acha que as pessoas são incapazes de somar 2+2, logo aparece a teoria da conspiração e o pedido da intervenção do papa Estado.

      Rui Silva

      • j. manuel cordeiro says:

        Leia o artigo do Público que coloquei no comentário anterior e depois falamos de papões.

        Sim, os bancos estão a tentar obter uma fonte adicional de rendimento. Sem que exista contrapartida que justifique o lucro adicional.

        • Rui Silva says:

          Com estas fontes de rendimento em que eu posso decidir se quero ou não , posso eu bem.
          Em relação à hipotética taxa de levantamentos , esta só poderá existir se houverem depósitos. Por isso é que devemos ser contra a próxima regulamentação da UE em acabar com as notas de 500€, pois a seguir virá a proibição das de 100 etc. E aí seremos obrigados a usar apenas o circuito bancário para ficarmos completamente à mercê do sistema ( ou melhor dizendo da corporação Banca/Políticos) que nos extorquirão a seu bel-prazer. A propósito, esta é mais uma boa razão para esperar que o Brexit aconteça o mais rápido possivel. Parece-me que apenas o Reino Unido ( não esquecer que sempre foi um pais que liderou em termos de liberdade) será capaz de quebrar esta vontade politica para a uniformidade que nos querem impor.

          Rui Silva

          • j. manuel cordeiro says:

            “Com estas fontes de rendimento em que eu posso decidir se quero ou não , posso eu bem.”

            Não, não pode. Tem a ilusão que pode decidir, mas individualmente não tem força suficiente para impor seja o que for. “Ah e tal, basta todos recusarem fazerem isto ou aquilo”, talvez me aponte, ao que lhe perguntaria se estaria em vias de enfileirar o colectivismo do socialismo. Ao longo de décadas, o que tenho observado é que os interesses do indivíduo são secundários e apenas posições colectivas de força mudam algo.

            “Em relação à hipotética taxa de levantamentos , esta só poderá existir se houverem depósitos. ”

            Não é por falta vontade da parte da banca que deixou de ser hipotética:
            http://economico.sapo.pt/noticias/ja-ha-tres-bancos-a-cobrarem-taxas-por-levantamentos-no-multibanco-em-espanha_225169.html
            É mesmo porque, ai que escândalo, o Estado protegeu a parte mais fraca.

            Já o fim das notas de 500 é uma razão muito mais prosaica, chamada branqueamento de capitais.

          • Rui Silva says:

            É esse o meu ponto , o Estado tende a proteger o mais forte daí eu não compreender, essa de estar sempre a pedir mais Estado. Dizem cobras e lagartos do estado mas estão sempre a pedir mais. Desconfiam dos políticos mas querem entregar-lhes o poder total!
            Uma acção individual pode não ter muita força mas muitas individuais tem. Segundo a sua teoria as eleições por voto individual não mudam nada porque o seu voto não tem força …
            Aqui nos comentários li uma senhora que explicou como vai resolver o problema sem estar à espera do Estado. Os que não fizerem como ela, não tem problema em conviver com as regras que o banco aplicou.
            Ainda outro problema: com uma imposição estatal que pode estar a interferir em algo que as pessoas na sua maioria aceitam. Ás vezes achamos algo muito mau mas a maioria não pensa deste modo. E mais uma vez o Estado estaria a interferir agradando a uma minoria e desagradando à maioria.

            Rui SIlva

      • Helder P says:

        O Rui que tanto clama pela liberdade individual e contras as decisões que o monstro Estado toma pelo cidadão, afinal não se importa que sejam outros a decidir por si, neste caso a banca privada. Se são privados, devem ser infalíveis e sempre com o bem comum em mente, não é Rui?

        Eu tenho apenas cartão de débito, não tenho nem quero de crédito e no dia em que o meu banco, Caixa Geral de Depósitos a saber-se, me enviar um cartão de crédito será prontamente devolvido. O cliente ainda tem razão ou não?

        • Só um pequeno “à parte”, à última parte do seu comentário. Eu uso sempre que possível o cartão de débito (até para controlar melhor a minha “contabilidade”), mas há casos em que ele é insuficiente, pelo que tenho também o de crédito. São esses casos as compras pela Internet e também em países estrangeiros (à excepção de Espanha, que aceita os nossos cartões de débito).

          • Helder P. says:

            Quanto às compras online, Maria, pode usar MB Net ou MB Way, e não precisa de cartão de crédito.

          • E eu pago por transferência bancária !!!!!!!

        • Rui Silva says:

          Errado. A banca privada não toma decisões para o “bem comum”. A banca se é privada deve tomar decisões que maximizem o lucro. Cabe aos seus clientes decidir se devem permitir essa decisão ou não. Está nas suas mãos.
          Isto caro Helder é que é difícil de fazer entender aos estado-dependentes.

          Rui Silva

          • j. manuel cordeiro says:

            “Cabe aos seus clientes decidir se devem permitir essa decisão ou não. Está nas suas mãos.”

            Não está, como referi noutro comentário. Por exemplo, hoje em dia todos os bancos aplicam uma série de valentes comissões que, há uns anos, não existiam. E o Rui, pleno de liberdade de escolha, vai fazer o quê? Vai para outro banco, que lhe cobra o mesmo.

          • Rui Silva says:

            Poderei colocar as minhas poupanças no Panamá.

            Rui SIlva

      • j. manuel cordeiro says:

        “Deverão estar a reduzir custos como é seu dever ( o cliente agradece!).”

        Precisa de aferir a sua leitura da realidade. Como resultado das diversas “optimizações” no sistema bancário, o que eu observo é um sistemático aumento de comissões sobre as contas bancárias e sobre os movimentos bancários.

        • Rui Silva says:

          Também não observou que as taxas de juro estão muito baixas ?

          Rui Silva

      • Há quem queira viver numa sociedade organizada, com direitos e deveres e um Estado que garanta o cumprimento desses direitos e deveres… e há os que querem viver na SELVA do cada um por si e salve-se quem puder. Esses estão sempre a clamar por “menos Estado”. Dá-lhes jeito…

        • Rui Silva says:

          Então o Samuel deve estar satisfeito da vida com o nosso Estado! Tudo bem, parabéns, mas não se queixe.

          Rui Silva

          • Maria says:

            São precisamente as pessoas como o Rui Silva aquelas que se queixam do estado. Mais ninguém o fez aqui e em relação a este assunto até agora. Não percebo porque acusa de forma negativa outros de um comportamento que é o seu.

          • Rui Silva says:

            Transcrevo uma parte do post:

            “Vamos agora esperar, sentados, pela intervenção do Banco de Portugal para acabar com este novo truque para sacar dinheiro à conta do desconhecimento ou inércia dos consumidores.”

            cumps

            Rui SIlva

      • Paulo Gonçalves says:

        Isto é ótimo pah!!

        vou usar o meu cartao de debito para fazer pagamentos a credito.

        depois podem vir bater a minha porta que nao tenho bens para penhorar…

    • Maria Manuela Rodrigues Henriques says:

      Realmente já tinha reparado que os terminais eram diferentes mas desconhecia isso. Mas o que acontece é que o funcionário da loja diz-me para marcar apenas o código e verde depois de ele próprio ter carregado num outro qualquer botão. Por isso creio que os comerciantes estão a ter esse cuidado.

      • j. manuel cordeiro says:

        Com efeito, já reparei quem alguns comerciantes me entregam o terminal dizendo que é só inserir o PIN. Mas noutros não. Hoje, na Worten, a empregada até me informou que podia escolher, sendo as opções pagamento com Visa ou com Multibanco.

      • Paulo Gonçalves says:

        Isto é ótimo pah!!

        vou usar o meu cartao de debito para fazer pagamentos a credito.

        depois podem vir bater a minha porta que nao tenho bens para penhorar…

    • Andre says:

      Por exemplo eu tenho um cartao NB Verde. Que é de credito por defeito. No entanto em terminais que nao suportem credito ele funciona como multibanco, apesar de para mim ser indiferente porque vai sempre beber ao plafond de credito. Para o consumidor final utilizar um sistema ou outro é indiferente. Se utilizarem o vosso cartao multibanco pex no continente ou numa maquina q tenha vertente de credito associada, verão no talão a marca VISA DB N . enquanto numa maquina que apenas suporte multibanco verao a sigla MB.
      Se for um cartao de credito numa maquina de credito aparece VISA CR N.

      resumindo e baralhando não ha ganho para quem paga.

  4. Sara says:

    Ainda sobre as transacções bancárias, fiquei bastante admirada (por desconhecer) já não ser possível cancelar débitos em conta a entidades a quem anteriormente concedemos. Inclusivamente essa função foi retirada das aplicações nas caixas multibanco. Ou seja determinada empresa com quem cancelei serviços com contrato emitido de rescisão, continuava a fazer-se receber de serviços não prestados, quando no banco pedi a anulação desses pagamentos foi-me informado que pela determinação do BP tinha sido anulada essa hipótese. Ora sendo eu o cliente do banco, que faz o “dito” ter lucros, a quem deverá ser ele leal? A quem lhe paga ou a quem é fraudulento? Será compadrio empresarial?

  5. Raúl says:

    Uma questão: como é que o pagamento pode ser feito a crédito usando um cartão de débito? Tanto quanto sei isto não é possível, portanto este problema só se aplica se alguém pagar com um cartão de crédito e nesse caso, independentemente do tipo de pagamento escolhido no terminal, o pagamento será sempre a crédito.

    • j. manuel cordeiro says:

      Porque os novos cartões Visa passaram a ser um misto de cartão de crédito e de débito. Tudo começou com a banca a lançar cartões de débito diferido, que funcionavam como cartões de crédito para o comerciante e como de débito para o cliente. O resultado foi os comerciantes passarem a pagar taxas mais elevadas, sem que os clientes tivessem benefício algum associado. O BdP proibiu estes cartões e a banca contornou a situação atribuindo um crédito mínimo (por exemplo 50€) aos cartões de débito. Continuou a ser um truque para extorquir dinheiro aos comerciantes, já que o cliente não estava a pretender pagar a crédito. Estes terminais de pagamento são mais um passo nesse sentido.

  6. Saraiva says:

    Esta situação decorre do Regulamento da UE 2015/751, não foi inventada pela banca, foi-lhe imposta. Ou seja, os terminais passaram a funcionar assim por obrigação legal, nada tem a ver com máfias. Só quem tem cartões mistos ou de crédito é que poderá fazer operações a crédito. Quem cartão de débito só fará pagamentos a débito.

    • j. manuel cordeiro says:

      E quem faz lobby para que certas leis tomem forma? Especialmente neste caso em que nem o comerciante nem o cliente têm vantagem na operação.

      • Saraiva says:

        Se ler o Regulamento verá que esta regra se destina a proteger o consumidor, que passa a poder escolher como usar o cartão, sem que o banco possa decidir por ele, como sucedia até aqui. Este regulamento reforça os direitos dos consumidores em prejuízo dos bancos, pelo que duvido que a banca tenha pressionado a UE para o aprovar.

        • j. manuel cordeiro says:

          O meu ponto é que a alteração poderia ter impacto nulo se a opção escolhida por omissão fosse “Multibanco”, em vez de “Visa”.

          De resto, é um falso problema, pois um cartão de débito é um cartão de débito. Só a artificialidade da introdução do cartão híbrido, feito com o intuito de gerar receitas à conta dos comerciantes, é que produziu este problema.

          • Saraiva says:

            Sim, por defeito devia ser “débito”. Mesmo para o cliente será melhor. Mas pode ser o próprio cliente que quer ter um só cartão híbrido em vez de dois. Eu pessoalmente não tenho nem quero ter. Híbridos, só carros.

      • Rui Silva says:

        O Estado!

        RS

  7. Nuno says:

    O autor do post deveria informar-se melhor antes de escrever e gerar toda esta contra informação.
    Estas alterações são não tem impacto nos clientes e até são benéficas para o comerciante, visto que pode utilizar o veículo que lhe oferecer melhores taxas (visa ou Multibanco).

    Fica aqui um vídeo com o esclarecimento
    http://www.jornaldenegocios.pt/negocios_iniciativas/negocios_num_minuto/detalhe/o_que_mudou_nos_pagamentos_com_cartoes.html

  8. Não é bem assim!…. eu recebi a info abaixo, e presumo que deve ter seguido comunicação semelhante para os outros clientes da CGD, Novobanco e BancoPopular (sobre outros bancos nao sei, pq nao os uso).

    “Os TPA vão apresentar um novo ecrã onde poderá selecionar a marca de pagamento (Multibanco e Visa/Mastercard).
    Independentemente da marca que escolher, em nada muda a forma de funcionamento dos seus cartões da Caixa Geral de Depósitos.
    Os pagamentos feitos com cartão de débito são debitados na conta à ordem e os pagamentos feitos com cartão de crédito são debitados na conta cartão.
    Para mais esclarecimentos pode dirigir-se a qualquer agência, gabinete ou através do telefone 707 24 24 24 (24 horas por dia/todos os dias do ano).
    Atentamente,
    Caixadirecta”

    Em suma, a questão está unicamente relacionada com a selecção do operador/marca presente no cartão (em cumprimento de uma norma da União Europeia), escolhendo por exemplo a rede multibanco de âmbito nacional, ou a rede internacional visa. Portanto a questão do debito vs crédito apenas se coloca se um mesmo cartão tiver em simultâneo as duas vertentes vertentes (e, nesse caso, a escolha da modalidade já era feita pelo cliente no momento do pagamento se não vinha parametrizada por defeito pelo banco emissor).

    Espero ter ajudado 🙂

    • j. manuel cordeiro says:

      Obrigado pelo comentário. O problema coloca-se apenas para os tais cartões híbridos. Nos terminais anteriores o movimento é sempre de débito, nestes é preciso escolher. Eu tenho um desses cartões visa híbridos, que o BCP resolveu enviar-me em substituição do anterior, e agora nestes terminais tenho a opção de escolha. Não tenho interesse algum neste cartão híbrido e nem nunca havia reparado que tinha modalidade de crédito associado até ter usado os novos terminais de pagamento. A questão das normas europeias e quejandos deve ser, no meu entender, devidamente enquadradoa. Por exemplo, não acredito que vá ao ponto de indicar que o modo de pagamento pré-seleccionado seja o de crédito. E depois, há a forma agressiva como estes cartões híbridos foram introduzidos no no mercado. Coincidências a mais.

      • Os comerciantes já clicam na seta para não terem que pagar mais aos Bancos. Se não o fizerem, são estúpidos, pois levam mais tempo a reaver o seu dinheiro. Eu tenho um DUO, ainda do BES, e nunca fiquei com crédito no NB !!!!!!!

  9. Porquê andar com a seta se o meu cartão é visa eletron,logo é de débito e não de crédito lol

  10. Goncalo Moreira says:

    O que aqui está escrito é mentira. A opção entre crédito e débito só aparece nos cartões duais.

    O que será mais regular aparecer é a opção entre VISA DR (rede electron) ou MULTIBANCO (rede multibanco). É uma medida exigida a favor da transparência, que para o consumidor é indiferente e para o comerciante poderá ser ou não.

    Claro que com a desinformação que aqui, e por tanto lado, se escreve, o resultado é uma grande trapalhada, semelhante ao que se criou na mudança para SEPA dos débitos em conta.

    • j. manuel cordeiro says:

      Ora leia melhor. E se tiver paciência de passar nos comentários anteriores, verá que é isso que está em causa. Em todo o caso, vou acrescentar uma adenda para que não haja confusões.

  11. Maria Santana says:

    O que me explicaram foi de que se não nos apercebermos e o pagamento é a crédito, não é debitado de imediato. Imaginemos que na altura em que o crédito cai e não tivermos saldo para cobrir esse crédito, vamos ter que pagar juros.

  12. Jorge Fernandes says:

    A propósito das funcionalidades dos cartões híbridos, e presumo que todos os emitidos mais recentemente, vêm com a função wireless incorporada. Ou seja, é frequente nos terminais dos supermercados , pedirem o cartão e passarem o mesmo perto do terminal e sem introduzir código de autorização para o débito, é descontado automaticamente o valor da compra, dando uma ideia de comodidade e inovação que confunde o consumidor. Em termos de segurança é um absurdo, porque basta alguém furtar ou encontrar um cartão com essa função, e poder efectuar compras sem qualquer tipo de controle, até porque não é pedido a identificação do titular do cartão, em termos de segurança é uma medida miserável e perfeitamente abusiva porque não pedi à minha instituição bancária que me facultasse um cartão com essa função activa e sem controle nenhum em termos de segurança, um abuso intolerável. Pior ainda porque não sei se o valor que debitaram sai da função do cartão de débito ou do de crédito. Faz-me imensa confusão tudo isto, e confesso que tenho dificuldade em exigir que faça o pagamento como um terminal de débito comum.

    • José Cruz says:

      Esse tipo de pagamento tem um limite de 20€ e pode pedir ao seu banco para inibir essa função.

  13. Não é verdade, a diferença não está entre débito e crédito mas o canal. Um cartão de débito tem Visa eletron ou MB, o comerciante é que pode escolher qual o canal, sendo que o MB é muito mais barato para o comerciante. Eu prefiro dar menos dinheiro ao MB e nenhum à VISA e ficar mais para o comerciante. Os cartões de crédito que só faziam crédito, passam a poder fazer débito. Portanto, uma boa medida.

    • j. manuel cordeiro says:

      Bom, num tasco onde costumo ir, o dono dá-me sempre o terminal com a opção de escolha já feita. Só preciso de colocar o pin e confirmar. Deve ser por alguma razão.

      • Paulo Gonçalves says:

        Isto é ótimo pah!!

        vou usar o meu cartao de debito para fazer pagamentos a credito.

        depois podem vir bater a minha porta que nao tenho bens para penhorar…

  14. paulo says:

    Impressionante o poder de loby da banca. Roubam de todos, distribuem por meia dúzia, apresentam milhões de resultados, mas andam sempre de tanga. Mistério

  15. fpmassagem says:

    Esta noticia está totalmente cheia de erros… mas enfim…
    Fica aqui um video que pode explicar melhor… e é video… nem têm trabalho de ler… basta ver e ouvir
    Esta regra foi criada pela UE para defender toda a gente
    http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/credito/detalhe/verde_codigo_verde_pagar_agora_e_diferente.html

    • j. manuel cordeiro says:

      E exactamente, onde é que o vídeo contradiz o post? Se não usar o canal certo, o comerciante paga uma taxa bem diferente. Quanto à explicação de o canal multibanco estar em segundo lugar porque a rede visa é internacional, acho anedótico. Então, por omissão, está escolhido o canal mais caro, no país que inventou o multibanco?

  16. José Cruz says:

    O titulo deste artigo é tão mafioso quanto a máfia a que faz alusão.
    A nova funcionalidade foi criada para permitir que o titular do cartão escolha como usá-lo (crédito ou débito), quando ambas as funcionalidades estão disponíveis.
    Ao mesmo tempo protege o comerciante uma vez que as taxas cobradas são substancialmente diferentes.
    Há alguns anos atrás, um conhecido banco espanhol a operar no mercado nacional criou um cartão, supostamente “de débito” (para o cliente era de débito) mas que tem as letras em relevo e, como tal, para o comerciante é um cartão de crédito, com a cobrança das respetivas comissões sem que o cliente tire daí qualquer vantagem.
    Esta prática rapidamente foi seguida por outros bancos.
    Como isto funciona para que seja legal?
    O valor do pagamento é imediatamente retirado da conta do cliente mas com data valor posterior, o que resulta num crédito, sim, mas sem qualquer utilidade prática pois é sempre necessário que à data do pagamento (leia-se uso do cartão) exista saldo na conta.
    Foi sobretudo a pensar nestas situações que a nova funcionalidade dos TPA foi introduzida.

  17. Francisco Catarino says:

    Já me tinha apercebido dessa alteração mas nem sequer sonhava o que era. E não mudava o cursor de sitio.

  18. Aristides Adão says:

    ..tenho as minhas dúvidas de que isto seja legal, esperemos que alguém com “poder” levante a questão….
    é que o consumidor tem o direito de só querer comprar um bem e pagar…
    …quando paga a crédito está a comprar também o próprio crédito

    … ora, ninguém tem que que declarar que não quer comprar uma coisa só para que essa coisa não lhe seja debitada …

    …um tanto ou quanto mal comparado, lembremo-nos do que se passou quando, com esperteza saloia, as seguradoras começaram a cobrar por sua iniciativa, no prémio de seguro automóvel, um suplemento pela Assistência em Viagem, informando que quem o não pretendesse deveria declarar que não…
    obviamente que as seguradora tiveram que acabar com o essa “habilidade”… ( mesmo sendo a Assistência em Viagem um serviço consensualmente bom não pode ser comercializado fora da lei )

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